sexta-feira, 29 de maio de 2020

CONHECE O MUNICÍPIO DE OSCAR BRESSANE?


 
 
 
 
HISTÓRICO
A ORIGEM
 
Há registros de que a povoação humana nestas terras se iniciou ainda muito antes da colonização branca que previamente conhecíamos. Evidências históricas e arqueológicas recentes comprovam a existência de antigas povoações indígenas, que ocuparam a bacia do Ribeirão da Panela até as margens do Rio do Peixe. Esses indígenas, da etnia Caingangue ou Caa-Caing, designativo Xavante, com significado de gente do mato, habitavam as matas às beiras dos rios, em toda a região do médio Paranapanema e do Rio Pardo. Eram ainda conhecidos por coroados, em virtude do corte de cabelo que utilizavam. Um enorme percentual desses grupos foi exterminado pelas primeiras incursões de colonizadores que partiram de Campos Novos, a chamada “Boca do Sertão”.
Em 1905, ocorre a primeira exploração do vale pela Comissão Geográfica e Geológica do Estado, a qual fez o seu levantamento da qualidade das terras de possiveis moradores, desde a foz do Rio Alegre até o Rio Paraná. Dando prosseguimento a este trabalho, a Comissão abriu uma grande picada nas proximidades do Ribeirão Bonfim rumo noroeste para o espigão. Na região percorrida encontram somente índios Coroados, cujos aldeamentos eram nas imediações da cabeceira do Ribeirão do Pombo, (Marilia). Os exploradores enfrentaram por varias vezes os índios. A Comissão era composta dos engenheiros: Olavo Humel, Mário Ayrosa, Julio B. de Lima e Guilherme Wendel.
No rio do Peixe foi a região em que mais embates se travaram. Os nativos depois de espoliados da posse do coronel José Theodoro de Souza, e de grande parte de João da Silva, que pouco a pouco os emigrantes estavam povoando, concentram-se na posse de Paula Morais e no Rio Feio. Deste local saiam em excursões aparecendo com frequência no lugar denominado Tiguera, cabeceira do Ribeirão Taquaral um dos formadores do Rio Pary. Apareciam igualmente nas Três Barras ou Alegre em São Mateus na Jaguaretê - no patrimônio do Laranjal Doce, cujos habitantes tiveram que fugir e não mais voltar ao povoado que por isso não vingou: dele restam apenas alguns esteios e o sino da capelinha hoje colocado na igreja da Conceição de Monte Alegre.
Á medida que a ambição pela posse das terras aumentava no sertanejo, cresciam-lhe também desejos de empurrar para muito longe os indígenas aqui existentes. E dia nasceu em que a crua guerra que estes sofreram, sobretudo as que se desenrolaram na bacia do Rio do Peixe.
O grande chefe lendário nessas façanhas foi o Coronel Francisco Sanches Figueiredo, fundador de Platina. Tanto fez e tantas feitas que se tornou lendária a fama dele em exterminar os indígenas. Conta-se que o bugre o conhecia e detestava-o de modo especial. Por ironia do destino o Coronel foi assassinado na terra que fundou.

INÍCIO DA COLONIZAÇÃO
A área do município de Oscar Bressane, demarcada pelo agrimensor e coronel Marciano José Ferreira, foi parte integrante da grande Fazenda Fortuna dos Figueiredos. Essa propriedade ia das proximidades do Rio Pari, depois margeava o cume da Serra do Mirante do Paranapanema, grande espigão divisor de águas das bacias dos rios Peixe e Paranapanema, até as barrancas do próprio Rio do Peixe, e fora adquirida pelo temido Coronel Francisco Sanches de Figueiredo, do gigantesco espólio do sertanista José Theodoro de Souza, falecido em 1875. Tanto José Theodoro quanto Francisco de Figueiredo, ambos mineiros, foram, dentre outros feitos, exterminadores de comunidades indígenas e fundadores de inúmeras cidades em toda região, dentre elas São José dos Campos Novos do Rio Novo, Conceição do Monte Alegre, Saltinho do Paranapanema (hoje Platina), Santa Cruz do Rio Pardo e Paraguaçu Paulista.
Após à morte do Coronel Figueiredo, assassinado em 1912, a extensa Fazenda Fortuna é dividida em inúmeros lotes.

