quinta-feira, 29 de novembro de 2012

MALDIÇÃO EM PILAR DO SUL




Casa amaldiçoada em Pilar do Sul 

No ano de 1997, estávamos todos reunidos para uma confraternização familiar, era aniversario de meu pai. Eu e meus primos, começamos a contar histórias de fantasmas, já que estávamos na minha chácara em Pilar do Sul, até que um deles achou legal fazermos a brincadeira do copo. Tudo preparado em meu quarto, para dar um toque especial a todo tipo de susto e medo resolvemos apagar a luz e acender algumas velas e incensos. Nunca fui de acreditar muito nestas coisas até aquele dia... No meio da brincadeira (se é que podemos chamar de brincadeira) um forte vento tomou conta do quarto, como isto era possível se estávamos com as portas e janelas fechadas, minha prima começou a chorar freneticamente, e ninguém conseguia acalmá-lá, de repente ela passou a rir compulsivamente e sua voz passou a ter um tom sinistro e ameaçador, começou a xingar todos que estavam no quarto sem motivos, todos nós ficamos apavorados e saímos correndo, quando nossos pais nos encontraram falamos o que tinha acontecido, eles entraram no quarto, já que minha prima não havia saído, eles a encontraram no chão desmaiada, perguntando o que havia acontecido com ela, ela só responde que tudo que ela lembra era da forte ventania e uma sombra que parecia que havia entrado em seu corpo, ela ficou reclamando da dor que sentia em todo seu corpo e foi levada no hospital municipal, o médico que a atendeu disse que ela estava com câimbras. Isto foi apenas o principio de todo inferno que se transformou aquela chácara, da qual o meu pai até hoje não conseguiu vender e nós também não retornamos naquela casa aproximadamente a 2 anos. 

Em outra ocasião, no ano de 2000, fomos para nossa chácara eu minha namorada e mais um casal de amigos nossos (Fabiano e a Andréia), chegamos na sexta-feira por volta das 23:40, chegamos muito cansados e nem tiramos as malas do carro, lembro apenas que tomei uma ducha e deitei-me (com minha namorada, é claro). Comecei a ouvir um choro de mulher vindo do quarto onde eles estavam, dei alguns murros na parede e gritei "o Fabiano é tão grande assim que a Andréia esta chorando de dor", ele respondeu muito sério:

-Cacete, é assombrada esta porra! Tinha uma mulher aqui chorando!

Eu sai correndo, para o quarto do lado, para ver se era verdade, deixando a GiGi, sozinha no quarto ao lado, no momento que entrei pela porta do quarto ao lado, foi a vez da minha namorada dar um grito ensurdecedor, voltei correndo e a vi enterrada embaixo dos lençóis chorando muito e apavorada, resolvemos todos dormir no mesmo quarto, porque as meninas estavam muito apavoradas, eu também é claro, devido ao acontecimento com minha prima. Mas o restante da noite correu tudo bem. Na segunda noite, conversei com o Fabiano e disse que hoje dormiríamos em quartos separados, que eu queria privacidade com minha garota, ele aceitou. Ficamos acordados até umas 4:00 da manha, conversando e brincando, até que o sono bateu, no momento que fui para meu quarto, quando ainda estava no corredor passei a ouvir o choro da noite anterior, assim que entrei no quarto pude ver aquela mulher toda rasgada, e com sua face toda desfigurada sentada na beira da cama, estava com uma aparência cadavérica, não quis nem saber tratei de ajuntar minhas coisas desesperado para ir embora, quando narrei o fato ao restante do pessoal eles sem perderam tempo trataram também de arrumar seus pertences para todos irmos embora daquele local sombrio.


Este é o terceiro e último relato que irei contar, porque depois do que me aconteceu jurei nunca mais retornar àquele local assombrado. Fomos em 8 pessoas, eu a Giovana (minha namorada), Ronaldo (meu irmão), Denise (namorada do meu irmão), meu pai, minha mãe, e um casal de amigos nossos, Guigo e a Julha.

Todos nós sabíamos do que ocorria naquela casa, apesar de sempre ficarmos assustados, nós estávamos indo para fazermos uma pequena reforma, já que meu pai queria vender a chácara. Logo que chegamos não notamos nada diferente, o dia correu normalmente, mas com o cair da noite...

