quinta-feira, 31 de maio de 2018

PASSAMENTOS:

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ADEMIR DE OLIVEIRA
FALECIMENTO: 31/05/2018, ÀS 00h08, EM GUAREÍ.
66 ANOS, 
APOSENTADO, 
CASADO COM MARIA IZAIR OLIVEIRA, 
FILHO DE JOSÉ MATIAS DE OLIVEIRA E SILVANA JACOB DE BARROS, 
DEIXA OS FILHOS: REGINALDO, SÉRGIO, RICARDO E RENÊ. 
SEPULTAMENTO: 31/05/2018, ÀS 14h00, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM GUAREÍ.

NEUSA MORAES DA SILVA
FALECIMENTO: 30/05/2018, EM SOROCABA.
66 ANOS, 
DO LAR, 
CASADA COM ANÍSIO FELIPE DA SILVA, 
FILHA DE ROSA MORAES, 
DEIXA OS FILHOS: MARGARETE, DENISE, ODAIR, CARLOS ROBERTO, KELLY E JAQUELINE.
SEPULTAMENTO: 31/05/2018, ÀS 10h30, NO 
CEMITÉRIO JARDIM COLINA DA PAZ, EM ITAPETININGA.


quarta-feira, 30 de maio de 2018

PASSAMENTOS:


FUGIO ASSAY
FALECIMENTO: 30/05/2018, ÀS 04h58, EM ITAPETININGA.
72 ANOS, AP
OSENTADO, 
CASADO COM CLEUZA YOKO ASSAY, F
ILHO DE FADAYOSHI ASSAY E KIME ASSAY, 
DEIXOU AS FILHAS: ROSANE, VIVIANE E JULIANE.
SEPULTAMENTO: 31/05/2018, ÀS 08h00, NO 
CEMITÉRIO JARDIM COLINA DA PAZ, EM ITAPETININGA.

JOSÉ LUCAS TEIXEIRA
FALECIMENTO: 29/05/2018, EM CAPÃO BONITO. 
71 ANOS, 
APOSENTADO, 
CASADO COM ROSA DOMINGUES DA CRUZ TEIXEIRA, 
FILHO DE JOÃO PEDRO TEIXEIRA E FRANCISCA LUCAS TEIXEIRA, 
DEIXOU OS FILHOS: ANDRÉIA, DANIELA, JOSEMAR E JANAÍNA. 
SEPULTAMENTO: 30/05/2018, ÀS 14h00, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM CAPÃO BONITO.

terça-feira, 29 de maio de 2018

PEDRO VIEIRA DE CAMPOS

FALECIMENTO: 29/05/2018, ÀS 04h13, EM ITAPETININGA.
101 ANOS DE IDADE, ERA 
VIÚVO DE HERMÍNIA VIEIRA DE CAMPOS.
FILHO DE PEDRO VIEIRA DE CAMPOS E BRASILIANA VIEIRA PAES, 
DEIXA AS FILHAS MARIA OPHELIA E DAYSE VIEIRA.
SEPULTAMENTO: 30/05/2018, ÀS 08h00, NO 
CEMITÉRIO MUNICIPAL DE ARACAÇU, EM BURI.

PASSAMENTOS:

ROBERTO PICCHI
FALECIMENTO: 28/05/2018, EM ITAPETININGA.
73 ANOS, 
APOSENTADO, 
CASADO COM ANA MARIA ASSINE PICCHI, 
FILHO DE DIMAS PICCHI E HERMÍNIA SPOZITO PICCHI, 
DEIXA A FILHA GISELE FERNANDA. 
SEPULTAMENTO: 29/05/2018, ÀS 15h00, NO 
CEMITÉRIO JARDIM COLINA DA PAZ, EM ITAPETININGA.

MARIA JOSÉ ALVES
FALECIMENTO: 28/05/2018, EM PARANAPANEMA.
84 ANOS, 
APOSENTADA, 
VIÚVA DE ELPÍDIO ALVES, 
FILHA DE MATIAS CISTERNA E APARECIDA PIRES, 
DEIXA OS FILHOS: JOSÉ, ANTONIO, VALTER, VERA, ELIANA E GILBERTO.
VELÓRIO: NA RESIDÊNCIA DA FAMÍLIA.
SEPULTAMENTO: 29/05/2018, ÀS 10h00, NO 
CEMITÉRIO DA SAUDADE, EM PARANAPANEMA.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

PASSAMENTOS:

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OSWALDO KURNICK
FALECIMENTO: 27/05/2018, EM SOROCABA.
79 ANOS, 
APOSENTADO, 
VIÚVO DE NAZIRA DOS SANTOS, 
FILHO DE LEANDRO KURNICK E STHER KURNICK, 
DEIXA OS FILHOS: ROBERTO, MARINA, RITA E TÂNIA. 
SEPULTAMENTO: 28/05/2018, ÀS 12h00, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.

JOSÉ LEME DE ALMEIDA
FALECIMENTO: 27/05/2018, EM ITAPETININGA. 
72 ANOS, 
APOSENTADO, 
SOLTEIRO, 
FILHO DE EUGÊNIO LEME DE ALMEIDA E GEORGINA SILVA DE ALMEIDA, 
NÃO DEIXA FILHOS. 
SEPULTAMENTO: 28/05/2018, ÀS 15h00, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.