FUNDAÇÃO DO POVOADO
Por volta de 1920, chegaram na região, banhada pelos córregos da Cotia e da Bananeira, afluente do Ribeirão da Panela, da bacia do Rio do Peixe, os primeiros desbravadores, que adquiriram alguns desses lotes, onde hoje se localiza este município: Luiz Pereira Barreto Filho, Galdino Martins, Cândido Luiz da Silva, Marciliano Pires de Moraes, José Botelho, Cândido José Alfredo, Basílio Antônio Rodrigues e Basílio Martins. Esses homens, juntamente com às primeiras famílias de origem européia que aqui se instalaram, acabaram de expulsar os pequenos grupos de indígenas, ainda remanescentes, e aqui instalaram suas propriedades. Atraídos pelas noticias da fertilidade do solo, Jaime e André Sanches e Salvador Zurano adquiriram da Santa Casa de Jaú, terras entre os córregos da Cotia e da Bananeira e iniciaram a formação do povoado com o nome de Vila Fortuna.
Após intensa campanha de colonização, promovida por loteadores de terras, dentre eles, o muito conhecido Dr. João Carlos Ferraro, que representava o agrimensor e latifundiário Dr. Luiz Pereira Barreto Filho, várias famílias de imigrantes italianos e espanhóis, então residentes na chamada zona velha do Estado de São Paulo (região da Alta paulista, Noroeste e Mogiana) se dirigiram para estes rincões, sob as promessas de terras férteis e baratas.
O Engenheiro Ferraro, italiano residente em Itápolis, que fora também, por duas vezes, prefeito daquele município, de 01/04/1908 a 14/01/1911 e de 15/01/1915 a 14/01/1916. era sócio da Empresa “Ferraro & Cia. Lavoura, Commércio e Industria”. A referida empresa, sediada em um sobrado de nº 2-B, na Rua do Ouvidor, em São Paulo, objetivava a colonização através da venda de terras do grande sertão do oeste paulista, até então somente povoado por tribos indígenas e escassos posseiros. Para tanto, Ferraro instala uma filial de seu escritório na Rua Vera Cruz, da recém fundada cidade de Assis, que era o aglomerado urbano mais acessível à grande gleba objeto do loteamento.

