domingo, 22 de fevereiro de 2015

ANTONIO TEREZIANO RODRIGUES

DATA/LOCAL DO FALECIMENTO: 22/02/2015, ÀS 16:30 HS, EM ITAPETININGA.
56 ANOS, 
EMPRESARIO NO RAMO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO, 
DIVORCIADO, 
FILHO DE ANTONIO VIEIRA RODRIGUES E LUIZA VIEIRA RODRIGUES E 
DEIXA OS FILHOS CYBELI E CLAYTON. 
SEPULTAMENTO: 23/02/2015, ÀS 16:00 HS, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.

A FAMÍLIA MULLER, EM AMERICANA

Os primeiros registros sobre a ocupação do território de Americana datam do final do século XVIII e fazem menção a Antônio Machado de Campos, Antonio de Sampaio Ferraz, Francisco de São Paulo e André de Campos Furquim, que se estabeleceram nas terras de Salto Grande, distribuídas ao longo das margens dos rios Atibaia e Jaguari, afluentes do Rio Piracicaba. 
Cultivavam a cultura de cana de açúcar e aguardente.
Em meados do século passado, crescia o plantio de café e em seguida o de algodão, juntamente com as famosas melancias do tipo "Cascavel da Georgia".
A construção da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, iniciativa dos fazendeiros de café da região, facilitava o escoamento desses produtos regionais. 
Nesse período, com o loteamento de terras ao redor da estação, pelo Capitão Ignácio Correa Pacheco, formou-se o 1º Núcleo Urbano.
A Fábrica de Tecidos Carioba é considerada como berço da industrialização de Americana. 
Da antiga fábrica, fundada em 1875, concomitantemente com a inauguração da Estação da Cia Paulista de Estradas de Ferro, da qual distava 3 Km, evoluiu para a atrativa vila industrial a partir dos primeiros anos deste século.
Local de características ímpares por sua privilegiada situação geográfica, um recanto de rara beleza natural chegou ao apogeu de seu desenvolvimento têxtil, arquitetônico e paisagístico sob a administração da família Müller.


Estes proprietários, de origem alemã, transplantaram para a localidade toda a concepção de urbanização baseada no estilo europeu que se materializou nas edificações das fábricas, residências patronais, hotel, escola, cooperativa e moradias dos operários.
Carioba ao lado da importante atividade têxtil que atraía a mão de obra dos imigrantes estabelecidos na região, oferecia também inúmeras possibilidades de educação e lazer em meio a uma intensa participação cultural. Tornou-se um cartão de visitas para numerosos visitantes tanto do Brasil como do Exterior.
Por várias décadas foi o centro da atividade têxtil que depois se irradiou para a Vila Americana, principalmente a partir de 1940.
Criado por Lei de 12 de Novembro de 1924, o Município de "Vila Americana" foi solene e oficialmente instalado em 15 de janeiro de 1925.
O aniversário de Americana é comemorado em 27 de Agosto.
Fonte: PM de Americana.
Foto: site O Espírito do Lugar.

PASSAMENTOS I I :

CARLOS EDUARDO LEME DE OLIVEIRA
DATA/LOCAL DO FALECIMENTO: 22/02/2015, ÀS 04:00 HS, EM ITAPETININGA. 
25 ANOS, 
PADEIRO, 
UNIÃO ESTÁVEL COM PATRICIA DE PONTES PAIVA, 
FILHO DE CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA E SANDRA APARECIDA LEME DE OLIVEIRA, D
EIXA OS FILHOS: CAMILLY, GUSTAVO E ELOISE.
SEPULTAMENTO: 23/02/2015, ÀS 09:00 HS, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.

ANGELINA DOS SANTOS NUNES
DATA/LOCAL DO FALECIMENTO: 22/02/2015, ÀS 01:30 HS, EM ITAPETININGA. 
91 ANOS, 
PENSIONISTA, 
VIÚVA DE JOSÉ MARIA NUNES, 
FILHA DE JOSÉ DOS SANTOS E ESMERALDA MARIA DOS SANTOS, 
DEIXA A FILHA MARIA APARECIDA. 
VELÓRIO: NO LAR SÃO VICENTE DE PAULO. 
SEPULTAMENTO: 23/02/2015, ÀS 08:30 HS, NO 
CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA, EM ITAPETININGA.

MARIA APARECIDA MACHADO
DATA/LOCAL DO FALECIMENTO: 22/02/2015, ÁS 10:00 HS, EM ITAPETININGA. 
71 ANOS, 
DIVORCIADA, F
ILHA DE EUGÊNIO MACHADO E MARIA JOSÉ DA SILVA, 
DEIXA AS FILHAS LEILA SÍLVIA E JANAÍNA PRISCILA.
SEPULTAMENTO: 23/02/2015, ÀS 12:00 HS, NO 
CEMITÉRIO JARDIM COLINA DA PAZ, EM ITAPETININGA.