ANTONIA MARIA SOARES
FALECIMENTO: 27/05/2018, EM CAPÃO BONITO.
82 ANOS, 
APOSENTADA, 
SOLTEIRA, 
FILHA DE ENYGDIO CAETANO SOARES E RITA MARIA DO ESPÍRITO SANTO, 
DEIXA OS FILHOS: TEREZA, DORA, LOURDES, MARIA APARECIDA, JOÃO, FÁTIMA E JACIRA.
SEPULTAMENTO: 28/05/2018, ÀS 15h00, NO 
CEMITÉRIO DA SAUDADE, EM CAPÃO BONITO.

TERESA APARECIDA VIEIRA DOS SANTOS
FALECIMENTO: 27/05/2018, EM BURI. 
60 ANOS, 
DO LAR, 
DIVORCIADA, 
FILHA DE DOMICIANO VIEIRA DOS SANTOS E ISALTINA VIEIRA DOS SANTOS, 
DEIXA O FILHO FERNANDO.
SEPULTAMENTO: 28/05/2018, ÀS 16h00, NO 
CEMITÉRIO MUNICIPAL DE BURI.


domingo, 27 de maio de 2018

ELLY ORSI HUNGRIA

FALECIMENTO: 27/05/2018, ÀS 07h15, EM ITAPETININGA.
96 ANOS DE IDADE, 
DO LAR, 
DESQUITADA, 
FILHA DE ALCINDO SOARES HUNGRIA E MODESTA ORSI HUNGRIA, 
DEIXA OS FILHOS: HÉLIO, GRADYS, CIRO, FÁBIO E DÉCIO.
SEPULTAMENTO: 27/05/2018, ÀS 16h30, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.




PASSAMENTOS:

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AUGUSTO LUIZ BESSA NETO
FALECIMENTO: 27/05/2018, ÀS 01h55, EM ITAPETININGA.
64 ANOS, 
CORRETOR, 
CASADO COM ROSANA SILVA RODRIGUES, 
FILHO DE AUGUSTO LUIZ BESSA FILHO E NORMA PARISI BESSA, 
DEIXA OS FILHOS: DANIELA, CAMILA, JÚLIA E LEONARDO.
SEPULTAMENTO: 27/05/2018, ÀS 17h00, NO 
CEMITÉRIO JARDIM COLINA DA PAZ, EM ITAPETININGA.

MARIA ELIZABETE DA SILVA
FALECIMENTO: 26/05/2018, EM JAÚ.
60 ANOS, 
DO LAR, 
CASADA COM LUIZ ROBERTO DA SILVA, 
FILHA DE OTÁVIO BUENO DA TRINDADE E MARGARIDA FERREIRA TRINDADE, 
DEIXA A FILHA FABÍOLA DE PAULA.
VELÓRIO: NO SALÃO COMUNITÁRIO DO BAIRRO TURVO DOS ALMEIDAS, EM ITAPETININGA.
SEPULTAMENTO: 27/05/2018, ÀS 15h00, NO 
CEMITÉRIO MUNICIPAL DO BAIRRO DO GRAMADINHO, EM ITAPETININGA.

PEDRO DOS SANTOS GRECCHI
FALECIMENTO: 26/05/2018, EM ANGATUBA.
66 ANOS, 
PENSIONISTA, 
UNIÃO ESTÁVEL COM DANIELA DE OLIVEIRA, 
FILHO DE DOMINGOS GRECCHI E ANTONIA BOTECHIA, 
DEIXA O FILHO RODRIGO. 
SEPULTAMENTO: 27/05/2018, ÀS 10h00, NO C
EMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ANGATUBA.

CREUZA FERREIRA SOARES DE SOUZA
FALECIMENTO: 26/05/2018, EM ITAPETININGA.
69 ANOS, 
APOSENTADA, 
DIVORCIADA, 
FILHA DE ANTONIO FERREIRA SOARES E OTILDES ROSA SOARES, 
DEIXA OS FILHOS: MARTA, MARIA CRISTINA, JOEL, MARCELO E FERNANDO. 
SEPULTAMENTO: 27/05/2018, ÀS 12h00, NO 
CEMITÉRIO MUNICIPAL DO BAIRRO RECHÃ, EM ITAPETININGA.

JOSÉ VIRGÍLIO
FALECIMENTO: 26/05/2018, EM ITAPETININGA. 
67 ANOS, 
APOSENTADO, 
DIVORCIADO, 
FILHO DE FRANCISCO VIRGÍLIO E IZALTINA MARIA DO ESPÍRITO SANTO, 
NÃO DEIXA FILHOS.
SEPULTAMENTO: 27/05/2018, ÀS 17h00, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.

AMAURY ROLIM DE FREITAS
FALECIMENTO: 27/05/2018,  ÀS 02h45, EM ITAPETININGA.
64 ANOS, 
APOSENTADO, 
CASADO COM ILZA VIEIRA DA SILVA, 
FILHO DE DONATO ROLIM DE FREITAS E OLGA DO ESPÍRITO SANTO, 
DEIXA OS FILHOS WALBERT E MARCELO.
SEPULTAMENTO: 27/05/2018, ÀS 17h00, NO 
CEMITÉRIO JARDIM COLINA DA PAZ, EM ITAPETININGA.


sábado, 26 de maio de 2018

PAUSA PARA REFLEXÃO:

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Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele". João 3:36


PASSAMENTOS:

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JOSÉ DA SILVA
FALECIMENTO: 25/05/2018, EM SANTOS.
69 ANOS, 
APOSENTADO, 
CASADO COM TEREZA DE JESUS DA SILVA, 
FILHO DE EVARISTO DA SILVA E OLÍVIA CORREA, 
DEIXA OS FILHOS: GISELI, LUCIANA, CRISTIAN, HÉLIO E CÉLIO.
SEPULTAMENTO: 26/05/2018, ÀS 16h00, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ANGATUBA.

