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Santuário de Nossa Senhora do Desterro, em Casa Branca, teve origem numa pequena capela construída por João Gonçalves dos Santos, em 1852, e reconstruída por diversas vezes.
“Final do ano de l869.
Na penumbra do cerrado existente na colina, no silêncio, o vulto de um homem, aparentando seus cinquenta anos, quedo em oração, busca consolo para a angústia de sua alma.
Esse homem – Coronel João Gonçalves dos Santos – atribulado pelas provações, lembra-se que só em Deus encontraria paz e resignação para os seus sofrimentos.
Como homem de fé, ele tem em seu pensamento o mistério da fuga da Sagrada Família para o Egito. Imagina, com os olhos da fé, as angústias da aflita Mãe e seu doloroso exílio.
Inspirado na piedade e na confiança de Maria, exclama: - “Queridíssima e aflita Mãe! É do vosso agrado que eu levante aqui, neste ermo, uma Capela em sua honra? Livrai-me, pois, dos grandes males que me afligem”…
O Coronel é atendido em sua súplica, obtendo a graça. Reconfortado, inundado de paz e alegria, cumpre, imediatamente, a sua promessa.
E assim, a pequena capela, simples e modesta, sob a invocação de Nossa Senhora do Desterro é erguida, como testemunho de sua devoção, de gratidão e de amor à Mãe de Deus.”
Ele cumpriu a promessa feita, erigindo uma humilde capelinha no lugar denominado Alto da Boa Vista, local inserido na antiga Fazenda Casa Branca.
O Coronel João Gonçalves faleceu em 17 de setembro de 1926 e foi sepultado na capela.
Conta a história, e principalmente os descendentes do Coronel, que a imagem que repousa no altar da Capela veio de Portugal.
Dia a dia aumentavam as pessoas que procuravam a Virgem Santa, para um pedido ou para uma oração.
Diante disso, em 27 de abril de 1890, o Cônego Miguel Martins da Silva, vigário da paróquia, celebrou ali a primeira missa. Mas o fluxo popular continuava a crescer com o correr do tempo e a capelinha tornara-se pequena, e ainda mais, quase em ruínas, ameaçando desabar.
Sob a orientação do Cônego Oscar Sampaio Peixoto – pároco de Casa Branca – no ano de 1931, ela foi reformada e ampliada. Ainda assim não foi suficiente.
Em 1936, quando a paróquia passou para as mãos dos Padres Estigmatinos, o Padre Luís Maria Fernandes resolveu demolir a antiga igreja e construir uma outra, bem maior e que poderia atender ao grande movimento de romeiros e fiéis, sofrendo algumas alterações, principalmente na fachada.
E até hoje, ela está servindo a todos, propagando a devoção à querida Mãe – Senhora do Desterro.
Procissão para Capela do Desterro, onde depois da missa começava a Festa do Desterro.
O Santuário, dedicado a Nossa Senhora do Desterro, construção de 1936, tornou-se um verdadeiro oásis espiritual, recebendo peregrinos de diversos pontos do Estado, principalmente no mês de Agosto, quando, há mais de 80 anos, ocorre a tradicional Festa do Desterro.
É um dos maiores orgulhos de Casa Branca.
Possui amplo centro pastoral, salões para festas e confraternizações, livraria católica e sala de milagres, destinadas às mais diversas atividades, formam um conjunto harmonioso que enobrece o Bairro do Desterro, onde está localizado.
Fonte: Velhos Tempos Belos Dias.
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