CRIAÇÃO DO DISTRITO DE TABAJARA
Em 17 de dezembro de 1921, através do Decreto Lei Estadual nº 1823, o povoado é elevado a categoria de Distrito de Paz, com a denominação de TABAJARA, subordinado ao município de Campos Novos do Paranapanema. Em 21 de dezembro de 1921, o município de Campos Novos do Paranapanema passou a denominar-se simplesmente Campos Novos, passando o Distrito de Tabajara a pertencer então a Campos Novos.
Iniciando o povoamento por europeus, registra-se, em 1922, a aquisição dos três primeiros lotes de terras do Bairro Água da Bananeira, por Antônio Borgatto, Paolo Somenzari e Amadeo Zandoná, respectivamente. Esses italianos haviam adquirido seus lotes, de cerca de 20 alqueires cada, de João Carlos Ferraro, que representava Casemiro Nazino e Luiz Pereira Barreto Filho, conforme contrato de transmissão por compra e venda, registrado no Cartório de Notas de Tabatinga, em 29 de setembro de 1922. Antônio já havia prestado serviços a Ferraro, sendo ambos conhecidos há longa data assim, essa primeira aquisição de terras abriu sequencia a inúmeras outras, ocasionando, a partir dos anos seguintes, a vinda de diversas famílias, vinculadas entre si, oriundas de Itápolis e região.
Em 1923, se dá a chegada dos irmãos Alexandre e Virgínio Girotto com seus familiares, vindos de Itápolis, fixando moradia onde hoje se localiza o Bairro da Bananeira, local em que haviam adquirido 50 alqueires de terra cada um. Nesta fase, Alexandre procede a derrubada das matas de cerca de três alqueires para se iniciar um núcleo urbano, ao que, entretanto, não obtém maciço apoio devido à geografia do terreno, pois num futuro próximo o crescimento da vila ficaria comprometido pelos vários morros existentes ao redor. No mesmo ano chegam também familiares de Agostinho Floreste. Em meados de 1924, também atraídos pelas terras férteis da região, aqui chegaram os senhores Jayme e André Sanches Bernal, Salvador Zurano Garcia, José Mansano Garcia, André Espejo Bernal, José Candido de Carvalho, os quais haviam adquirido uma gleba pertencente à Santa Casa de Jaú, no espaço compreendido entre os córregos da Cotia e do Saltinho, local em que hoje se situa a cidade.
A partir de 1925, vieram ao Bairro Água da Bananeira: Valentim, Estevão, Guidone e Giuseppe De Rossi, Emilio Borgatto, Ângelo Spinardi, Antônio Pintor, Paschoal Vicente, Luiz Donegá, Antônio Gazetta, Luiz Molari, Anna Baldin (viúva de David Girotto) e filhos, Tereza Lanza e filhos, Regina Moretti Belotti e filhos, Zelinda Beduschi e filhos, João Dolcin, João Hungaro, Tayette, e daí em diante diversos outros, que se instalaram no Bairro Água da Bananeira
Ângelo, Luiz e Mateus Camillo, assim como as famílias Beluco, Bobato, Corredato, Ferneda, Pavarin, Regatieri, Tonin, Voltani, dentre outras, que se assentam no Bairro do Frutal. Artemisia Bertazzi, viúva de Evaristo Girotto, também se instala juntamente ao genro Vicente Martinhão e aos filhos João Girotto (do Pito) e Antônio Girotto (do Correio), em 1929, no Bairro da Bananeira, todos na mesma saga dos anteriores: desbravar e plantar café. Nesse período ocorre também a vinda das famílias de Ferdinando Bocchi e de Elias Tanus.
Já os bairros Água da Sorte e Água do Cedro recebem considerável fluxo de famílias espanholas, dentre elas: Lapaz, Dias, Marques, Garcia, Barrionuevo, Rodrigues, Álvares, Bragado, Arman, San, Puertas, Martines, Sorrilha, Martin, Cameiro, Hardiano, Bernabé, Bargas, Alarcon.

NASCE A VILA FORTUNA
O núcleo urbano, hoje chamado de Oscar Bressane, teve oficialmente sua origem e fundação no dia 03 de maio de 1928, dia de Santa Cruz, quando, embora ainda não houvesse sequer capela, se ergueu um cruzeiro no largo da atual Igreja Matriz.
Um recorte de jornal da época traz as seguintes informações: “Em 1928, nasceu então Villa Fortuna, sendo seus fundadores os senhores: José Manzano Garcia, José Candido de Carvalho e André Espejo Bernal. Construíram as primeiras casas os senhores: Florêncio Navarro Bernal, José Navarro Bernal, Alonso Velasco, José Manzano Garcia, e simultaneamente iniciaram-se as construções da Capela e da casa de André Espejo Bernal, construções essas, de tijolos.
No dia 3 de maio de 1928, dia de Santa Cruz, ergueu-se o Cruzeiro, e deu-se como fundada – Villa Fortuna. A Villa e suas lavouras, progrediam sempre, e já em 1931 quando o Capitão João Alberto, decretou a Estatística Territorial, o Decreto nº 4.909, de 27 de fevereiro de 1931, decretava que na fazenda Fortuna havia 150 proprietários e mais de 2.000.000 (dois milhões) de cafeeiros.
Por iniciativa do senhor José Manzano Garcia e sua esposa Dona Maria Manzano Bargas, proprietários e fazendeiros na Fazenda Fortuna, deve-se o grande empreendimento na formação desta VILA, que pela sua topografia e salubridade seria no futuro uma pequena cidade. A VILA FORTUNA, está situada num chapadão imenso e de uma altitude onde se descortinam as pequenas e grandes fazendas, umas em começo de formação e outras já em plena produção. A VILA é cortada por uma ótima estrada de automóvel e que liga a cidade de Paraguaçú, tendo uma jardineira para transporte diário de seus habitantes. Em breve terá sua Capela, a sua farmácia, seus armazéns, que darão vida, e aos seus visitantes das redondezas e onde o proprietário desta Vila, querendo dar maior desenvolvimento a esta futura cidade oferece uma data de terra a todas as pessoas que se comprometerem a fazer uma casa na dita data no prazo de 90 dias, a contar do dia da escolha do terreno e do seu compromisso. Villa Fortuna, 1928.”

INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO
De grande importância a pessoa de Jayme Sanchez que inicia atividade de oleiro, produzindo tijolos para as novas construções. Além disso, como também proprietário rural na Fazenda Fortuna, doa parte de suas terras para a construção da vila, e cede uma mina d’água para o abastecimento comunitário.
Duas olarias são tidas, também como pioneiras: a de Amadeo Zandoná, no Bairro Água da Bananeira, e a de Arthur Medeiros, no Bairro Água da Panela.
A vida comercial aflora nessa época com o armazém de Florêncio Navarro, em anexo à sua residência, onde hoje se encontra o Big Bar. A primeira farmácia, de José Antero Roxo, era em construção de barro, ao lado esquerdo da casa paroquial.
Em 1928, André Espejo Bernal, junto à sua esposa, Dona Octávia Golfetti, instala a primeira pensão da cidade. Essa pensão era construída em madeira e também em tijolos. Já em maio de 1938, André Bernal vende o imóvel a Antônio Monteiro da Cruz. Anos mais tarde, esse imóvel é adquirido por Antônio Girotto (do Correio).
Em 1929, Manoel Basílio Martins, Joaquim Justino, Sebastião Lopes Ferreira, Aparecido Theodoro Fernandes, Manoel Bargas e João Maciel da Cruz, registram as aquisições dos primeiros lotes de Villa Fortuna. Em seguida o fazem também, Antônio Alves de Oliveira, Pedro Garcia, Antônio Amaleu, Basílio Antônio Rodrigues e Luiz Donegá. Enquanto isso novas famílias iam se estabelecendo nos bairros rurais que cercam a cidade.
De origem alemã, houve apenas a vinda da família Eckstein Arf, estabelecendo-se na Água da Sorte, e das senhoras Maria Hartmann e Emília Hanck, ambas, porém, casadas com italianos e pioneiros na Água da Bananeira.
Várias famílias cariocas, oriundas da região de Resende, no Rio de Janeiro, também aqui se instalam. Relembramos de José de Pádua Salgado, João Ferreira, Fortunato Tavares (Natin), José Pedro Ferreira (Machado), famílias Batista, Mesquita, Martins, Alberto, dentre outras.
Nesse ínterim, para que a povoação obtivesse maior vigor, era necessária a instalação de um Cartório de Registro Civil, haja visto que todos os assentos eram feitos no cartório de Tabajara, vilarejo mais próximo. Assim, as lideranças de Vila Fortuna mantém contato com João Baptista da Silva, cartorário de Tabajara, e o convidam a se estabelecer em Fortuna. João Baptista, porém, relata que só poderia deixar Tabajara diante de situação especial. Dessa forma, as lideranças combinam com Adolfo Girotto, proprietário do único caminhão de toda a vila, e, durante a noite, roubaram todo o cartório e o trouxeram para Vila Fortuna.