EMÍLIA TAVARES
FALECIMENTO: 26/05/2018, ÀS 03h15, EM ITAPETININGA.
84 ANOS, 
APOSENTADA, 
VIÚVA DE BENEDITO GOMES DE PROENÇA, 
FILHA DE JOSÉ TAVARES E MARIA PIRES, 
DEIXA OS FILHOS: JOSÉ, NADIR, ANTONIO E MARIA.
SEPULTAMENTO: 26/05/2018, ÀS 17h30, NO 
CEMITÉRIO CABAÇAIS, EM SARAPUÍ.

LAÍS DOS SANTOS BERA

Foto: Arquivo Pessoal
Nota de Falecimento:

Faleceu Laís dos Santos Bera, 23 anos (residia no Jardim Marajoara, em Pilar do Sul), vítima de acidente automobilístico na SP250.
Será velada no Velório Municipal e sepultada na tarde de sábado (26/05), horário à definir, no cemitério São João Batista.
À família enlutada as nossas condolências.
Dados fornecidos pela Funerária Lemes.

Fonte: Pilar News.

PASSAMENTOS:



ANTONIO MARCOS DO NASCIMENTO
FALECIMENTO: 25/05/2018, EM VOTORANTIM. 
47 ANOS, 
APOSENTADO, 
SOLTEIRO, 
FILHO DE ISALTINO SOARES DO NASCIMENTO E ALZIRA VIEIRA, 
NÃO DEIXOU FILHOS. 
SEPULTAMENTO: 26/05/2018, ÀS 16h30, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM CAPÃO BONITO.

LÚCIA FERNANDES DA COSTA GOMES
FALECIMENTO: 25/05/2018, EM ITAPETININGA.
53 ANOS, 
PENSIONISTA, 
CASADA COM AMAURI DA SILVA, 
FILHA DE ANITA FERNANDES DA COSTA, 
DEIXA OS FILHOS: KLEBER, PEDRO E LUANA.
SEPULTAMENTO: 26/05/2018, ÀS 16h00, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.

DEIVA DE ALMEIDA BUENO JANEZ
FALECIMENTO: 25/05/2018, EM ITAPETININGA.
75 ANOS, 
APOSENTADA, 
VIÚVA DE ADNERSON SILVA JANEZ, 
FILHA DE ANTONIO DE ALMEIDA BUENO E LÀZARA APARECIDA DA SILVA, 
DEIXA OS FILHOS: LUANA, ALCIDES E ZENI.
SEPULTAMENTO: 26/05/2018, ÀS 14h00, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

O MORRO DO POGOÇÁ

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O Morro do Pogoçá é um dos pontos encantados da Jureia. Nele se localiza a misteriosa pedra de igual nome, pelo qual os caiçaras daquelas paragens tem grande respeito. O morro situa-se nas margens do rio Una do Prelado e em seu sopé ainda podem ser observadas ruínas de algumas antigas fazendas de arroz.
Dois caminhos conduzem até o morro. Por terra, pode ser atingido através da Trilha do Pogoçá, a partir de um caminho que sai da Estrada da Nuclebrás, que se inicia nas proximidades do Morro do Grajaúna. Segundo a tradição local, parte da trilha, que passa por manguezais, foi aterrada no passado pelos escravos.
Outro meio de se chegar ao Pogoçá – talvez até mais “fácil” do que andar pelo mato – é através do rio Comprido, partindo-se do Porto do Prelado e vencendo-se a muito custo as incontáveis curvas que, com justiça, deram esse nome de “guerra” ao rio, cujo nome correto é Una do Prelado. Em virtude das curvas do rio, o Morro do Pogoçá, que se alça sobre a serrania circundante, parece dançar à vista do viajante, apresentando-se ora a frente, ora por detrás, ora à esquerda, ora à direita daquele que singra aquelas águas. Não é a toa que os caiçaras dali também chamam o Pogoçá de Morro Mágico.
O Morro do Pogoçá guarda a fascinante lenda do “Tucano de Ouro”. 
Devido a sua formação rochosa estranha, e por ser bastante lisa, a Pedra do Pogoçá possui um significado quase místico para os praianos da Jureia, que não se atravessem a escalá-la, ainda porque, segundo afirmam, o sopé do morro é protegido por ferozes“mamangavas”. 
Diz a lenda que, a cada sete anos, na primavera, um tucano de ouro sai, através de uma janela natural na rocha, do “Dedo de Deus” – que é como os caiçaras chamam a Pedra do Pogoçá, em virtude de sua curiosa formação geológica – e voa até a serra dos Itatins, a uns 30 quilômetros dali, alçando-se a uma altura que nenhum outro tucano poderia alcançar. 
Quem consegue avistar a ave dourada, garante a lenda, recebe, como dádiva, sete anos de felicidade. 
Contam também que, do topo do Pogoçá, de vez em quando, sai uma gigantesca bola de fogo, que rola pelo morro abaixo e assusta aos que tem a ocasião de vê-la. 
Essa bola de fogo é chamada de “Mãe do Ouro” e, segundo a crença, ela sai do morro para indicar a existência de um fantástico tesouro que se encontra escondidos nas matas da Jureia. Depois de cruzar os céus da região, a “Mãe do Ouro” finalmente desaparece lá para as bandas da Serra dos Itatins, levando consigo, todo o seu mistério e só tornando a reaparecer sabe-se Deus quando.
Outro local encantado na Jureia é o Morro do Grajaúna, que se lança de encontro ao oceano e é uma espécie de divisor natural das praias do rio Verde e do Una. 
Nesse morro, encontra-se a enigmática Pedra do Itacolomi, pela qual os caiçaras também tem grande respeito e admiração. Itacolomi, em tupi, significa: Ita =pedra e curumi = menino, de onde temos a tradução: “menino de pedra”, “filho da pedra” ou a “pedra e seu filho”.
Contam que por ali, de vez em quando, aparece um sábio pescador, de uns 70 anos, que deixa sua choupana no meio do mato. Traz ao ombro sua rede de pesca e na mão o inseparável cajado de madeira. Caminha pela praia durante algum tempo, e depois, inexplicavelmente, sem dizer qualquer palavra, desaparece. 
Os pescadores falam que o misterioso homem vem com os bons ventos da maré, e acreditam que ele mora no Itacolomi. Segundo a crença, o dia de seu aparecimento por ali é dia de sorte e encanta a região por sete luas.
Uma outra lenda sobre a Pedra do Itacolomi conta que, nessa pedra quase submersa nas encostas do Morro do Grajaúna, o legendário pirata francês Lafite teria escondido um formidável tesouro em pedras preciosas, durante uma de suas aventuras pelo litoral do país. 
Até hoje, no entanto, ninguém ainda encontrou qualquer vestígio desse tesouro lendário.
Foi nas proximidades do Morro do Grajaúna que, nos anos de 1980, o governo brasileiro pretendeu construir algumas usinas nucleares, mas de concreto apenas foi aberta a Estrada da Nuclebrás. 
Felizmente, até hoje os morros do Pogoçá e do Grajaúna ainda se encontram preservados em toda a sua magia e esplendor natural.