O dia havia sido pesado devido ao serviço que estávamos realizando, era aproximadamente 19:30 quando a primeira a gritar foi minha mãe, dizendo que havia visto a "mulher chorosa" (era assim que apelidamos aquela figura sombria) encarando-a enquanto ela assava um bolo no fogão a lenha, a Gigi e a Deise estavam na piscina e não viram ou ouviram nada, nem nós. Depois de acalmamos a minha mãe, foi a vez do meu irmão, só me lembro de ouvir seus gritos e ele correndo pelo corredor enrolado somente na toalha, dizendo que havia visto a mesma mulher pelo espelho embaçado do banheiro, aquela figura sombria estava encarando-o ameaçadoramente. Tudo isto ocorreu ainda no sábado, fui dormir era aproximadamente 1:30 da manhã, estávamos dormindo na sala, enquanto que as meninas dormiam no quarto, meu pai e minha mãe no quarto ao lado, de repente comecei a sentir um vento gelado na altura da nuca, como se alguém estivesse assoprando meu pescoço, acho que devido ao sono no primeiro momento nem dei muita importância, já que é normal naquela região viradas de tempo repentinamente, quando senti alguém puxando o lençol, virei rapidamente e pude ver a "mulher chorosa" sentada na beira do meu colchão, me encolhi o máximo que pude e prendi a respiração, ela levantou-se e então pude perceber que ela não andava e flutuava, flutuou até onde eu estava encolhido abaixou-se lentamente e encarava-me de um modo assustador, eu tentava gritar, mas minha voz havia congelado, aquela mulher mudou de fisionomia completamente o que era de ameaçador parecia ter passado a ser dócil e amável, achei aquilo muito estranho, mas acho que o Guigo a assustou, quando ele a viu bem próximo de mim ele deu um grito de pânico e ela novamente passou a ficar ameaçadora, e foi embora atravessando a parede. Não consegui dormir o resto da noite.

No Domingo, eu estava com muito sono, e para minha sorte, o tempo estava horrível, então aproveitei para dormir, deitei na cama de casal dos meus pais, e rapidamente peguei no sono, senti alguém acariciando meus cabelos, abri os olhos e era minha namorada, que havia se deitado na mesma cama, voltei a dormir. Senti novamente meus cabelos sendo acariciados, mas desta vez diferente, eu sentia-me estranho era um carinho como eu nunca havia sentido antes, percorria toda minha cabeça até tocar a ponta da minha orelha, a Gigi estava muito gelada, virei-me para lhe beijar e para meu espanto era a "mulher chorosa" fiquei petrificado, ela encarava-me de uma forma maternal, não sei explicar, mas o seu semblante era horrível, eu não me importava de ser molestado por um fantasma, me importava sim pela feiúra dela, a Gigi entrou pelo quarto novamente e deu um grito assustando todos nós, a entidade atravessou a parede e sumiu. Eu nunca entendi o porque aquele fantasma parecia gostar tanto de mim, nem faço questão de sab er o porque, e pela graça de Deus me pai conseguiu vender aquela casa assombrada, comprando com o dinheiro um apartamento em Boracéia, até o momento não apareceu nenhum fantasma lá na praia, ainda bem.

O pior de tudo isso, é ficar ouvindo gozações dos amigos, dizendo que eu fiquei xavecando o fantasma.

In "magos da luz". 
Não há nome do autor e nem data.
Do jeito que foi escrito.

AO AGENOR FONSECA:

Que sons são estes?
São as lúgubres badaladas do gemebundo sino do meu coração; são os queixosos dobres desse instrumento sonoroso de meu peito tangido pelas delicadas cordas da sensibilidade.
E esse coral lacrimoso, esse psaltério triste desfeito em deplorações é dedicado a algum ente que alcançou o êxodo final  da idealizada terra prometida.
É o réquiem nostálgico e doloroso da saudade ao meu amor que já se foi, a esse jovial camarada  de dias felizes e que mergulhou-se no nada do olvido, na noite perenal do esquecimento.
Descobri-vos, entes que sentis, a passagem do féretro que não leva uma alma apodrecida na lama abjeta da ingratidão, e, sim, o sorriso agonizante de uma fugitiva era de doçuras.
Descobri-vos, mas não deis ouvidos, aos dobres magoados do sino do meu coração, porque as cordas da sensibilidade movem-se impulsionadas ao contato dos sentimentos no sabor das variadas impressões e, quem sabe se, em breve tempo, esse instrumento badalejador não alegrará a minha alma ferida com os repiques alegres e festivos anunciantes da ressurreição do amor finado ou da assunção de um amor porvindo...
Ajoelhai-vos, entes que sentis, à passagem desse caixãozinho azul, como o céu sem manchas tão bem conformado, tão bem adornado, mas não me pergunteis por que desfolho sobre ele as rochas flores do pesar, porque carpo o seu exílio de meu peito; não me pergunteis, não, porque, quem sabe se em breve eu desfolharei as flores do lirismo suave de minha alma encantada aos pés deste ídolo ressurgido ou de um outro mais idolatrável exaltado para fazer a alegria de meu ser amante...

Autor: Plácido Gama.  
Transcrito do extinto jornal "O Democrata", de Capão Bonito de Paranapanema, edição de 05.12.1.901.  

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O PROFESSOR RAIMUNDO PASTOR


Alegrias e tristezas de um professor


Imagine o leitor como deveria ser a vida de um professor primário no início do século XX numa escola rural do Vale do Ribeira. Imaginou? Parece algo inimaginável, não é mesmo? Pois essa experiência pode ser lida no livro “Alegrias, agruras e tristezas de um professor”, de Raimundo Pastor, que lecionou na escola rural de Ribeirão Grande, bairro da antiga Xiririca (hoje Eldorado), lá pelos idos de 1919. Suas memórias, que foram publicadas em 1970 pelo Centro do Professorado Paulista, levam o leitor a uma fascinante volta ao passado.

