Situada próxima ao município de Lorena, a Floresta Nacional de Lorena é uma unidade de conservação federal de Mata Atlântica, localizada entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, no estado de São Paulo.
Considerada uma unidade de conservação de uso sustentável pela portaria nº 246, de 18 de julho de 2001, dista aproximadamente 180 km da cidade de São Paulo, abrangendo uma área de 249,31 hectares.
Anteriormente tendo sido doado pela prefeitura de Lorena ao Ministério da Agricultura, o local foi totalmente reflorestado com espécies nativas, como angico, pau-jacaré, ingá, diversos tipos de ipês, pérola vegetal, mirindiba, paineira, pau-viola, jacarandá-da-bahia, pau-brasil, jequitibá, escova-de-macaco, palmito, quaresmeira, cedro, sapucaia, entre outras.
É administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Apesar de seu tamanho reduzido, 240 ha, a Flona de Lorena tem localização estratégica, pois situa-se na região mais urbanizada do país e exatamente entre as duas maiores cidades brasileiras. Além disso, é de facílimo acesso, à cerca de 3 (três) minutos da Rodovia Presidente Dutra a mais movimentada do país.
Inserida no bioma Mata Atlântica, a Floresta Nacional de Lorena reúne a maior e mais diversificada floresta de Mata Atlântica na vasta planície do descaracterizado Vale do Paraíba. Devido a sua grande diversidade, esta estratégica unidade de conservação federal se constitui em importante banco genético de espécies arbóreas, ou seja, uma fonte de produção de sementes.
O clima é predominantemente tropical, com verão úmido e inverno predominantemente seco.
O rio Coatinga ou Ribeirão dos Passos, bastante comprometido, é o único recurso hídrico que corta a unidade.
A Floresta Nacional está localizada em área totalmente plana e boa parte dentro de áreas alagadiças - aluviões quaternários - do rio Paraíba do Sul e seus afluentes.
Atualmente a FLONA de Lorena, junto com outras 19 (dezenove ) unidades de conservação federais, estaduais e municipais, integra o Mosaico de Unidades de Conservação da Região da Serra da Mantiqueira, “Mosaico Mantiqueira”. Abrange uma área com cerca de 445.615 ha e engloba 37 municípios.
O Mosaico foi criado por meio da Portaria do Ministério do Meio Ambiente Nº. 351, de 11 de dezembro de 2006.
A Floresta Nacional de Lorena também faz parte do conjunto de unidades de conservação da Mata Atlântica declarada em 2008 pela UNESCO como Reserva da Biosfera.
O levantamento e mapeamento das “Áreas Prioritárias para a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira”, é fruto do “Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira” desenvolvido entre 1998 e 2000 e de atualizações posteriores.
O diagnóstico e o mapeamento dessas áreas, vem sendo atualizado desde então, sendo a última atualização estabelecida formalmente pela Portaria MMA nº 09 de 23/01/2007 (MMA, 2007).
A definição dessas áreas foi feita para todos os biomas brasileiros, com base em informações disponíveis e uma série de reuniões técnicas, seminários regionais e oficinas participativas com uma série de especialistas e entidades afins. As áreas identificadas foram classificadas de acordo com seu grau de importância para biodiversidade e com a urgência para a implementação das ações sugeridas.
As áreas foram classificadas quanto a sua importância em extremamente alta, muito alta, alta e insuficientemente conhecida. Quanto à urgência das ações foram classificadas como extremamente alta, muito alta e alta (MMA, 2007).
No Bioma Mata Atlântica estão mapeadas e tabeladas 886 áreas prioritárias para conservação da biodiversidade, que incluem praticamente todas as UCs públicas desse bioma, além de terras indígenas e também outras áreas não protegidas. Na região da FLONA de Lorena, inserida no Vale do Paraíba foram mapeadas diversas áreas prioritárias, incluindo a própria FLONA de Lorena como uma das áreas.
Entretanto, se comparada à região da Serra do Mar, são poucas áreas prioritárias mapeadas no Vale do Paraíba. Isso é compreensível dada à extrema ocupação dessa região por atividades urbanas e industriais, com pouquíssimos remanescentes de ambientes naturais de porte mais significativo, sendo a maior dessas áreas, a FLONA de Lorena. Essa extrema ocupação urbana inclusive é considerado como uma das ameaças à FLONA de Lorena que ganha significância nesse contexto pela escassez de áreas protegidas e de ambientes naturais, o que configura a importância dessa UC na manutenção da biodiversidade do Vale do Paraíba.
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