
Em 1782, o fidalgo português Inácio Xavier Luiz, natural da Ilha do Faial, Arquipélago dos Açores, instalou-se com numerosa família à margem esquerda do Rio Apiaí-Guaçu, tendo o mesmo recebido do Reino Carta de Sesmaria das terras adjacentes.
Joaquim Bolina de Barros, descendente do sesmeiro, doou em 1885, uma área para a construção da primeira capela, cujo orago foi São Rafael.
Ainda por volta de 1885 foi construída a primeira Igreja de São Roque, atual Santo Padroeiro, sendo seus construtores José Antônio de Barros e Deodoro Pires.
Em 18/11/1895, o local recebeu o nome de Porto do Apiaí.
Em 18/11/1895, o local recebeu o nome de Porto do Apiaí.
Na época da Proclamação da República (15/11/1889), o povoado então denominado Porto do Apiaí era ponto de parada obrigatória e pousada de tropeiros que vinham do Rio Grande do Sul demandando as feiras de animais, principalmente muares, em Sorocaba.
No Porto do Apiaí, a travessia do Rio Apiaí-Guaçu era feita a nado ou de canoas, mais tarde por balsa e muito tempo depois foi construída a primeira ponte de madeira.
Na época pela precariedade das estradas, grande parte das toras de madeiras nativas cortadas a montante do povoado eram transportadas por águas a reboque de canoas, justificando assim a instalação da serraria logo nas barrancas do rio.
O nome Buri só veio em 20/11/1907 (Lei estadual 1101/07) com a criação do distrito de Buri ainda pertencente ao município de Faxina (atual Itapeva).
Elevado à categoria de município com a denominação de BURI, por Lei Estadual número 1805, de 01 de dezembro de 1921, foi desmembrado de Faxina.
Sua instalação verificou-se em 25 de janeiro de 1922.
Com a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana, inaugurada a estação de Buri em 04/05/1908, o vilarejo ganhou notoriedade, pois grande parte das mercadorias destinadas para a região, eram ali descidas ou embarcadas, principalmente aquelas comercializados com a cidade de Capão Bonito, as quais eram transportadas em carroças de burros.
A região Sudoeste Paulista, no eixo Itapetininga-Buri-Faxina-Itararé, não atraiu a Marcha do Café, por causa de seu clima subtropical com ocorrências de fortes geadas e terras ácidas de cerrado, portanto posto a margem do desenvolvimento do restante do Estado de São Paulo.
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, na localidade de Vitorino Carmilo, antiga estação da Estrada de Ferro Sorocabana distante a 6 km da cidade de Buri, ocorreu em 15 e 16 de agosto, o que alguns chamam de "a maior batalha da América do Sul", a Segunda Batalha de Buri, onde estavam, de um lado, 6 mil soldados federais de diversos Estados, e, de outro, 1.030 soldados constitucionalistas. No segundo dia, a linha paulista foi rompida e a estação caiu definitivamente em poder dos federais.
Nos primórdios da colonização das terras burienses, somente a agricultura de subsistência era praticada.
Nos primórdios da colonização das terras burienses, somente a agricultura de subsistência era praticada.
Com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Sorocabana, e mais tarde nos anos 30 com a abertura dos ramais lenheiros houve intenso desmatamento para a retirada de grande quantidade de madeira (lenha) para o abastecimento das locomotivas a vapor.
Nas áreas desmatadas foram introduzidas as primeiras lavouras comerciais, 1910 a 1950, destacando o cultivo de algodão, principalmente nas terras de culturas, ou seja , terras com topografia acidentadas onde após a retirada da melhor madeira, eram realizadas as queimadas e introduzidas as lavouras “plantadas no toco” ou lavouras de coivaras.

Tais máquinas algodoeiras pertenciam aos negociantes Antonio Figueiredo e Olímpio Nogueira, e realizavam a retirada da fibra, separando as sementes e impurezas, dando homogeneidade à pluma que era comercializada com as indústrias de tecelagens localizadas na cidade de Sorocaba.
Foi grande a contribuição na agricultura dada pelos imigrantes refugiados europeus, chegados em Buri logo após o período da Primeira Guerra Mundial. Estes trouxeram os primeiros arados e ferramentas agrícolas já utilizados, na época, na Europa.
Com o passar do tempo, essas terras foram degradadas devido a topografia acidentada, intenso uso e solos propensos a erosão, a fertilidade foi reduzida impossibilitando seu cultivo.
Com o incentivo governamental ao reflorestamento nos anos de 1960, o território buriense foi “invadido” pelo plantio de pínus e eucaliptos.
Com o incentivo governamental ao reflorestamento nos anos de 1960, o território buriense foi “invadido” pelo plantio de pínus e eucaliptos.
Por volta de 1970, foram iniciados os cultivos de milho e feijão em grande escala comercial, utilizando a calagem nas terras de cerrado, dando adeus aos “arados de burro” e a “tração animal”.
Nos anos de 1990, a cultura do trigo foi introduzida em grandes áreas no município.
Por volta do ano 2000, a cultura da soja chegou em grande escala, juntamente com máquinas e técnicas modernas.
Fonte: PM local.
Fonte: PM local.
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