CRIAÇÃO DO DISTRITO DE VILA FORTUNA
Em 13 de novembro de 1933, através do Decreto Lei Estadual nº 6204, o então distrito de Tabajara passou a denominar-se Vila Fortuna, figurando no município de Campos Novos.
Daí em diante, João Baptista da Silva torna-se o conceituado Escrivão de Paz, que muito trabalhou pela comunidade.
Neste mesmo ano, José Ambrósio dos Santos se estabelece no novo distrito, como dentista, e o comerciante Elias Tanus inaugura a Casa Libanesa.
Em 30 de novembro de 1938, através do Decreto Lei Estadual nº 9775, o distrito de Vila Fortuna passou a denominar-se simplesmente FORTUNA e o município de Campos Novos a denominar-se Bela Vista.
Em 30 de novembro de 1944, através do Decreto Lei Estadual nº 14334, o distrito de Fortuna passou a denominar-se AMARILIS e o município de Bela Vista a denominar-se Echaporã. Sob o mesmo Decreto-Lei acima citado, é criado o município de Lutécia, passando o distrito de Amarilis a pertencer ao município de Lutécia.

A COLÔNIA JAPONESA
Além dos imigrantes e descendentes espanhóis que se concentraram principalmente nos bairros da Água da Sorte e do Cedro, dos italianos e seus descendentes que colonizaram os Bairros da Bananeira, Botafogo e Frutal, grande número de japoneses aqui aportaram no ano de 1935, constituindo a Colônia do Bairro da Graminha, onde iniciaram o plantio de suas culturas, implantando métodos de trabalho, dando forte impulso à área econômica do município.
Ressaltamos neste aspecto histórico, as famílias de: Yoshimi, Yanai, Funo, Sato, Suguita, Kido, Tomaru, entre outras.

A CRIAÇÃO DA PARÓQUIA
Em 14 de agosto de 1936, através do Decreto Episcopal, publicado pelo Reverendíssimo Dom Antônio José dos Santos, primeiro Bispo Diocesano de Assis, foi criada a Paróquia de Vila Fortuna, sob a proteção de Nossa Senhora do Carmo e São João Batista.
A casa paroquial foi construída em 1936. O primeiro pároco foi o Padre Muciano Maria Carbini (João Baptista Spessato Cherubin), servindo de 14 de agosto de 1936 a 23 de agosto de 1943.
Destaca-se, também, a intensa campanha liderada por Virgínio Girotto, a fim de angariar fundos para a construção de uma imponente Igreja Matriz, projetada pelo Engenheiro Dr. Mazini, em substituição à já insuficiente Capela de Nossa Senhora do Carmo, erigida em 1928.
Na zona rural a vida religiosa também floresce com a construção da Capela de São Roque, na Cabeceira do Bairro Água da Bananeira (Botafogo), em junho de 1944, por Antônio Gazetta.
Em 12 de janeiro de 1966, já no Bairro Frutal, Antônio Corredato doa parte de seu sítio para construção da Capela de Santa Luzia que, em 15 de julho de 1979, seria transferida para terras de Ângelo Camillo. Também no final da década de 1970, sob a gestão do Padre Osvaldir da Silva, em terras da família Marques, no Bairro Água da Sorte, é erguida a Capela de São João Batista.

ORIGEM DO NOME
Primeiro Nome:
POVOADO DE SÃO JOÃO DO MIRANTE - pertencente a Campos Novos do Paranapanema.
Segundo Nome:
TABAJARA - Através do Decreto-Lei nº 1823 de 17/12/1921.
Terceiro Nome:
VILA FORTUNA - Através do Decreto-Lei nº 6204 de 13/11/1933.
Quarto Nome:
FORTUNA - Através do Decreto-Lei nº 9775 de 30/11/1938.
Quinto Nome:
AMARILIS - Através do Decreto-Lei nº 14334 de 30/11/1944.
Sexto Nome:
OSCAR BRESSANE - Através do Decreto-Lei nº 233 de 24/12/1948.

