sábado, 5 de outubro de 2013

ONDE FICA A CIDADE DE LAGOINHA?





O município de Lagoinha, no Vale do Paraíba, tem sua origem ligada ao tropeirismo, principalmente por aquelas 

tropas que subiam a Serra do Mar, pela cidade de Parati, até atingirem a Freguesia do Facão, hoje Cunha, e que seguiam depois para 
São Luiz do Paraitinga, Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Lorena, Embaú, chegando, enfim, às Minas Gerais.

No ano de 1.878, foi criado na freguesia de Lagoinha um distrito de instrução pública e nessa mesma época nomeado inspetor do distrito o padre João Paulo 
Roberto.

É este padre que explica direitinho a história da cidade:

- “Sendo criado este município em tempos que o mantimento comercial se fazia por meio das tropas, tendo como centros de importação e exportação as cidades de Ubatuba e Paraty, o lugar tendia a algum crescimento, porém, levado a término a estrada de ferro central, ficou como que desmembrada toda essa zona em completo abandono; ficam vegetando decadentes cidades, outrora tão florescentes, como Ubatuba, Cunha, São Luiz e até Paraybuna” (Tombo da Paróquia de Lagoinha. 1904, p.08).
No ano de 1.910 consta que o estafeta que fazia o percurso entre Lagoinha e São Luís do Paraitinga chamava-se João Tobias Veríssimo, e no mês de abril do mesmo ano foi substituído, a pedido, pelo senhor Benedito Batista dos Santos.
Na edição de 12 de outubro de 1.916, no Estadão, Lagoinha aparece numa nota afirmando que na noite anterior havia seguido para Taubaté o médico legista dr. José Líbero e que dali partiria para Lagoinha a fim de exumar o cadáver de um adulto; a diligência foi requisitada devido a uma denúncia apresentada à polícia local. 
No início dos anos 70, o município tinha menos de 2 mil habitantes. Não possuía rede de água e nem de esgoto.
Hoje, a cidade ficou conhecida como a terra onde as pessoas, desde o prefeito e até o padre, comem içá.
Todo ano, de 15 de outubro a 15 de novembro, não existe nada que suplante o interesse dos moradores do que a caçada a essas formigas.
Já faz parte da tradição.
O maior farejador de içá na cidade é o José Maria dos Santos.

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