Roberto Fortes - Alfarrabios.

O PROFESSOR RAIMUNDO PASTOR, DE BOTUCATU

21/06/2012 
Alegrias e tristezas de um professor
Imagine o leitor como deveria ser a vida de um professor primário no início do século XX numa escola rural do Vale do Ribeira. 
Imaginou? 
Parece algo inimaginável, não é mesmo? 
Pois essa experiência pode ser lida no livro “Alegrias, agruras e tristezas de um professor”, de Raimundo Pastor, que lecionou na escola rural de Ribeirão Grande, bairro da antiga Xiririca (hoje Eldorado), lá pelos idos de 1919. 
Suas memórias, que foram publicadas em 1970 pelo Centro do Professorado Paulista, levam o leitor a uma fascinante volta ao passado.
Tomei conhecimento desse livro – e da história do professor Raimundo Pastor – numa crônica que o meu saudoso amigo J. Mendes publicou em sua coluna na antiga “A Tribuna do Ribeira”, em meados da década de 1980. 
Desde então, vasculhei incontáveis sebos à procura dessa relíquia, até que, há alguns meses, consegui localizá-la.
O professor Raimundo Pastor, filho de uma família de imigrantes espanhóis, era natural da região de Botucatu. Dedicando toda a sua vida ao magistério, Pastor se aposentou como delegado de ensino.
Nomeado no dia 11 de junho de 1919 para a escola masculina rural de Ribeirão Grande, em Xiririca, Raimundo Pastor pegou, em Santos, o trem com destino a Juquiá, na estação que ficava na Avenida Ana Costa. 
Chegou à pequena vila de Juquiá às três horas da tarde, cansado, coberto de poeira. 
Na estrada, que não era empedrada, o trem levantava uma “tempestade de pó”, que penetrava pelas janelas.
Juquiá era a estação final da Estrada de Ferro Southern São Paulo Railway. 
Contava com cerca de meia dúzia de casinhas de madeira levantadas à margem do rio Juquiá. 
Tanto a estação como o hotel eram próximos ao rio. 
Pastor nota que a lavagem da cozinha era jogada diretamente no rio. Na época de enchente, tudo ia ao fundo, demorando cerca de uma semana para as águas abaixarem.
A cerca de uns quinhentos metros da estação ferroviária, ficava a Vila de Santo Antônio do Juquiá, à margem direita do rio. 
“As casas”, escreve Pastor, “na maioria de aspecto indigente, esparramam-se, quase em desordem”. 
À chegada do vapor, o povo da vila corria às margens do rio. “É um espetáculo deprimente. A miséria estampa-se na face e no corpo daquela gente. Faces encovadas pela magreza ou inchadas pela opilação. Roupa em frangalhos. Barrigas intumescidas. As crianças, então, apresentam toda a miséria do lar. Descalças, com apenas uma camisinha curta, mostrando todo o resto do corpo nu. Como os pais, apresentam os mesmos sinais de opilação e de desnutrição. Perninhas descarnadas e ventre volumoso. Olhar vítreo, parado, sem expressão de vida.”
Todos eram atraídos pela possibilidade de ganhar algum vintém. 
Alguns ofereciam ao comandante do vapor aves, palmitos ou verduras para a cozinha da embarcação. 
“A gente deixa aquele pessoal com o coração oprimido. Não se pode imaginar que haja no Estado de São Paulo gente tão maltratada da miséria, da doença e da incúria. São farrapos humanos, espectros de gente, criaturas voltadas ao sofrimento.”
Pastor ficou hospedado no único hotel da vila. 
Diga de passagem, sua impressão não foi das melhores: “O hotel de Juquiá era o que havia de pior. Casa de tábuas, assentada rente ao rio. Calor bárbaro, ainda com as janelas abertas. Pernilongos aos turbilhões, transformando a estada do passageiro em tortura indescritível. E, como se isso não bastasse, havia sempre pândegos que gostavam de beber e cantar no botequim do andar térreo, até altas horas da noite, pois não havia horário de abertura ou fechamento”.
No dia seguinte, na hora do desjejum, os hóspedes sentavam-se todos juntos numa mesa longa, “repleta de xícaras e com um bule de café e uma cesta de fatias de pão, que vão passando uns aos outros, da melhor maneira possível. 
Há quem, para tirar uma fatia, apalpa todas as outras, à procura da mais tenra, pois as há de todas as idades. Tomando o café, paga-se a pernoite. A cobrança é efetuada no botequim. Ninguém sai à rua com as malas, sem deixar primeiro o dinheiro”.
Então, era hora de partir para a Barra do Juquiá, de onde Pastor continuaria sua via dolorosa até Xiririca. (continua)

