Mosteiro de São Bento
A Capela em louvor à Nossa Senhora da Ponte, iniciada em 1654 pelo Bandeirante Baltazar Fernandes e ao redor da qual formou-se o povoado que deu origem ao município de Sorocaba, faz parte do conjunto denominado Mosteiro de São Bento, cuja construção em taipa, de paredes irregulares, já atravessou várias gerações e se traduz em marco importante da história.
A capela com altar trabalhado em ouro, guarda os despojos do fundador da cidade.
Catedral
Construída há 200 anos, a Igreja Catedral de Sorocaba tem notável arquitetura.
Sua nave principal possui a imagem da padroeira da cidade, em estilo barroco de 1771. No interior pinturas de Ernesto Tomazzini (1930) e de Bruno Giusti (1949).
O gigantesco sino, instalado em sua torre, foi fundido em Sorocaba (1940), pelos irmãos Samassa, que utilizaram 50 quilos de ouro visando a qualidade sonora. Por vários anos ficou mudo, uma vez que seu toque abalava a estrutura da torre, a qual mereceu reforços.
Museu Histórico Sorocabano
Instalado na casa que pertenceu a Domitila de Castro, a "Marquesa de Santos", é um raro exemplar arquitetônico, reportando as tendências de 1780.
Reúne escritos e objetos raros da história e da pré-história de Sorocaba.
Desde junho de 1986, a casa, bem como parte do seu acervo, vem merecendo minuciosa restauração pela equipe de manutenção da Secretaria de Educação e Cultura do Município, sob a orientação do CONDEPHISO - Conselho de Defesa do Patrimônio de Sorocaba.
Estação de ferro de Sorocaba
A estação de Sorocaba era o ponto final da linha original da Sorocabana, que não por acaso tem esse nome: a idéia original dos donos era ligar Sorocaba a São Paulo pelo caminho mais curto.
Em 1876, a linha já se estendia até Villeta (George Oetterer), e foi seguidamente sendo prolongada até atingir, em 1922, o rio Paraná, em Presidente Epitácio. Inicialmente sede das oficinas da linha, estas foram, em 1903, transferidas para a estação de Mairinque. Em 1929, o prédio original foi reformado e transformou-se no atual, tornando-se um dos maiores edifícios de toda a linha. Ainda funcionou como uma estação tradicional, vendendo bilhetes, embarcando e desembarcando passageiros até a entrada de operação da Ferroban, no final de 1998.
Da estação de Sorocaba sai a E. F. Votorantim, pertencente originalmente à Votorantim e hoje operada pela Ferroban. Embora o trem de passageiros da linha-tronco tenha sido desativado em 16/01/1999, Sorocaba continuou embarcando os passageiros da linha Sorocaba-Apiaí, que seguia pelo antigo ramal de Itararé, até 01/03/2001, quando esse trem também foi suprimido. O pátio e a estação estiveram abandonados e ameaçados até de demolição.
No final de 2005, a Prefeitura de Sorocaba conseguiu negociar com a RFFSA a compra e a posse provisória da estação para ser restaurada, mas o abandono prossegue .
Histórico da Linha: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência.
Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor.
Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela.
Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
Marco da Revolução Liberal
Em 1842, a Câmara Municipal, a Guarda Nacional e o povo se revoltaram contra as decisões do Governo de D. Pedro II e, elegeram Raphael Tobias de Aguiar como Presidente da Província. Tobias marchou para São Paulo com mil soldados, mas Caxias entrou na ponte do rio Sorocaba, sem derramamento de sangue. Dizem as placas:
1 - "Neste Largo, na manhã do dia 17 de maio de 1842, sob a chefia de Rafael Tobias de Aguiar, o povo sorocabano proclamou a Revolução Liberal em defesa dos ideais de liberdade na pátria brasileira".
2 - "Paulistas! Os fidelíssimos sorocabanos vendo o estado de coação a que se acha reduzido o nosso Augusto Imperador D. Pedro II, por esta oligarquia sedenta de mando, de riqueza, acabam de levantar a voz, elegendo-se Presidente Interino da Província, para debelar essa hidra de trinta cabeças, que por mais de uma vez tem levado o país à borda do abismo..." (da proclamação de Tobias de Aguiar à Província).
Obelisco do Fórum
Este monumento foi erguido em homenagem aos pracinhas que participaram da 2ª Guerra Mundial.
Situa-se na Praça Frei Barauna, no centro da cidade, conhecida também como Praça do Fórum Velho, pois logo atrás do Obelisco, está o belíssimo edifício da Casa da Cultura, onde por longos anos funcionou o Fórum de Sorocaba.
Diz a placa: "Associação dos Ex-Combatentes do Brasil - Secção de Sorocaba. À Pátria tudo se dá e nada se pede. Heróis que Sorocaba enviou aos campos de batalha da Itália, durante a 2ª Guerra Mundial: 1944 - 1945".
Monumento Baltazar Fernandes
Inaugurado em 15 de agosto de 1954, por doação da colônia espanhola. Moldado em gesso e fundido em bronze pelo escultor Ernesto Biancalana.
Baseado no estudo de Ettore Marangoni "Elevação de Sorocaba à categoria de Vila em 1661" em exposição no Museu Histórico Sorocabano.
Baltazar Fernandes era filho do fidalgo português Manoel Fernandes Ramos ou Morão e de Suzana Dias, filha do português Lopo Dias.
Baltazar Fernandes nasceu aproximadamente de 1580, numa fazenda onde hoje é o Parque Ibirapuera, em São Paulo. Em 1654, já octogenário, foi para Sorocaba, onde fixou residência.
Faleceu aproximadamente em 1667 e seu corpo foi sepultado junto ao altar principal da sua capela, hoje Igreja de Sant' Ana, do Mosteiro de São Bento.
Palácio dos Tropeiros
O edifício sai de um espelho d'água e se projeta em direção ao infinito, como um seta estilizada. Projeto do arquiteto L.A. Navarretti, inaugurado em 1981. Sede da Prefeitura Municipal de Sorocaba, no Alto da Boa Vista.
Monumento ao Tropeiro
O tropeiro (condutos das tropas de muares que eram negociadas nas feiras junto à ponte do rio Sorocaba) construiu com sua atividade um dos principais ciclos da História de Sorocaba, que dele guarda inúmeras tradições.
Monumento do Trópico de Capricórnio
Inaugurado em 27 de dezembro de 1986, em frente ao Paço Municipal, nos altos da Boa Vista, porque a linha imaginária do Trópico de Capricórnio passa aproximadamente por ali. As divisas do município de Sorocaba com os demais feitos em contornos de concreto, formam a base do monumento.
Dr. Pintassilgo
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