domingo, 16 de dezembro de 2012

LAMARCA DEIXOU MARCAS.



Postado por Camilo Aparecido | Postado em As Curiosidades Do Vale Do Ribeira,As Lendas , Contos E Histórias, Espaço Do Leitor | Postado dia 20-05-2009
Recebi este comentário da Professora Lediane de Cajati, sobre uma parte da História do Lamarca e estou publicando na íntegra.

"Fiquei muito feliz em saber um pouco mais sobre a vida de Lamarca. Sou professora da E.J.A na cidade de Cajati e através de um projeto: Resgate de origens, pude receber um relato de um aluna sobre a captura do Lamarca e ela encontrava-se em meio a todo aquele acontecimento. Sua história foi merecedora de um prêmio e exposta em uma feira Cultural realizada pelo municipio. Estou enviando uma cópia da produção. abçs"

"Fazendo parte da história.

Em meados do mês de maio de 1970 os bairros da Vila Tatu e Capelinha, estavam cheios de soldados do exército brasileiro para capturar o guerrilheiro Lamarca e seus capangas.

Todos os moradores foram retirados de suas casas, que ficavam próximas dos esconderijos do Lamarca, e refugiados em casas vizinhas principalmente os moradores da Capelinha, sendo sempre protegidos pelos soldados.

Muitas bombas eram jogadas na mata e a cada instante víamos os soldados do exército pulando dos helicópteros com seus pára – quedas e fortemente armados parecendo uma guerra.

A cada momento os soldados abordavam as pessoas para serem revistadas e saber de qual lado estavam se era do “bem” ou do” mal “ e nenhum carro podia transitar, somente os dos policiais.
Eu estava grávida da minha filha, hoje com 38 anos; devido a todo aquele cenário fiquei muito assustada e acabei adoecendo, e para que eu pudesse chegar até o hospital de Pariquera-Açu fui e voltei escoltada pelo sargento do exército.

Esta batalha somente acabou quando o guerrilheiro e seus capangas foram capturados.
Até pouco tempo foram encontrados vestígios dessa “guerra” no bairro Capelinha: era uma bomba, fato este que virou notícia na televisão, voltando em minha memória todo aquele acontecimento que marcou a minha vida.
Pensei muito em sair dessa cidade, pois o medo ainda estava dentro de mim, mas diante de tanta beleza deste bairro que moro, Vila Tatu, fez com que eu permanecesse aqui até hoje.
Hoje com 55 anos fico triste em relatar e relembrar este fato, porém me alegro em saber que faço parte de um pedaço da história desse município com tantas belezas naturais".

História real relatada pela aluna Durvalina, 55 anos. _ Cajati -SP
E.M. Vereador José Rodrigues de Freitas.
E.J.A termo ll profª Lediane.

ANTONIO VIEIRA DE PROENÇA, O CREDOR.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

UM FILHO DE BURI.


WILLIAM JESUS CACCIACARRO nasceu na cidade de Buri em 11 de novembro de 1922 e veio a falecer em 01 de dezembro de 1995, em Capão Bonito. 
Era filho do Maestro Edmundo Cacciacarro e de Maria Venturelli Cacciacarro. 
Deixou viúva a Senhora Áurea Mietto Cacciacarro, e os filhos William, Marco, Constantino, Adonis e Sonia, sendo os dois últimos já falecidos. 
Serviu na Unidade do 3º Grupo de Artilharia de Dorso, em Campo Grande, MS, onde participou efetivamente na 2a Guerra Mundial em Missão de Vigilância, conforme alínea “c” do Decreto nº 10.490-A, de 25/12/42, que definia e limitava como zona de guerra todo o Território Nacional, sendo graduado por mérito para a patente de Cabo de 07/07/44 a 21/09/45.
Atleta de Salto Triplo e Extensão, atuou como zagueiro de futebol amador e profissional da 2a Divisão no Clube Associação Atlética Portofelicense, onde recebeu o apelido de “Del Nero”, disputando por diversos anos o Campeonato Paulista daquela divisão. Atuou também como zagueiro central na equipe do Milionários e DERAC em Capão Bonito. 
Formado pela Universidade da Vida, tinha como hobby a música e a leitura. 
Músico autodidata, atuou no Jazz Colúmbia e na Banda 7 de Setembro como Contra-baixista, Baterista e Trombonista. 
De 1949 a 1957 exerceu a profissão de Oficial de Farmácia, trabalhando na manipulação de remédios e aplicação de injeções de penicilina na Farmácia São Francisco. 
Em 1957 ingressou no funcionalismo público como Fiscal de Obras no Departamento de Estradas de Rodagem – DER, sendo o responsável direto pela construção e asfalto da estrada que liga Capão Bonito a Ribeira.
Como já havia atuado na área da saúde, e após alguns cursos realizados passou a exercer a função de Auxiliar de Enfermagem, sendo o responsável por todos os funcionários da Regional de Capão Bonito, que na época abrangia aproximadamente 450 famílias, onde prestou relevantes serviços a população mais carente, sempre com muita disposição, fazendo o papel de Assistente Social, na orientação e acompanhamento dos enfermos para atendimento médico em outros hospitais da região, Hospital do Servidor Público na Capital, e demais localidades d Estado. 
Releva salientar ainda que mesmo após sua aposentadoria, William Jesus Cacciacarro nunca deixou de prestar atendimento e acompanhamento às pessoas carentes e funcionários do DER. 
 
EDSON APARECIDO - 2.003