NELSON ABDELNUR
DATA/LOCAL DO FALECIMENTO: 22/02/2015, ÀS 03:00 HS, EM SOROCABA. 
90 ANOS, V
IÚVO DE ADALGISA GALHEGO ABDELNUR, 
FILHO DE ABÍLIO JORGE ABDELNUR E JULIA EDAES, 
DEIXA O FILHO REINALDO. 
SEPULTAMENTO: 22/02/2015, ÀS 17:00 HS, NO 
CEMITÉRIO MUNICIPAL, EM ANGATUBA.

A ESCRITORA MARIA DE LOURDES TEIXEIRA, PRIMEIRA MULHER ELEITA NA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, TAMBÉM ERA DE SÃO PEDRO.

Outra figura são-pedrense de destaque é a escritora Maria de Lourdes Teixeira, a primeira mulher a ser eleita para a Academia Paulista de Letras.
Nascida em São Pedro (SP), a 25 de março de 1907, era filha de Avelino de Sousa Teixeira e D. Querubina Stela de Rezende Teixeira e faleceu no ano de 1989. 
Foi aluna interna do Colégio 
Sagrado Coração de Jesus, em Campinas, cidade onde iniciou o curso Normal, terminado em São Paulo. 
Ainda estudante já iniciava sua carreira literária, colaborando em jornais do interior e na revista modernista Papel e Tinta, dirigida por Menotti Del Picchia e Oswald de Andrade. Casando-se muito cedo, por imposição do marido, deixou de divulgar seus trabalhos. 
Essa vocação abafada e que se manifestara tão precocemente, foi mais forte do que as injunções familiares. 
A futura romancista desquitou-se e, a partir de 1944, passou a dedicar-se à sua vocação. 
Desde então, além de livros, publicou incontáveis trabalhos na imprensa de todo o Brasil, particularmente em O Estado de S. Paulo e na Folha de S. Paulo, de cuja redação participou por quase uma década no cargo de diretora do suplemento literário e das seções de arte. 
Durante sete anos fez crítica de livros brasileiros para a revista Américas, órgão da Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos, editada em inglês, português e castelhano. Quando, na década de 50, Jorge Amado e Oscar Niemeyer fundaram o jornal cultural Para Todos, foi convidada para dirigir a redação paulista. 
Em 1969, ingressou na Academia Paulista de Letras, fato que teve grande repercussão, visto ser a primeira mulher a ser eleita para a Academia. 
Romancista, contista, ensaísta, tradutora e conferencista, foi consagrada por numerosas distinções: Prêmio da Academia Brasileira de Letras, Prêmio da APL, Prêmio do Pen Clube, Prêmio da Câmara Brasileira do Livro, Prêmio da Prefeitura Municipal de São Paulo, medalha Infante Dom Henrique, medalha Dona Leopoldina, Colar de Dom Pedro I, medalha Mário de Andrade do Governo do Estado, medalha do Pen Clube.
BIBLIOGRAFIA: 
Alfeu e Aretusa, ensaio, 1950; O Banco de Três Lugares, romance, 1951, prêmio da ABL; Graça Aranha, biografia, 1952; Raiz Amarga, 1960, prêmios da APL, Pen Clube de São Paulo e Câmara Brasileira do Livro; Rua Augusta, romance, 1962; O Criador de Centauros, contos, 1964; A Virgem Noturna, romance, 1965; Esfinges de Papel, ensaios, 1966; O Pássaro Tempo, ensaios, 1968; O Pátio das Donzelas, romance, 1969; Gregório de Matos, biografia e estudo, 1972; Gregório de Matos, estudo e antologia, 1976; A Ilha da Salamandra, romance, 1976; Todas as horas de um homem, contos, 1979. Traduções: O Pensamento Vivo de Descartes, Paul Valéry; Um Certo Sorriso, Françoise Sagan; Chéri, Colette ; O Fim de Chéri, Colette ; Os Mandarins, Simone de Beauvoir.
site da Academia Paulista de Letras.

OBS: Não encontramos nenhuma foto dessa escritora.

POEMA DE GUSTAVO TEIXEIRA








"Cleópatra"

Sob o pálio de um céu broslado de cambiantes, 
a galera real, de tírias velas tesas,
avança rio adentro, arfando de riquezas, 
cheia de um resplendor de pedras coruscantes. 

Sob um dossel de biso, entre espirais ebriantes 
de um incenso, a escultural princesa das princesas 
cisma... Remos de prata, à flor das correntezas 
deixam móbeis jardins de bolhas trepidantes. 

Soluçam harpas de oiro às mãos de ancilas belas. 
Branda aragem enfuna a púrpura das velas 
e à tona da água alveja um espumoso friso. 

E a náiade do Egito, ao ver a frota ingente 
de Marco Antônio, ri, levando, unicamente, 
contra as lanças de Roma a graça de um sorriso. 