Tomei conhecimento desse livro – e da história do professor Raimundo Pastor – numa crônica que o meu saudoso amigo J. Mendes publicou em sua coluna na antiga “A Tribuna do Ribeira”, em meados da década de 1980. Desde então, vasculhei incontáveis sebos à procura dessa relíquia, até que, há alguns meses, consegui localizá-la.

O professor Raimundo Pastor, filho de uma família de imigrantes espanhóis, era natural da região de Botucatu. Dedicando toda a sua vida ao magistério, Pastor se aposentou como delegado de ensino.
Nomeado no dia 11 de junho de 1919 para a escola masculina rural de Ribeirão Grande, em Xiririca, Raimundo Pastor pegou, em Santos, o trem com destino a Juquiá, na estação que ficava na Avenida Ana Costa. Chegou à pequena vila de Juquiá às três horas da tarde, cansado, coberto de poeira. Na estrada, que não era empedrada, o trem levantava uma “tempestade de pó”, que penetrava pelas janelas.

Juquiá era a estação final da Estrada de Ferro Southern São Paulo Railway. Contava com cerca de meia dúzia de casinhas de madeira levantadas à margem do rio Juquiá. Tanto a estação como o hotel eram próximos ao rio. Pastor nota que a lavagem da cozinha era jogada diretamente no rio. Na época de enchente, tudo ia ao fundo, demorando cerca de uma semana para as águas abaixarem.

A cerca de uns quinhentos metros da estação ferroviária, ficava a Vila de Santo Antônio do Juquiá, à margem direita do rio. “As casas”, escreve Pastor, “na maioria de aspecto indigente, esparramam-se, quase em desordem”. À chegada do vapor, o povo da vila corria às margens do rio. “É um espetáculo deprimente. A miséria estampa-se na face e no corpo daquela gente. Faces encovadas pela magreza ou inchadas pela opilação. Roupa em frangalhos. Barrigas intumescidas. As crianças, então, apresentam toda a miséria do lar. Descalças, com apenas uma camisinha curta, mostrando todo o resto do corpo nu. Como os pais, apresentam os mesmos sinais de opilação e de desnutrição. Perninhas descarnadas e ventre volumoso. Olhar vítreo, parado, sem expressão de vida.”

Todos eram atraídos pela possibilidade de ganhar algum vintém. Alguns ofereciam ao comandante do vapor aves, palmitos ou verduras para a cozinha da embarcação. “A gente deixa aquele pessoal com o coração oprimido. Não se pode imaginar que haja no Estado de São Paulo gente tão maltratada da miséria, da doença e da incúria. São farrapos humanos, espectros de gente, criaturas voltadas ao sofrimento.”

Pastor ficou hospedado no único hotel da vila. Diga de passagem, sua impressão não foi das melhores: “O hotel de Juquiá era o que havia de pior. Casa de tábuas, assentada rente ao rio. Calor bárbaro, ainda com as janelas abertas. Pernilongos aos turbilhões, transformando a estada do passageiro em tortura indescritível. E, como se isso não bastasse, havia sempre pândegos que gostavam de beber e cantar no botequim do andar térreo, até altas horas da noite, pois não havia horário de abertura ou fechamento”.

No dia seguinte, na hora do desjejum, os hóspedes sentavam-se todos juntos numa mesa longa, “repleta de xícaras e com um bule de café e uma cesta de fatias de pão, que vão passando uns aos outros, da melhor maneira possível. Há quem, para tirar uma fatia, apalpa todas as outras, à procura da mais tenra, pois as há de todas as idades. Tomando o café, paga-se a pernoite. A cobrança é efetuada no botequim. Ninguém sai à rua com as malas, sem deixar primeiro o dinheiro”.

Então, era hora de partir para a Barra do Juquiá, de onde Pastor continuaria sua via dolorosa até Xiririca. 

(JORNAL REGIONAL, nº 988, de 22/06/2012).