(JORNAL REGIONAL, nº 988, de 22/06/2012).

O POETA J. MENDES, DE SETE BARRAS

24/05/2007 
Dez anos sem J. Mendes
J.Mendes, no Cartório de Eldorado, década de 1950.

Há dez anos partia deste mundo um grande poeta. Seu nome: João Albano Mendes da Silva, ou, para seus fiéis leitores, apenas J. Mendes. Dez anos sem a presença marcante do “Poeta do Vale”, esse que foi e sempre será o orgulho maior das letras e da inteligência vale-ribeirense.
Amigo de longa data desse obstinado defensor da cultura regional – incansável guardião da memória da poetisa Francisca Júlia, principal expoente feminino do Parnasianismo brasileiro, nascida em Eldorado – não posso deixar de expressar minha grande saudade pelo mestre e irmão de letras.
Toda perda provoca um vazio que nos dá a impressão de termos perdido um pedaço de nós mesmos. E J. Mendes representa essa perda que jamais poderá ser substituída, pois sua figura única de ser humano sensível e intelectual privilegiado deixou um vácuo na cultura regional, que tão cedo não será preenchida.
No princípio da década de 1980, o principal jornal da região era a sempre lembrada A Tribuna do Ribeira, editada em Registro, que pertencia ao grupo A Tribuna, de Santos. Naquele tempo, eu era um dos cronistas do jornal, ao lado de um time seleto composto por J. Mendes e pelo Ipê (Ildefonso Pinto Nogueira). Semanalmente, publicava as minhas crônicas e artigos na tradicional página dois, ali bem debaixo do editorial e da charge sempre humorada e irreverente do cartunista Sesary. Bons tempos aqueles!
Certa ocasião, em fins de 1981, publiquei uma crônica sobre Francisca Júlia, falando de sua importância para as letras nacionais. Imediatamente, J. Mendes escreveu outra crônica convidando-me para ingressar na Academia Eldoradense de Letras. Eis um trecho: “Nós que vimos lutando pela cultura no Vale e do Vale, formulamos aqui o convite para que Roberto Fortes, homem de letras que é, venha somar conosco, na Casa de Francisca Júlia. (...) E juntos continuaremos provando por este Brasil afora que o Vale pode ser a região mais pobre de São Paulo, mercê do Poder Público, mas não o é em valores e tradições culturais.”
A partir de então, passamos a nos corresponder freqüentemente, através de longas cartas, que sempre enfocavam aspectos da cultura do Vale do Ribeira e da literatura em geral. E sempre J. Mendes insistia em minha posse na sua querida Academia. Até que, afinal, tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente em março de 1982, quando nos encontramos casualmente na redação da Tribuna do Ribeira, na época dirigida pelo jornalista Roberto Sassi. No inesperado e proveitoso encontro, o nosso amigo comum, jornalista Rafael Guelta, que também trabalhava na redação, aproveitou a ocasião para nos entrevistar, pois, segundo garantia, éramos “intelectuais” prestigiados (elogio, claro, que atribuímos à amizade que nos devotava).
Naquela ocasião, entabulamos longa conversa sobre vários nuances da cultura, principalmente Literatura e História do Vale do Ribeira. Defendíamos, então, o ensino da História do Vale nas escolas da região e muito nos empenhamos nesse sentido; todavia, não logramos êxito em nosso intento.
Lembro-me de seu jeito calmo e amigo, característica aliás que realçava seu caráter de cidadão abalizado e de homem ligado aos valores do espírito. (Vale lembrar que, na época, J. Mendes já era considerado – com justiça – o mais importante intelectual da região.)
Depois daquele inusitado e inesquecível encontro, fomos nos rever apenas na ocasião de minha posse na Academia Eldoradense de Letras, em agosto de 1983, quando, com toda a sobriedade característica da Casa de Francisca Júlia, recebi meu diploma e minha medalha de acadêmico, até hoje carinhosamente guardados entre minhas relíquias mais preciosas.
J. Mendes, em algum lugar da Eternidade, deve estar rabiscando algum papel, escrevendo alguma crônica, alguma poesia, e – acredito – pensando na sua velha e pacata Xiririca, berço ilustre da imortal Francisca Júlia, terra vetusta de bravos mineradores, mãe de tantos vultos notáveis que marcaram as letras e a cultura regional. Mas, acima, de tudo, a amada terra de João Albano Mendes da Silva, amigo exemplar, intelectual privilegiado, vale-ribeirense cuja vida e obra nos enchem de orgulho.
(JORNAL REGIONAL, nº 723, de 25-5-2007)

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J. Mendes, com a profº Dalva, da Scelisul.

