Em comemoração ao aniversário da cidade, a Prefeitura de Penápolis realizou no dia de ontem, véspera, o tradicional desfile festivo com início às 19 horas.
A Boston Cattle Company Ltd S.A., companhia canadense representada no Brasil pelo engenheiro James Burr, possuía nesta região, ou seja, na antiga Zona da Mata, mais de 20 mil alqueires de terras, com o objetivo de desbravar e colonizar, o que veio favorecer a chegada dos trilhos da então Companhia Paulista de Estradas de Ferro, encontrando uma região já desmatada, podendo também contar com produtos agrícolas e madeira para os trilhos daquela ferrovia.
A Companhia de Imigração e Colonização (CAIC), subsidiária daquela ferrovia, encarregou-se da venda das referidas terras. Em cinco anos foram vendidos todos os lotes rurais, cujo núcleo tinha como divisas iniciais o Ribeirão “Negrinha”, nas proximidades de Califórnia, atual Osvaldo Cruz, dali vindo alcançar os futuros terrenos do patrimônio “Flórida”, que seria locado do lado esquerdo do espigão divisor “Peixe-Feio”.
Em 20 de outubro de 1941, foi passada no 2º Tabelião de Marília a escritura de compra dos terrenos, onde seria locado o novo patrimônio. Essa compra foi feita pelo Sr. José Fróio e seu genro Dr. Idreno Sylvio Cavallari, num total de 127,5 alqueires de terras incultas e sem benfeitorias, onde foi erguida uma tosca capela – construída pelos pioneiros em apenas cinco dias - como marco inicial da formação desse Patrimônio. Em 25 de outubro de 1941, foi rezada a primeira missa naquele local, pelo Rev. Padre Gaspar, da paróquia de Parapuã.
Casa Branca foi uma das primeiras cidade a receber eletricidade no Brasil.
Limites:
Mococa, São José do Rio Pardo, Tambaú, Santa Cruz das Palmeiras, Itobi, Aguaí, Vargem Grande do Sul.
Diz-se que Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, foi o primeiro homem civilizado a percorrer a região, onde muitos anos depois surgiria o pouso de Casa Branca, de tropeiros que buscavam o caminho dos Guaiazes, que ligava o litoral a Goiás e ao Mato Grosso. Essa é apenas a fonte mais antiga sobre seus fundadores, mas há outras diversas e divergentes.
Já na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXIV, consta a referência ao Arraial de Casa Branca, em 1728.
Nova fonte aparece no caderno de recenseamentos de Moji Mirim, onde o bairro de Casa Branca surge pela primeira vez em 1783, possuindo apenas um núcleo familiar.
A última citação é a que se encontra no mapa geográfico da Capitania de São Paulo, organizado por Antônio Ruiz Montesinho, onde há observações realizadas em 1791 e 1792 que indicam a existência da fazenda Casa Branca.
De acordo com Brasílio Machado, Casa Branca foi freguesia de Nossa Senhora das Dores de Casa Branca, em 25 de outubro de 1814, no território de Moji Mirim, sendo elevada à categoria de vila em 25 de fevereiro de 1841 e, de cidade, em 27 de março de 1872.
Foi posto avançado no antigo caminho do oeste porque possuía uma privilegiada situação geográfica, principalmente depois da chegada dos trilhos da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, com ligações para Minas Gerais e Goiás.
Tornou-se importante centro rodoferroviário, pois foi ponto terminal da ferrovia até 1880, quando perdeu o posto para o município de Ribeirão Preto.