A ORIGEM
No começo do século, uma família com sobrenome de Balbino instalou-se na região noroeste do Estado de São Paulo, atraída por suas terras férteis e florestas com alto potencial para serem exploradas.
FUNDAÇÃO DO POVOADO
Em 1926 foi criado o patrimônio que em louvor ao santo junino dava a denominação primitiva de “São João do Balbino”.Com a derrubada das matas e o plantio de cafezais e de cereais para subsistência, foram criadas condições necessárias para que muitas outras famílias ali se instalassem.
CRIAÇÃO DO DISTRITO
Poucos anos se passaram e já em 1935, foi criado, pelo Decreto-Lei 6.913, de 21 de janeiro de 1935, o Distrito de “Paz do Balbino”, passando-se a denominar-se Distrito de “São João do Balbino” pertencente ao município de Pirajuí.
O desenvolvimento da agricultura, ajudou o município de Pirajuí a destacar-se como o maior produtor de café no cenário mundial, e o distrito de São João do Balbino, na década de 1940, chegou a ter uma população de mais de dez mil habitantes, toda dedicada ao café, cultura que ocupava 80% das áreas agricultáveis
CRIAÇÃO E EMANCIPAÇÃO DO MUNICÍPIO
Sua riqueza foi aumentando de maneira significativa e depois de um trabalho político foi, então criado em 30 de Dezembro de 1953 o Município de Balbinos, e instalado a 01 de Janeiro de 1954. Posteriormente foi instalado com data festiva no dia 24 de junho, em louvor a São João Batista, seu padroeiro.
O município na década de sua emancipação, tinha uma população de quase cinco mil habitantes, sendo a grande maioria, mais de 90%, ainda instaladas no meio rural, servindo de mão de obra para um parque cafeeiro de mais de três milhões de pés de café, ocupando uma área de aproximadamente de 2.000 ha dos 9.110 ha pertencentes ao município.
A CRISE MUNDIAL DO CAFÉ - A RENOVAÇÃO DA AGRICULTURA
A crise do setor cafeeiro e a falta de uma política agrícola em todos os níveis do poder, gerou um êxodo muito grande do setor rural nas décadas de 1940 e 1950, empobrecendo a agricultura e as cidades da região e Balbinos com mais de 90% de sua população na zona rural e com toda sua renda proveniente deste setor, chegou no início da década de 1980 com 1.172 habitantes e uma agricultura descapitalizada e sucateada, apesar de ainda responder por aproximadamente 60% da arrecadação do município.
As áreas de culturas anuais foram aumentando e deixando no seu rastro áreas de pastagens, que ocupa hoje 84,4% das áreas agricultáveis do município. As lavouras de café chegaram ao mínimo de 70 ha com 80.000 covas no fim da última crise do café, em 1994, quando havia uma população rural de 257 pessoas, das 1338 do total do município. A partir de 1996 o café ressurgiu no município e quatro anos depois, passou a responder por mais da metade da renda de 41% dos proprietários do município, instalado em pequenas e médias propriedades, utilizando, na maioria das vezes, mão de obra familiar, com boa tecnologia.
O milho ainda é a cultura anual mais praticada, em média representa 100 ha por ano, cerca de 1,1% das áreas agricultáveis do município, no entanto a área destinada a esta cultura diminuiu consideravelmente nos últimos anos. As culturas da soja, sorgo e amendoim começaram a ser introduzidas no município nos anos de 2000 e 2001, mas pelo baixo rendimento não tiveram sucesso, já as culturas de arroz e feijão são cultivadas em áreas cada vez menores, com a produção destinada ao consumo próprio.
A fruticultura, representada pela manga e o limão, e a olericultura, representada pela abóbora, aparecem como alternativa econômica principalmente para as pequenas e médias propriedades. Já a laranja vem sendo expandida sua área ocupada, exclusivamente por grandes produtores.
A pecuária é, atualmente, a principal atividade econômica do município, pelo tamanho da área que ocupa e por estar presente em 100% das propriedades do município, mas possui um rendimento bem inferior ao que seria ideal. Com a criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, realizou-se reuniões com agricultores e lideranças do município para chegar a uma proposta de trabalho visando a dinamização de todo o Setor Agrícola, através de um programa de alternativas que só será colocado em prática através do Sistema Estadual Integrado de Agricultura e Abastecimento.
Gentílico: Balbinense
In Memorial dos Municípios.
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