Há dez anos falecia um dos mais importantes vultos das letras e da inteligência vale-ribeirense em todos os tempos: João Albano Mendes da Silva, mais conhecido pelo pseudônimo de “J. Mendes”. Nascido em Sete Barras no dia 26 de setembro de 1918, era filho único do casal de lavradores Tibúrcio Sebastião da Silva e Maria Eugênia de França. Sua família veio para Eldorado (que então se chamava Xiririca) quando João Mendes tinha apenas três meses de idade, estabelecendo-se num sítio localizado no município.
João Mendes cursou até o quarto ano primário no Grupo Escolar de Xiririca, sendo um autodidata. Aos 19 anos, ingressou na agência dos Correios e Telégrafos da cidade, onde trabalhou por alguns anos, até que foi convidado para trabalhar no Cartório do Registro Civil de Eldorado, do qual era escrivão o conhecido poeta eldoradense Domingos Bauer Leite (pai da vice-prefeita de Miracatu, profª Dea Viana Leite Moreira da Silva, e avô do deputado Samuel Moreira). Depois que Bauer se aposentou, João Mendes assumiu a titularidade do Cartório, no qual veio a se aposentar em 1986, após quatro décadas dedicadas ao Registro Civil, onde também acumulou as funções de distribuidor, contador, partidor, avaliador e depositário público do Juízo de Direito da Comarca de Eldorado.
Em 11 de fevereiro de 1950, João Mendes se casou com Maria Helga Ferreira Mendes (mais conhecida por “Dona Nenê”), filha de João Vitorino Ferreira e Dulce Maria de Azevedo Ferreira. De tradicional família eldoradense, dona Maria Helga é irmã de Maria Ursulina Ferreira Carneiro, que foi casada com o ex-prefeito de Eldorado, José Edgar Carneiro dos Santos; José Vitorino Ferreira; Maria do Rosário Ferreira Pinto; João Vitorino Ferreira Filho; e Salvador Roberto da Silva Ferreira. As filhas do casal são Maria Dulce Mendes Leite e Débora Mendes Fagundes, além de quatro netos e uma bisneta.
O despertar da poesia – Por influência do poeta Domingos Bauer Leite, João Mendes teve despertada a sua vocação para a literatura. A partir de 1940, começou a publicar suas crônicas e poesias nos jornais da região, atividade que manteve ininterruptamente por mais de cinquenta anos. Toda a sua produção literária foi cuidadosamente arquivada em dezenas de pastas, que hoje estão sob a guarda de sua viúva. É um valiosíssimo arquivo que, além de poesias e textos literários, também retrata o cotidiano do Vale do Ribeira e sua história.
Em sua longa vida de poeta e cronista, João Mendes recebeu inúmeros prêmios, diplomas e honrarias, entre os quais: sócio honorário da Academia Internacional de Letras e Artes do Círculo do Amor à Vida (1981); Menção Honrosa da Ordem do Campeador (1984); sócio benemérito da The International Academy of Lethers of England (1985); Honra ao Mérito do Clube dos Escritores, Trovadores e Poetas de Conceição da Barra (1985); Honra ao Mérito pela Academia de Letras Municipais do Brasil (1986); Menção Honrosa da Academia Petropolitana de Poesia Raul de Leoni (1986); Magnífico Trovador, pela Ordem Brasileira dos Poetas e Literatura de Cordel, de Salvador, Bahia (1986); etc.
Foi também agraciado com o diploma de comendador conferido pela Soberana Ordem dos Cavaleiros de São Paulo Apóstolo, recebendo ainda o diploma e a medalha de Mérito da Integração Nacional, conferido pela mesma ordem. Foi membro da Casa do Poeta, secções de São Paulo e Santos; da União Brasileira dos Trovadores (sendo delegado em sua cidade); do Movimento Poético Nacional; e teve o seu nome indicado para uma vaga na Academia Internacional de Letras, em seção de 31-8-1978. Participou de encontros culturais em São Paulo, Santos e São Vicente, promovidos pela Casa do Poeta e União dos Trovadores. Idealizou o I Festival de Poesia do Vale do Ribeira, realizado em Eldorado no mês de março de 1976.
O Poeta do Vale – Durante sua intensa atividade literária e jornalística, que exerceu durante mais de meio século, João Mendes colaborou para inúmeros jornais e periódicos, entre os quais: “Folha da Baixada”, onde manteve a coluna “Crônica de Eldorado”; “Diário Popular”, de São Paulo, escrevendo para a seção “Roteiro de Livros”; “Letras da Província”, de Limeira; “Correio do Vale”, de Registro; “Jornal de Itapecerica”, de Itapecerica da Serra; “A Comarca”, de Araçatuba; “A Tribuna de Descalvado”; “Jornal de Mirandópolis”; “O Fanal”, órgão da Casa do Poeta de São Paulo; “A Tribuna do Ribeira”, editado em Registro, pertencente ao grupo “A Tribuna”, de Santos; “A Voz da Poesia”, órgão do Movimento Poético Nacional; “Jornal de Iguape”; etc.
Em sua vida pública, exerceu a vereança em duas legislaturas: 1948 a 1951 e 1952 a 1955, pelo antigo Partido Democrático Social (PDS). Era muito amigo do governador Laudo Natel, que administrou o Estado de São Paulo nos períodos de 1966-1967 e 1971-1975.