CRIAÇÃO E EMANCIPAÇÃO DO MUNICÍPIO
Em 24 de dezembro de 1948, através do Decreto Lei Estadual nº 233, o Distrito de Amarilis, foi elevado à categoria de Município, desmembrando se do município de Lutécia, e passando a pertencer à Comarca de Paraguaçu Paulista.
Por força deste mesmo Decreto-Lei, passou a denominar-se OSCAR BRESSANE, após sorteio entre 14 municípios também emancipados, em homenagem ao acadêmico que lutara por essa emancipação e dos demais. Sua instalação ocorreu em 24 de abril de 1949.
O primeiro Prefeito Municipal eleito foi o senhor José Ambrósio dos Santos. Também neste mesmo dia, 24/04/1949, foi oficialmente instalada a primeira Câmara Municipal, constituída pelos seguintes vereadores:
Presidente: José Lários Rodrigues.
Vereadores: Ângelo Girotto, Antônio Mansano, Delmiro João da Silva, Eugenio Doratiotto, Francisco De Rossi, Henrique Bocchi, José Amâncio, Jurandy Britto Marinho, Luiz Camilo, Mário Girotto, Paulo Garcia Filho e Pedro Celestino Filho.


HISTÓRICO DO NOME ATUAL
Segundo consta, OSCAR AUGUSTO DE BARROS BRESSANE ,era um acadêmico que trabalhava para um grupo de Deputados, e era quem viajava até os municípios para recolher documentos necessários à emancipação. Em uma dessas viagens sofreu um acidente e veio a falecer, daí então, se resolveu prestar-lhe uma homenagem e através de um sorteio, este município foi o escolhido, nascendo então, o município de OSCAR BRESSANE, utilizando se o primeiro e último nome deste grande batalhador.
Paralelamente a isto, relatos históricos atestam que os senhores: Manoel Bocchi e João Baptista da Silva, se dirigiram a São Paulo a fim de buscar apoio junto às lideranças e instâncias superiores para emancipar o Distrito de Amarilis elevando-o à categoria de município.
Na Secretaria do Governo, tiveram sua pretensão atendida, mas houve certa exigência: homenagear Oscar Augusto de Barros Bressane, com o nome do futuro município e ainda expor um busto seu em praça pública. Após aceitação do pedido, foi mandado ao senhor Vicente Salgado que providenciasse um pedestal em granito sólido para receber o busto. No dia seguinte, para surpresa do povo do Distrito de Amarilis, chega da capital o busto de Oscar Bressane, e a informação de que aquele seria o novo nome deste agora município.

O CURIOSO CAUSO DA REVOLTA DA ÉGUA
Em de 30 de novembro de 1938, o povoado passou a denominar-se oficialmente VILA FORTUNA, anexado ao município de Bela Vista, hoje Echaporã, pertencente à então Comarca de Campos Novos. Os administradores locais eram os senhores: Manoel Bocchi e Egydio Martins de Oliveira, auxiliado por Vicente Salgado, que assume a função de recebedor das rendas locais, para destiná-las ao município de Bela Vista.
Porém, no início da década de 1940, com o advento da II Guerra Mundial, o senhor Egydio Martins passa a cumprir ordens superiores, e determina o racionamento de mantimentos, em especial o sal e a querosene. Inconformados com isso, e outros desmandos de Egydio, populares se unem e tramam expulsá-lo da vila. Assim, liderados por José Anthero Roxo, João Girotto (do Pito), Vicente Martinhão, Elias Tanus, Agostinho Floreste e Vitório Girotto, ornamentam uma égua magra, com muita flor de “cipó de São João” e aguardam a chegada de Egydio. Entretanto, um tal de Abraão Padeiro, percebe toda a armação e avisa a Egydio. Enquanto este se mantém escondido, Abraão se dirige até a cidade de Assis, e denuncia o fato à Polícia Paulista, chamada “Captura”. Em seguida chegam à Vila Fortuna mais de vinte viaturas. Alguns manifestantes fogem, e outros são presos e levados à capital do Estado sendo, depois de alguns meses, soltos por interferência do Padre Muciano Carbini.
A esse movimento deu-se o nome de “REVOLTA DA ÉGUA”.
 
Fonte:
Texto extraído da Obra - OSCAR BRESSANE DO PASSADO AO NOVO MILÊNIO.
Autor: Ariovaldo Nesso Souto.
Colaboração: Pesquisa/Fotos históricas/Acervo Municipal:
Claudineia Sanchez Girotto - Diretora de Cultura e Turismo.
Apoio: Prefeitura Municipal de Oscar Bressane.
Gentílico: bressanense

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