A LIRA PILARENSE - HISTÓRIA DE JOSÉ ROSA



" Corria o ano de 1.951 e na cidade de Juquiá os preparativos para a festa do Divino Espírito Santo corriam a todo vapor. 
O meu primo José de Paula Rosa, ou Zé do Caetano, como era conhecido em Pilar, era o agente de estatística, lotado na agência do I.B.G.E. local e participante ativo na comunidade local. 
A festa ocorreria no mês de setembro, dia 23, e, bem antes disso, ele, como bom filho de Pilar, não como eu, que sou desnaturado e visito a terrinha de vez em quando, foi visitar os parentes, bem antes dos festejos.
Tendo comentado sobre a grandiosidade da festa, o Sr. Gabriel Válio, nosso parente, prontificou-se em levar a nossa Corporação Musical Lira Pilarense para abrilhantar os festejos, pois lá não tinha banda de música. 
Digo nossa porque foi nela que me iniciei. 
A alegria foi geral. 
Este ano teremos uma banda na festa do Divino, diziam os moradores. 
E tudo foi se organizando, de modo que as famílias recebessem os músicos para o almoço, lanche etc. e tal. Sobrou famílias querendo recepcionar os músicos pilarenses..
Mas, como sempre tem um “mas”, umas semanas antes, Caetaninho, como também era conhecido, recebeu um telegrama de Gabriel informando-o da impossibilidade de levar a banda até lá, devido a dificuldades com condução, disponibilidades dos músicos etc. e tal. 
O desespero foi grande. 
Caetaninho não sabia o que fazer. 
No dia da festa vou sumir pro mato, pensava ele. 
Naquele tempo, palavra dada era compromisso assumido. Diferentemente dos dias de hoje, quando, mesmo com contrato assinado e registrado em cartório, não se tem certeza do seu cumprimento. 
Com os ânimos amainados, no dia da festa, logo pela manhã Caetaninho foi à missa. 
Mal tinha iniciado a celebração ouviram-se uns acordes musicais, que iam aumentando a medida em que subiam as ladeiras. 
É uma banda, diziam, mas de onde veio? 
Surpresa geral... 
Era a nossa Lira Pilarense, que surgia marchando garbosamente. 
Como isso teria acontecido? 
Só então Caetaninho ficou sabendo dos fatos. 
O pai dele, Sr. Caetano Paulino, comentou em Pilar o que estava ocorrendo. E o Gilico, ou seja, o Brasilino de Morais Rosa, que era contra mestre da banda, tomando conhecimento da situação ficou indignado. 
Não podemos deixar um pilarense passar um “carão” desses, dizia ele. E arregimentou os músicos disponíveis, que subiram na carroceria de um “fordinho”, conduzido pelo trombonista Osvaldo Nogueira, filho do Pedrinho Aspensada, rumaram, de madrugada, para Juquiá. 
E lá foram Leônidas Sapateiro, Nenê Pereira, Chico Carancho, Zé Bueno, Antônio Mirim, Deolindo e mais alguns outros que me fogem à memória. 
E foi um dia memorável, com o pessoal da banda animando a festa, passeando em canoas pelo Rio Juquiá, na mais comp
leta alegria".

Transcrito do Blog "CAMINHOS DO SERTÃO", administrado por Luiz Proença.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A PRIMEIRA VEREADORA DO ESTADO DE SÃO PAULO MORAVA EM ITANHAÉM.

ZULMIRA FORTES GATTO

Nascida em Iguape no dia 26 de novembro de 1907 e falecida em Santos no dia 27 de agosto de 1995, aos 87 anos. Era filha do pitoresco capitão Antônio Fortes e de dona Zulmira de Almeida Fortes, irmã do legendário jornalista Major Mingute. 
Em 1939, mudou-se com sua família para a cidade de Itanhaém, onde, em 1955, foi eleita a primeira vereadora do Estado de São Paulo. 
Fundou e dirigiu a primeira Maternidade de Itanhaém. 
Sobre o seu falecimento, escreveu o jornal "A Gazeta Informativa dos Municípios", de 03/10/1995: 
- “Dona Zulmirinha foi uma estrela de raríssimo esplendor que por alguns momentos brilhou sobre nós, como uma bênção. Uma radiosa estrela-guia, que apontou caminhos, alimentou esperanças e incutiu a fé em todos quantos foram alcançados pela sua luminosidade. Pioneira na prestação de serviço social em Itanhaém, fundou a primeira entidade de amparo à maternidade e à infância. Ela era a voz calma e serena, que nas ocasiões mais aflitivas assumia o comando com sublime altivez.” 

(Por Roberto Fortes - no seu "Iguape em Imagens")

O MUSEU DE MIRACATU.


O MUSEU DE MIRACATU: SIMPLES COMO A ALMA DO BRASILEIRO SEU FUNDADOR, PAULO DE CASTRO LARAGNOIT.


Fotos do blog de Roberto Fortes, "Alfarrabios".

SÃO ROQUE E O MUSEU HISTÓRICO E GALERIA SACRA DOM ERNESTO DE PAULA.


O Museu Histórico e Galeria Sacra Dom Ernesto de Paula foi  criado em 16 de agosto de 1988 por Roque Eduardo de Castro, o popular Padre Roque, em sua própria residência.
Fica num sítio de 12 mil metros, num casarão centenário localizado no Alto de Guaianã, à Rua Dom Ernesto de Paula, 1, no município de São Roque. 
Todo o acervo está documentado em cartório na capital de São Paulo.
São peças ligadas à arte sacra, discos antigos e cosméticos, muitas delas obtidas através de doações, espalhadas em dois cômodos da casa. 
Há também uma pequena capela dedicada ao orago São Miguel Arcanjo mandada construir pelo padre Roque em intenção do querido Cônego Francisco Ribeiro, falecido em 1.983, em São Miguel Arcanjo.
Na inauguração da capela muitos amigos estiveram lá orando, cantando, erguendo mastros, carregando andor em procissão e até tocando junto com a banda lira visitante, com direito a almoço, lanche da tarde e jantar.
Antigamente, o Museu pertenceu a Dom Ernesto de Paula, daí o nome com que foi batizado. 
É possível conhecer um pouco de sua história na leitura de documentos, fotos, paramentos, relíquias e outros pertences do primeiro Bispo de Piracicaba.