SÃO PEDRO, TERRA DO POETA GUSTAVO TEIXEIRA


Nasci em São Pedro, no sítio São F
rancisco, perto da serra, em 4 de março de março 
de 1881, sendo meus pais Francisco de Paula e 
Silva e Miquelina Teixeira de Escobar e Silva. 
meu nome todo é Gustavo de Paula Teixeira. 
Estudei as primeiras letras em casa, com minha 
mãe. E comecei a ler versos. 
Em 1901 (janeiro), 
fui para São Paulo onde continuei os estudos com 
o meu irmão Francisco de Paula Teixeira, espírito c
ultíssimo, que além de meu professor, foi o meu 
guia espiritual, iniciando-me na carreira das letras. 
Trabalhei, em 1905, na "Folha Nova", de Garcia 
Redondo. Colaborei, naquele tempo, nos 
principais jornais e revistas de São Paulo. 
Em fins 
de 1905, tendo desaparecido a "Folha Nova", 
voltei para São Pedro, onde fui nomeado 
secretário da Câmara, cargo que ocupo até esta 
data. 
Em 1908, publiquei o Ementário, livro 
de versos, prefaciado por Vicente de Carvalho. 
Em 1925, publiquei os Poemas Líricos. 
Tenho para publicar: O Sonho de 
Marina, poemeto; A Canção da Primavera, 
poemeto; Último Evangelho, poema sobre a 
vida de Jesus (em preparo), e um grosso volume 
de poesias avulsas, ainda sem título. 
São esses os traços principais de minha 
vida. 
São Pedro, 6-10-31. 
(a.) Gustavo Teixeira. 

in  "Gustavo Teixeira: O Poeta que a Cidade Engoliu", trabalho de conclusão de curso feito por
Samanta Rosa Maia e apresentado como 
requisito para a 
obtenção do Grau de Bacharelado em 
Letras-Português, sendo orientado pelo professor
Dr. Alckmar Luiz dos S
antos, em Florianópolis, 2013.
No mês de setembro, na cidade de São Pedro, há uma semana de eventos em homenagem a ele que, lá nascido em 1881, faleceu no ano de 1937, poucos meses depois de ter sido eleito para a Academia Paulista de Letras. 

SÃO PEDRO, ABENÇOADA POR SÃO SEBASTIÃO E SÃO PEDRO, ANIVERSARIA HOJE




São Pedro: pequena cidade localizada no centro do Estado de São Paulo. Repousa nas encostas da Serra do Itaqueri. 
Ao avistá-la de longe, lembra um presépio napolitano, com seu casario entre árvores, plantações, pastagens e duas torres antigas, encimadas por uma cruz, que assinalam a fé avoenga trazida pelos povoadores em meados do século XIX. Na metade daquele século, muitos ituanos saíram da cidade natal em busca de terras de boa qualidade, com fartura de água. Pretendiam formar fazendas e cultivar a cana-de-açúcar e o café em grande escala.
O vale do médio Tietê tinha a preferência desses desbravadores saídos de Itu. 
Três irmãos da família Teixeira de Barros – Joaquim, José e Luiz – adquiriram a Sesmaria do Pinheiros, onde hoje se situa São Pedro. Trouxeram os familiares, os escravos, os empregados e demais agregados.
Por aqui passava o Picadão. Assim era chamada uma trilha aberta na mata virgem em 1725, que vinha de São Paulo, rumo às minas de Cuiabá. A trilha atravessava a selva, onde viviam diversas tribos indígenas. 
Nestas paragens, predominavam os ferozes paiaguás, que costumavam atacar e até dizimar caravanas dos que viajavam tanto por terra como pelos rios. 
Em razão dos perigos existentes – ataques de silvícolas e de animais ferozes – o governo da Província determinou que se providenciassem pousos pela trilha do Picadão, em distâncias que permitissem o pernoite e o descanso dos viajantes. 
Nos pousos, havia mantimentos, animais de carga disponíveis e água para toda a tropa. Havia muita conversa à noite, enquanto se alimentavam. Trocavam informações e aguardavam o início da madrugada para a partida. 
No local onde se situa o centro histórico de São Pedro, ficava um pouso. Era conhecido como o Pouso do Picadão. Posicionava-se numa colina entre dois ribeirões: o Pinheiro e o Samambaia, o que facilitava a vida dos viajantes. O tropeiro Floriano da Costa Pereira, o Florianão, cuidava desse pouso.
Quando adquiriram a Sesmaria do Pinheiro, os três irmãos Teixeira de Barros assumiram, como era de praxe, a obrigação de formar um povoado. Joaquim, o mais velho deles, considerado o Povoador, procurou erigir logo uma capelinha. 
Era a condição necessária para a existência da povoação. E deveria ter, é claro, a autorização da Igreja Católica, ligada juridicamente ao Império. 
Autorização concedida, o povoado ganhou o nome de Capela, o primeiro degrau na evolução administrativa. Assim nasceu nossa cidade. Seu primeiro nome: Capela do Picadão.

Texto de Maria do Carmo Mendes de Andrade e Souza. São Pedro, 11 de setembro de 2006.
Do site da PM local.