Antonio Francisco Gaspar, em seu livro "Cruzes e Capelinhas", editado em 1.952, diz lá, à página 97, que:
"Em Itapetininga, na Praça Washington Luís, em frente a rua Monsenhor João Soares, existe um altaneiro cruzeiro todo iluminado à noite por lâmpadas elétricas ou por velas no seu sopé, que os inúmeros crentes dessa cidade vão ali acender com devoção."
Nesse mesmo volume, o autor deixou impressos uns versos dedicados a ele e às crianças que ali também compareciam.
CRUZEIRO DE ITAPETININGA
- Às meninas: Maria José, Maria, Esther, Francisca, Helena e outras que ali brincavam.
A noite descia calma e silenciosa...
Ao longe, nuvens negras, anunciavam
o temporal. Relâmpagos faiscavam
no azul do céu, ness`hora tenebrosa...
Singela cruz, já velha e carunchosa,
faiscava de mil luzes... ao sopé brincavam
crianças tão gentis, enquanto relembravam
do lenho santo, a história religiosa...
Cruz simbólica no centro dessa praça
triste e toda solitária, porém cheia de graça,
porquanto junto dela, alguém rezava...
Aproximei-me, crente e religioso...
enquanto o coração, triste e piedoso
dentro de mim, mais crente, palpitava!...
Itapetininga, 31 de Janeiro de 1.939.
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