MÁRIO AUGUSTO DE MEDEIROS E O DISTRITO DE GRAMADINHO

Através da Lei número 1.410, de 30 de dezembro de 1.913, foi criado o Distrito de Paz de Gramadinho, no município e comarca de Itapetininga.
Veja abaixo, como ficaram as divisas do mesmo:

LEI N.1.410, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1913
Crêa o districto da paz de Gramadinho, no municipio e comarca de Itapetininga
O Doutor Carlos Augusto Pereira Guimarães, Vice-Presidente do Estado, em exercicio. 
Faço saber que o Congresso Legislativo decretou e eu promulgo a lei seguinte : 
Artigo 1.° - Fica creado o districto de paz de «Gramadinho», no municipio e comarca de Itapetininga, com as seguintes divisas : Começam no rio Turvo na divisa de S. Miguel Archanjo com Itapetininga, descem por este abaixo até ao rio Paranápanema, por este abaixo até a ponte na estrada que liga a cidade de Capão Bonito com Itapetininga, da dita ponte seguem pela estrada que se dirige á referida cidade de Itapetininga até o logar denominado Campo do Meio, dahi por uma estrada que vae até á Capella de N. S. da Conceição, no bairro dos Cabações, dahi por um corrego que fica perto da mesma Capella até encontrar o ribeirão denominado Bento Pereira, subindo por este até á estrada que de Itapetininga vae ao bairro do Gramadinho, dahi por uma estrada que se dirige á fazenda de Theophilo de Mello Franco, até encontrar as divisas entre os municipios de Itapetininga e S. Miguel Archanjo c seguem por estas até o rio Turvo, onde tiveram começo. 
Artigo 2.° - Revogam-se as disposições em contrario. 
O Secretario de Estado dos Negocios do Interior, assim a faça executar. 
Palacio do Governo do Estado de São Paulo, aos trinta dias de Dezembro de mil novecentos e treze. 

CARLOS AUGUSTO PEREIRA GUIMARÃES 
Altino Arantes 
Publicada na Secretaria de Estado dos Negocios do Interior, em 8 de Janeiro de 1914. 
O director-geral, Alvaro de Toledo.

OBSERVAÇÃO HISTÓRICA:
No extinto jornal "O Progresso", de 08 de fevereiro de 1.931, há um abaixo - assinado que deve fazer parte da história desse Distrito; primeiramente pela qualificação de muitos dos cidadãos que lá residiam no limiar do século passado e depois para trazer a público a história de um cidadão sãomiguelense que merece ter seu nome elevado aos mais altos píncaros: Mário Augusto de Medeiros.
Como o próprio texto do referido jornal atesta, esta é "uma prova 
exuberante do quanto vale um cidadão honesto, generoso e complacente".
Assim era o documento:

