O nascimento de Cajamar está ligado à implantação da fábrica de cimento Companhia Brasileira de Cimento Portland, de origem canadense, na década de 1920, em Perus. Esse material, conhecido das civilizações antigas, recebeu o nome atual, “cimento Portland”, no século XIX, graças à semelhança com as rochas da ilha britânica de Portland.
A fábrica foi instalada em Perus, ao lado da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, porque a região era rica em matéria-prima, o minério das pedreiras de Água Fria.
Na década de 1930, os trabalhadores da fábrica e das minas já estavam residindo no distrito da Água Fria, que ainda pertencia a Santana de Parnaíba. Na década de 1940, uma lei federal exigiu a mudança do nome de Água Fria, porque já existia um outro distrito com esse mesmo nome na cidade de São Paulo; foi, então, que o distrito passou a chamar-se Cajamar.
Assim, foi à exploração do minério em Cajamar que deu origem aos primeiros núcleos habitacionais, as vilas residenciais dos operários.
A primeira vila foi construída ao lado da pedreira dos Pires, já demolida; depois, foi construída a Vila do Acampamento e por último a Vila Nova.
Entrementes, o controle de preços do cimento por parte do governo federal, forçou a campanha, de capital estrangeiro, a vender a empresa em 1951. Interessaram-se pela compra o Grupo Francisco Matarazzo, o Grupo Votorantin, e José João Abdalla, então secretário do Trabalho do governo Ademar de Barros. A família J.J. Abdalla se tornou proprietária da fábrica.
É interessante destacar que os operários da Portland operavam a estrada de Ferro, numa extensão de 20 km, de Cajamar a Perus. Além disso, essa estrada foi, durante muitos anos, o único meio de transporte utilizado pelos operários para se comunicarem com São Paulo.
A Estrada de ferro é conhecida pelo nome "Estrada de Ferro Perus-Pirapora porque a intenção era transportar romeiros até a cidade de Pirapora do Bom Jesus, mas a implantação dos trilhos até lá nunca chegou a ser concluída. Os trilhos vinham de Perus à Cajamar apenas. Devido a isso a estrada tinha uma única utilidade: transportar minério.
Com o desenvolvimento da cidade de São Paulo, o bairro de Perus, que cresceu ao lado da fábrica, começou a ter sérios problemas de poluição; era muito grande a quantidade de pó expelido pelas chaminés da fábrica, em virtude dos equipamentos obsoletos.
Em 1974, a companhia foi incorporada ao patrimônio nacional, e na década de 1980 foi adquirida por um consórcio de empresas. Todavia, nessa mesma década, encerrou as atividades; movimentos populares e o Ministério Público exigiam o fim da poluição provocada pela fábrica.
Curiosidades
Por vários anos as locomotivas e vagões utilizados na estrada de ferro atrairam milhares de curiosos e historiadores do mundo todo devido ao fato dos trilhos terem a bitola de 60cm de largura, fato esse considerado raro até nos dias de hoje.
Durante muitos anos as pessoas chamavam o distro do Polvilho de "Doze". Isso deve-se ao fato daquela localidade estar no KM 12 da ferrovia. Não existia outro meio de transporte, então, além do trem puxar vagões de minério, o último vagão era sempre destinado a passageiros da região.
Cândido Rodrigues – “Enamorada da Colina”
Fundada em 1906, sendo o Presidente da República, Afonso Augusto Moreira Pena.
Chama-se “Campin”, para os imigrantes italianos, em 8 de setembro de 1908, moradores do então Albuquerque Lins, recebem o primeiro trem da Estrada de Ferro Araraquarense.
A nascente povoação não ficaria no entanto com o nome de Albuquerque Lins, em 20 de novembro de 1908, recebem o nome de Cândido Rodrigues, em 13/06/1915, fundava-se a primeira Capela, sendo o padroeiro “Santo Antônio”, em 1916, chegava a iluminação pública e a primeira Escola, até hoje denominada “Rizzieri Polletti”, em 1917, instalava-se o Cartório da Paz, a 10 de outubro de 1919, passou a categoria de Distrito de Taquaritinga.
Pela Lei 5.285 de 18 de fevereiro de 1959, foi promulgada a sua Emancipação Político-Administrativa.
Em 1º de Janeiro de 1960, foi empossada a primeira Câmara Municipal.
Cândido Rodrigues, com suas produções diversificadas: Laranja, Tomate, Mamão, Amendoim, Feijão, Arroz e etc....
Cândido Rodrigues, sendo o maior Centro Comercial de Limão e Manga.
Dista da Capital do Estado por Ferrovia 405 Kms, e por Rodovia Asfaltada 350 Km. – CEP 15930-000
Fonte: Prefeitura dos municípios.