

Denominações anteriores: Sertão do Capim Mimoso, Arraial Bonito do Capim Mimoso, Freguezia da Franca do Rio Pardo, Villa -Franca do Rio Pardo, Villa -Franca d’El-Rei, Vila Franca do Imperador.
Data de fundação: Ano de 1804.
A princípio o caminho entre os sertões do Brasil Central e o litoral era o vale do São Francisco. Por ali os goianos transportavam seus rebanhos. Desavenças entre paulistas e emboabas, no início do século XVIII, forçaram a alteração da rota seguida pelos bandeirantes, daí advindo a abertura da Estrada do Sal, que, desviando para o Sul o comércio do gado, deslocou para São Paulo o eixo de influências daquela região.
Franca, que primeiro se chamou Arraial Bonito do Capim Mimoso, deve a sua origem a esses fatos.

Devido a sua posição geográfica foi, como o correr do tempo, ganhando importância comercial. O sul paulista, essencialmente agrícola e o sertão central, criador de gado, tinham um ponto de contato em Franca que não tardou em transformar-se em entreposto, fornecendo sal – o chamado sal de franca – para toda a região central.
O burgo crescia e em 1809 já contava com mais de 1 200 habitantes. Apareceu, então o desejo de emancipação e em 21 de outubro de 1821 foi determinada sua elevação à vila, denominando-se Vila Franca D’El Rei. Porém, as lutas por emancipação nacional puseram em segundo plano a instalação da vila e somente 3 anos depois, o Presidente da Província de São Paulo, Lucas Antônio Moreira de Barros, lavrou portaria, de 14 de outubro, ordenando ao Ouvidor -Geral da Comarca de Itu que instalasse a vila que seria denominada Vila -Franca do Imperador, cuja instalação se deu a 28 de novembro de 1824.
Em 1839 é criada a comarca de Franca e em 1856 a vila passa à categoria de cidade.

O desbravamento do sertão paulista e a abertura do rio Paraguai, depois de 1870, ao comércio das províncias brasileiras, motivado pela guerra do Paraguai, mudaram o curso do transporte do sal, para uma via mais econômica, provocando a decadência dessa fase comercial do município. A inauguração da estação da Mogiana em Franca, ainda na segunda metade do século XIX (1887), inicia novo ciclo de seu desenvolvimento. Como todo interior, até a chegada da estrada de ferro, possuía uma indústria rudimentar caseira, suficiente para suas próprias necessidades. Com a inauguração dos trilhos passa a concentrar novamente o comércio entre São Paulo e Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. É a época do apogeu da cultura cafeeira, causa da expansão ferroviária. Ainda no decurso dos primeiros anos dos século XX continuaria a expansão das estradas de ferro, servindo às regiões mais antigas do Estado. Por toda a zona a que pertence Franca, o estacionamento da rede ferroviária e do volume da produção cafeeira coincidem, mantendo-se mais ou menos constantes depois de 1920.
Intensificando o preparo de cafés finos, o Município fez face à crise, suportando mesmo a concorrência de regiões mais novas. A policultura foi então introduzida e com ela o algodão, o tungue, a batata. Por seu turno, a criação progrediu consideravelmente, tornando-se conhecida a região como produtora de zebu, o que motivou mesmo a transformação de alguns cafezais em pastagens. Desta forma, Franca evoluiu de entreposto comercial para a monocultura do café, tendendo depois para a associação da policultura à indústria. Atualmente, é de destacar-se, além da pecuária e de sua produção de café, a indústria de couros (principalmente calçados).
Fonte: Dr. Pintassilgo
Nenhum comentário:
Postar um comentário