"""""""Pelo abaixo - assinado que acaba de nos chegar às mãos e que com a devida vênia passamos em nossas colunas, vê-se que o nosso prezado conterrâneo sr. Mário de Medeiros tornou-se no vizinho Distrito de Paz de Gramadinho um verdadeiro ídolo daquele povo.
Os abaixo-assinados, legítimos representantes da maioria do eleitorado e das classes liberais deste Distrito de Paz de Gramadinho, não se conformando com a retirada do sr. Mário de Medeiros para a localidade de S. Miguel Arcanjo, em virtude da nova fase política em que se encontra a Nação inteira, pelo glorioso feito de "24 de Outubro" e tratando-se de uma pessoa digna por todos os títulos e a quem os signatários deste muito devem, não só como incansável batalhador pela causa revolucionária, como ultimamente foi, mas também pelo seu devotado amor ao progresso de Gramadinho, pelo qual já deu prova exuberante, pleiteiam a permanência do mesmo sr. Mário de Medeiros neste distrito, de quem os mesmos signatários ainda muito esperam dado a sua qualidade de homem trabalhador, honesto, progressista e amigo do povo.
Gramadinho, 5 de Novembro de 1.930.
a) José Brandino Filho, lavrador; Delfino Gomes da Silva, proprietário; José Rodrigues Nogueira, operário; Luiz Caricatti, negociante; Antonio Leme dos Santos, lavrador; Luiz Pontes, Escrivão de Paz; Dionizio Galdino de Almeida, lavrador; Fidêncio Leme dos Santos, lavrador; Izidoro Lopes Rolim dos Santos, lavrador; João Alexandre, empregado da estrada; Bento Nogueira, lavrador; Paulo Amaro, lavrador; Dario Gomes da Silva, lavrador; Abílio Brandino, lavrador; João Brandino, lavrador; João Dias, lavrador; Júlio de Almeida, lavrador; José Baptista Brisolla, lavrador; Benedicto Vaz Moreira, lavrador; Vital Vaz Moreira, Juiz de Paz; Joaquim Theodoro Carvalho, lavrador; Honorato Roza, lavrador; Adolpho Rolim Machado, lavrador; José Pedro de Almeida, operário; Joaquim José Brandino, lavrador; João Thomaz, operário; Cândido Pires, lavrador; Igydio Pires de Almeida, lavrador; Oscar Rolim lavrador; João Fidêncio de Moraes, lavrador; João Evanjelista, operário; João de Macedo, lavrador; Francisco Bicudo de Almeida, lavrador; Adelino Calhares da Costa, lavrador; José Bento Machado operário; João Cândido Cavalheiro, lavrador; Leopoldino Machado, lavrador; Dionyzio Queiroz da Silva, lavrador; Benedicto Dias Rodrigues, lavrador; Isodoro Lopes de Almeida, lavrador; José Bicudo, lavrador; Sebastião Delgado, lavrador; Laurindo Lopes, lavrador; Joaquim Rodrigues, lavrador; Francisco Assis Brisolla, lavrador; Joaquim José de Almeida, lavrador; Roque Ferreira, lavrador; José Vaz Moreira, lavrador; Evaristo Eziquiel Soares, lavrador; George Caetano, lavrador; Procópío da Silva, lavrador; Lúcio Antonio de Moraes, lavrador; Benedicto Bueno, lavrador; Alfredo Martins, lavrador; Bento Leme Ferreira, lavrador; Heduvirges Antonio da Silva, lavrador; Cândido de Oliveira, lavrador; Antonio Francisco de Souza, lavrador; Satyro José de Noronha, lavrador; João Antonio de Macedo, lavrador; Antonio Roza Bicudo, negociante; Seraphim Baptista Sobrinho, operário; Balduino Antunes, lavrador; José Antonio de Moraes, proprietário; Alfredo Francisco da Silva, lavrador; Joaquim Rodrigues de Almeida, lavrador; Antonio Leonel de Medeiros, lavrador; Heduvirge Antonio Mariano, lavrador; Nabor Manoel Ribeiro, lavrador; Galdino Vaz, lavrador; Avelino Lopes Bicudo, lavrador; Vicente Antonio Bernardo, lavrador; Isaltino Rosa, lavrador; Modesto Tavares, lavrador; Belarmino Dionysio Vieira, lavrador; Alcides Antonio de Moraes, lavrador; Silvino Isidoro Messias, lavrador; Francisco Rodrigues de Jesus, lavrador; João Vieira Dias, negociante; João Gomes da Silva, lavrador; Benedicto Nogueira, lavrador; Pedro Souza, lavrador; José Rodrigues, lavrador; Francisco Cezar Noronha, lavrador; Dionysio Bento de Almeida, lavrador; João da Silva, lavrador; João Vaz, lavrador; Salvador isidoro Messias, lavrador; Santino Bicudo, lavrador; João Bicudo, lavrador; Pedro Salles, lavrador; Francisco Vaz Nogueira, lavrador; José Ferreira, lavrador.""""""""

A BANDA LIRA DE PILAR DO SUL EM SÃO MIGUEL ARCANJO.



A banda cá,
Eu cá.
A banda lá,
Eu cá.
A banda foi,
Eu cá.
A banda voltou,
Eu cá.
A banda brilhou,
Raiou,
Tocou,
Eu ainda estava cá.
Um dia 
Eu fui e até
Me esqueci da banda.
A banda caiu,
Eu lá.
Perguntei:
Cadê a banda?
Estava lá!
Que banda?
Não tem mais banda!
A banda de cá
Não tocava mais.
Que pena!
Vamos tocar!
Um dia, eu voltei.
Que surpresa!
Existia uma só banda
Que tocava cá,
Tocava lá.

O POEMA DE JOSÉ RENATO FRANÇA HOMENAGEIA EM VERSOS A BANDA DE SÃO MIGUEL QUE SEMPRE CONTOU COM A PARCERIA GRATUITA DOS MÚSICOS DE PILAR DO SUL. A FOTO (DO NOSSO ARQUIVO) É DE UM EVENTO REALIZADO ALGUNS ANOS ATRÁS NO CENTRO COMUNITÁRIO "ADELINA PRANDINI RIBAS", EM SÃO MIGUEL ARCANJO.

OURO EM IGUAPE NA DÉCADA DE 40.

