segunda-feira, 25 de março de 2013

UMA LENDA DE PINDAMONHANGABA.


Dentre tantas lendas de Pindamonhangaba, contadas por Newton Lacerda César, uma chama a atenção.
É sobre uma escrava chamada Lavínia que servia seus patrões numa fazenda de café, propriedade de um "foral" do Império, pras bandas do Bairro da Cruz Grande e do Morro da Piedade.
Nessa fazenda havia um feitor muito ruim que maltratava demais os escravos do patrão.
Lavínia era uma escrava cheia de encantos e durante as tardes muito quentes acompanhava as sinhazinhas até uma lagoa, onde se banhavam. 
Tão acostumada estava, que, quando as meninas decidiam por outras diversões, Lavínia acabava indo para lá sozinha, pois o local era bem discreto.
Aconteceu que o feitor engraçou-se até à paixão pela mucama Lavínia. 
Um dia, chegando à lagoa sozinha, preparava-se para entrar na água, claro que só na beirinha, pois não sabia nadar, quando um homem tentou agarrá-la: era o feitor.
A fim de livrar-se do monstro, a escrava caiu na lagoa e desapareceu.
Sem contar a ninguém sobre o ocorrido, ainda o feitor ajudou nas buscas encetadas durante algum tempo para encontrar a escrava sumida.
Nunca mais esse homem teve sossego.
Via a assombração da moça por toda parte; mais ainda quando passava pela lagoa. Aí, ela surgia nua, mostrando toda a beleza que ele nunca vira, e, com brejeirice, o convidava a entrar com ela.
Um dia, ele não resistiu ao convite e jogou-se na água para nunca mais voltar.

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