Fonte: Roberto Fortes, in Alfarrabios.

JULIO CÉSAR DA SILVA, O POETA DE XIRIRICA


Nasceu em Xiririca, hoje Eldorado (SP), no Vale do Ribeira, no dia 23 de dezembro de 1872, filho do casal Miguel Luso da Silva e Cecília Isabel da Silva, sendo batizada na Igreja de Nossa Senhora da Guia em 20 de abril de 1873.
Poeta inspirado, foi comparado a Vicente de Carvalho, Batista Cepelos, Amadeu Amaral, Venceslau de Queirós, Gustavo Teixeira e Martins Fontes, na poesia.
Ainda quando era estudante de Direito na tradicional Faculdade do Largo de São Francisco, publicou o seu primeiro livro e poesias, sob o interessante título “Stalactites”, em 1891. 
Quem sabe as cavernas de sua terra natal não lhe tenham inspirado o título?
Em 1893, publicou “Sarcarmos”. 
Na revista “Tebaída”, do Rio de Janeiro, publicou, em 1895, o notável poema místico “Deus Ester”, cuja produção, que durou anos, muito exigiu do poeta.
Em 1896, foi a vez de “Feitiçaria”, trabalho de folclore. Dedicou-se a peças líricas e obras poéticas. Publicou o livro “Sinfonia em Mar Azul”.
Para a Coleção Terramarear”, da Companhia Editora Nacional, traduziu o livro “Ao longo do Amazonas”, de W. H. Kingston.
Trabalhou como funcionário da Prefeitura Municipal de São Paulo, encarregado da secção de correspondência estrangeira. Tinha à sua disposição as traduções de clássicos da Biblioteca da Prefeitura.
Faleceu em São Paulo a 15 de julho de 1936. 
Seu nome foi dado a uma rua no Bairro do Brás, cuja placa foi inaugurada na administração do prefeito Fábio Prado.

Fonte: Roberto Fortes, em Alfarrabios

UMA PASSAGEM DE BENEDITO MACHADO, ESCRITOR DE IGUAPE:

Iguape, para principiantes
Diretamente do blog do escritor Benedito Machado:

“Para ficar conhecido, em Iguape, mais valem alguns minutos na mídia do que muitos anos de ação comunitária. Há tempos atrás, editei um jornal por dois anos e o primeiro e único guia turístico de Iguape, escrevi um livro sobre o Bom Jesus, participei de todas as discussões importantes, para a cidade, na Câmara de Vereadores e junto ao Prefeito, trouxe um técnico do CEPAM para melhorar a rotina administrativa da Prefeitura, etc. Mas, também na mesma época, por acaso, entrei no programa “Cidade contra Cidade” [Programa Sílvio Santos] e apareci por 15 minutos na televisão. Uma vez, conversando com uma senhora, perguntei-lhe:

– A senhora me conhece?

– Sim!

– De onde?

– Da televisão!

Quinze minutos na telinha funcionaram melhor para minha imagem do que anos de dedicação à cidade”. (http://beneditomachado.zip.net)

(JORNAL REGIONAL, nº 754, de 28-12-2007).

Fonte: Alfarrabios

VELHA IPORANGA


Iporanga.
Foto: Instituto Geológico.
Fonte: Alfarrabios.

POR QUE SERÁ QUE A FONTE DO SENHOR, EM IGUAPE, LEVA O NOME DE ALBERT CAMUS?

06/08/2005 
CAMUS E O BOM JESUS DE IGUAPE

Neste período em que Iguape vive dias de intensa agitação com a festa em louvor ao Senhor Bom Jesus, é interessante recordar a histórica visita que o escritor Albert Camus fez à cidade em agosto de 1949. Entre os dias 5 e 7, o célebre escritor argelino, Prêmio Nobel de 1957, acompanhado de Oswald de Andrade e outros amigos, veio a Iguape para conhecer de perto a centenária romaria do Bom Jesus.
Naquela época, Camus já era escritor consagrado em todo o mundo. Considerado o “profeta do absurdo” (tal como Kafka, que muito o influenciou, e Sartre, seu companheiro do movimento existencialista), Camus procurou retratar em sua obra o absurdo da condição humana. Absurdo que Kafka captou desconcertantemente em “O Processo” e, em Camus, encontramos com toda sua intensidade em “O Estrangeiro”.
Sua passagem pelo Vale do Ribeira foi registrada com detalhes no livro“Diário de Viagem”, editado pela Record. Nessa obra, Camus, com toda sua argúcia, é bastante cáustico quando considera o Brasil “um país em que as estações se confundem umas com as outras; onde a vegetação inextrincável torna-se disforme; onde os sangues misturam-se a tal ponto que a alma perdeu seus limites.”
As observações colhidas durante a Festa do Bom Jesus foram aproveitadas para escrever o conto “A Pedra Que Cresce”, inserido no livro“O Exílio e o Reino”. É o único conto ambientado no Brasil, sendo os demais desenrolados em várias partes do mundo.
Durante sua permanência em Iguape, Camus e seus amigos ficaram alojados num quarto da Santa Casa local, que foi especialmente pintado para acolher o ilustre escritor. Vale lembrar que naquela época a luz era apagada às 22:00 horas e, para não deixar o visitante na penumbra, o então prefeito mandou retirar da cama os encarregados da usina elétrica para manterem acesa a luz a noite inteira...
Na concorrida recepção que lhe foi prestada no Clube XV (que funcionava no atual prédio da Casa Paroquial) ocorreu um desagradável incidente. Um policial, visivelmente embriagado, aproximou-se de Camus e começou importuná-lo. As autoridades e os figurões da cidade ficaram indignados com tamanha petulância e, pedindo desculpas ao escritor, sugeriram que ele escolhesse a punição que deveria ser aplicada ao inconveniente policial. Camus relutou, pediu que nada fizessem ao homem, e a muito custo conseguiu que ele fosse retirado do salão sem qualquer punição, atitude que surpreendeu a todos os presentes, que ficaram admirados com sua nobreza de caráter.
Assim, retornando a São Paulo e, depois, à França, Albert Camus encarregou-se de incluir a Festa do Bom Jesus nas páginas da literatura universal. E Iguape não esqueceu o imortal escritor, pois seu nome foi dado à principal alameda da Fonte do Senhor, onde a imagem do Bom Jesus foi lavada após ter sido encontrada na Praia de Una por dois índios, em 1647.