Decreto nº 6.059, de 1º de Agosto de 1940
Autoriza o cidadão brasileiro Guilherme Christoffela pesquisar ouro numa área de vinte e cinco hectares, no Município de Iguape, Estado de São Paulo.
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o art. 74, letra a, da Constituição, tendo em vista o Decreto-lei nº 1.985, de 29 de janeiro de 1940 e que a jazida mineral objeto desta autorização de pesquisa, embora em terras do domínio privado, pertence à União por não ter sido manifestada ao Poder Público, conforme dispõe o art. 10 do Código de Minas,
DECRETA:
Art. 1º Fica autorizado o cidadão brasileiro Guilherme Christoffel a pesquisar ouro numa área de vinte e cinco (25) hectares localizada no Município de Iguape do Estado de São Paulo e constituida pelo leito e margens do rio Travessão, afluente do rio Ipiranga, numa extensão de dez (10) quilômetros e largura de vinte e cinco (25) metros, contados oito (8) quilômetros para montante e dois (2) quilômetros para jusante do cruzamento do referido rio Travessão com o caminho que vai para São Miguel Arcanjo, autorização esta que é outorgada mediante as seguintes condições:

I - O título da autorização de pesquisa, que será uma via autêntica deste decreto, será pessoal e somente transmissível nos casos previstos no n. I do art. 16 do Código de Minas;

II - Esta autorização vigorará por dois (2) anos, podendo ser renovada, a juizo do Governo, se ocorrer circunstância de força maior devidamente comprovada;

III - O campo da pesquisa não poderá exceder a área fixada neste decreto;

IV - O Governo fiscalizará pelo Departamento Nacional da Produção Mineral todos os trabalhos da pesquisa, sendo-lhe facultado neles intervir, afim de melhor orientar-lhes a marcha;

V - Na conclusão dos trabalhos o autorizado apresentará um relatório, firmado por engenheiro de minas legalmente habilitado, contendo as informações e dados especificados no n. IX e alíneas, do artigo 16 do Código de Minas;

VI - O concessionário só poderá utilizar-se do produto da pesquisa para fins de estudos sobre o minério e custeio dos trabalhos;

VII - Ficam ressalvados os interesses de terceiros, ressarcindo o autorizado danos e prejuizos que ocasionar, a quem de direito, e não respondendo o Governo pelas limitações que possam sobrevir ao título, da oposição dos ditos direitos.
Art. 2º Esta autorização será considerada abandonada, para efeito do parágrafo único do art. 24 do Código de Minas, nas seguintes condições:
I - Si o autorizado não iniciar os trabalhos de pesquisa dentro dos seis (6) primeiros meses, contados da data do registro a que alude o artigo 4º deste decreto;
II - Si interromper os trabalhos de pesquisa, por igual espaço de tempo, salvo motivo de força maior, a juizo do Governo.
Art. 3º Si o autorizado infringir o n. I ou o n. VI do artigo I deste decreto, ou não se submeter às exigências da fiscalização, será anulada esta autorização, na forma doe artigos 25 e 26 da Código de Minas.
Art. 4º O título a que alude o n. I do artigo 1º deste decreto pagará de selo a quantia de duzentos e cincoenta mil réis (250$000) e só será válido depois de transcrito no livro competente da Divisão de Fomento da Produção Mineral do Ministério da Agricultura, na forma do artigo 16 do Código de Minas.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1940, 119º da Independência e 52º da República.
GETÚLIO VARGAS
Fernando Costa
Publicação:
Diário Oficial da União - Seção 1 - 10/08/1940 , Página 15419 (Publicação Original) 
OBS: Esse doutor Guilherme denomina uma rua em São Paulo, Capital, no Bairro Santana, onde, no número 444 se localiza a empresa SUCAR Engenharia e Construções, meus antigos empregadores.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

"DONA MULATA, DE TATUÍ"...

"Eu tinha um filho por ano e ficava muito contente porque sabia que ia me "arregalá". Então eu andava bem vestida, bem calçada, bem alimentada e não me faltava nada. O patrão providenciava tudo".
É dona Mulata sendo entrevistada certa vez pelo jornalista Sérgio Coelho, cuja matéria foi publicada pelo "Estadão", edição de 13 de maio de 1.980, na página 20.
Nessa época, morava num casebre à Rua Marechal Deodoro, em Tatuí. 
Dona Mulata, como era chamada, nasceu Maria da Conceição Andrade, mas não tinha certidão de nascimento.
Seu primeiro documento foi feito aos 17 anos, quando casou-se com Leôncio Pinheiro no dia 03 de junho de 1.905. Antes, o pai a quis casada com um servente de pedreiro que morava em Itapetininga, mas ela descobriu que ele tinha outra mulher e então despediu-se dele deixando-lhe um recado assim:

"Negrinho cor da noite,
Cabelo pixaim,
Se tiver vergonha, 
Não olhe mais pra mim".
  
Quando ficou famosa, contava com 93 anos de idade e vivia cercada de netos, bisnetos e até tataranetos, porque o marido e os filhos já estavam mortos há tempos.
Entre uma coisa e outra, dizia ela: "Eu nunca queria ser negra. Queria ser filha do patrão. Minha mãe era retinta, mas de feição fina e bonita, não era beiçuda. Ela e minha avó Maria Rosa foram compradas na África pelos Andrades e morreram com mais de 120 anos".
A mãe chamava-se Josefina Maria da Conceição Andrade. Quando os escravos foram libertados, " minha mãe arrumou a trouxa e abandonou a fazenda dos Andrades, em Guareí, onde a gente morava, fugindo com outro negro lá pelas bandas de Porangaba. Anos depois, ela voltou para a fazenda, reclamando os três filhos que tinha deixado atrás. Eu neguei de ir com ela, até desconfiava de que fosse minha mãe, era pretinha e eu mulata...". 
Mas teve que ir embora para Porangaba com a mãe; depois foram para Tatuí, quando começou a trabalhar na fábrica de tecidos São Martinho.
Foi ama de leite do filho do promotor de Tatuí, da filha do Dr. Guedes, dono da fábrica São Martinho, do neto do Dr. Guedes e do Fernando Guedes que se tornou um advogado importante.
"Todas essas famílias antigas me reconhecem e me cumprimentam na rua", termina dona Mulata, com tanta ingenuidade.









quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Escravos de 1872 a 1888.


Lista de escravos do século XIX.


Encontra-se no acervo Jair Toledo Veiga uma relação de escravos solicitada pelo Governador de Piracicaba do ano de 1872 a 1888.
A tabela de escravos está dividida em ano, dia, mês, nome do escravo, idade e senhor.
Em 1872, foram registrados 39 escravos, e em 1888 4 nomes foram registrados.
Os escravos listados não possuem sobrenome algum, a maioria dos nomes são comuns hoje em dia, como Maria, Rita, José e Rosa. Já o de seus senhores consta nome e sobrenome.
O escravo mais novo, de nome Luiz, foi registrado em 1897 com apenas sete messes. E a maior idade registrada foi de 110 anos, com cerca de seis pessoas com essa idade. Pode-se perceber pelo documento que a maioria dos escravos possuía de 60 a 80 anos de vida.

Leniara Santos Aluna do terceiro semestre de História da UNIMEP.
Pesquisa Realizada no acervo Jair Toledo Veiga.

BOLO DE MANDIOCA DA DONA ERMEZINDA.



DONA ERMEZINDA G. DO PRADO, DE ASSIS, TEVE SUA RECEITA DE BOLO DE MANDIOCA PUBLICADA PELA REVISTA MANEQUIM DE DEZEMBRO DE 1.997:



Numa vasilha grande, misture bem 2 xícaras mais 3/4 de mandioca crua ralada com 2 xícaras de açúcar, 100 gramas de queijo ralado, 4 colheres (das de sopa) de manteiga, 1 xícara de farinha de trigo, 4 ovos, 1 colher (das de sopa) de fermento em pó.
Coloque a massa numa forma de alumínio, untada com manteiga e farinha de trigo.
Leve a assar em forno moderado pré aquecido, por 40 minutos ou até que, ao enfiar um palito, este saia seco.

domingo, 11 de novembro de 2012

A PRETA GUILHERMINA.



Em 8 de Setembro de 1890, a Preta Guilhermina, sem a necessária licença de seu marido Lourenço Evaristo, vem à cidade para assistir um samba. No dia seguinte, ele a reprovou por ter ido à festa sem sua permissão, levando-os a uma discussão, que, conforme as testemunhas que moravam ao lado, podia-se escutar.
Logo após a briga, segundo Lourenço Evaristo, quando conversava com sua tia, Guilhermina veio armada com um machado e por trás deu-lhe uma machadada na cabeça.
Ela foi presa em flagrante e ele foi socorrido pelos vizinhos.
Esse e mais 13.000 processos, de variados fins, podem ser encontrados no Espaço Memória Piracicabana, no vasto acervo do Fórum. A relação dos processos pode ser consultada no site http://www.unimep.br/ccmw/espaco-memoria.html

TRAGÉDIA EM PIRACICABA



Em julho de 1941 ocorreu o suicídio de J. e de sua esposa E..
Tudo aconteceu de acordo com o testemunho do filho do casal e de mais três pessoas que confirmaram o que ele disse.
Sua mãe E., havia sofrido um acidente há mais de oito meses fraturando a perna e arrastando-se com dificuldade. 
Não podendo mais suportar o padecimento, na madrugada do dia 13 de julho de 1941, E. atirou-se no poço da família Castilho, num terreno vizinho.
O marido J., dando por falta da esposa na cama, ao amanhecer, saiu para procurá-la, tendo encontrado seu corpo já sem vida.
Aproveitando a chegada dos vizinhos, J. deixou o local se dirigindo a sua casa, onde, não suportando a dor de perder sua companheira, com mais de 50 anos de casado, deu dois tiros em sua própria cabeça, sendo o segundo o causador de sua morte.
Esta documentação pode ser encontrada no Acervo Judiciário, que está no Espaço Memória Piracicabana.