" A VILA DE PRAINHA"




Paulo de Castro Laragnoit (1923-2011) foi um dos mais respeitados historiadores e intelectuais do Vale do Ribeira, além de pintor e genealogista. 
Nascido em Miracatu, a velha Prainha, pesquisou a fundo a história de sua terra, fundada por seu bisavô Pedro Laragnoit, em 1872. 
Da intensa busca pelos primórdios da antiga freguesia surgida em terras então pertencentes a Iguape, nasceu o livro “A Vila de Prainha” (1961), cuja edição foi revista e ampliada em 1984, com capítulos adicionais sobre as demais cidades do Vale do Ribeira. 
Tive o privilégio de ser seu amigo, e dele ganhei um belíssimo quadro retratando a Praça da Basílica, em Iguape. Mantivemos correspondência durante anos; ele me encaminhava cópias de seus trabalhos inéditos e edições dos livros publicados: 
“Histórias do Vale da Esperança” (Edição do Autor, 1992); “Laurindo de Almeida e a Vila de Prainha” (Soset, 2006); “Centenário da Imigração Japonesa – 1908-2008” (Soset, 2008); 
e o derradeiro livro artesanal “Quatro mãos... Duas cabeças... Um só coração – Reminiscências da terra natal, no tempo da escola primária” (2011), em colaboração com o monsenhor João Joaquim Vicente Leite. 
Vale a pena ler Paulo Laragnoit.
Fonte: ALFARRABIOS, DE ROBERTO FORTES.

" O ARROZ DE IGUAPE"




O engenheiro-agrônomo Lourenço Granato, natural de Vercelli, Itália, chegou em Iguape no dia 18 de novembro de 1900, a bordo do vapor "Alexandria", nomeado inspetor agrícola do 6º Distrito Agrícola, cuja sede era em Iguape e compreendia os municípios de Itanhaém, Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela, Santos e São Vicente, em substituição ao Dr. João Pedro Cardoso. 
Granato escreveu vários livros científicos, utilizados no curso de técnico em agricultura ministrado no Aprendizado Agrícola Dr. Bernardino de Campos, instalado em Iguape em 1903, e que era uma preparação para quem desejasse estudar na concorrida Escola Agrícola “Luiz de Queirós”, em Piracicaba, que mantinha o melhor curso de Agronomia do país. 
Granato desenvolveu, no Aprendizado, importantes pesquisas sobre o arroz de Iguape, além de ter publicado diversos artigos na imprensa local. 
O Aprendizado Agrícola funcionou até 1914. 
Entre os livros de Granato, destacam-se: 
"A Lavoura do Arroz em Iguape" (1902),
"O Arroz de Iguape" (1910), 
"Noções de Meteorologia e Climatologia Agrícola" (1913), 
"O Arroz" (1914), 
"As Moléstias dos Animais - Manual do Veterinário Prático" (1913), entre outros. 
Em "O Arroz de Iguape", com base em análises científicas, Granato provou que o arroz de Iguape era o mais nutritivo dentre todas as espécimes analisadas do país.

Fonte: ALFARRABIOS, DE ROBERTO FORTES.

CATANDUVA: 1932



ALESP

PASSAMENTOS:










IZABEL DE LUCA MOSCA
FALECIMENTO: 24/05/2018, ÀS 13h05, EM ITAPETININGA. 
88 ANOS, 
APOSENTADA, 
VIÚVA DE RHODWALD MOSCA, 
FILHA DE JOSÉ DE LUCA E ROSA PETROCHE, 
DEIXA OS FILHOS DANIEL E IZABEL. 
SEPULTAMENTO: 25/05/2018, ÀS 11h00, NO 
CEMITÉRIO JARDIM COLINA DA PAZ, EM ITAPETININGA. 

JOSÉ VICTOR DE CAMARGO 
FALECIMENTO: 24/05/2018, ÀS 16h01, EM ITAPETININGA. 
85 ANOS, APO
SENTADO, 
VIÚVO DE MARIA APARECIDA CAMARGO, 
FILHO DE JOSÉ BRISOLA CAMARGO E MARIA LOURENÇO CAMARGO, 
DEIXA A FILHA MARIA ANTONIA.
SEPULTAMENTO: 25/05/2018, ÀS 13h00, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.