sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

ENERGIA ELÉTRICA EM JUQUIÁ

QUINTA-FEIRA, 24 DE MAIO DE 2012 










Transporte das peças para a montagem da usina. 

Prédio da usina década 60.


 Interior da usina em operação. 


Até 1939 e 1945, em Juquiá não havia energia elétrica, como em grande parte do Brasil e vale do ribeira. 
As casas eram iluminadas por lampiões a querosene e não havia iluminação pública nas ruas. 
Aproximadamente em 1950, a prefeitura instalou em um barracão, situado no local da atual Câmara Municipal um motor a óleo que acionava um gerador que funcionava apenas poucas horas no início da noite e iluminava a parte central da cidade. Motor esse sujeito a avarias constantes que o Sr. João Leite, um factotum da prefeitura, tinha muito trabalho para mantê-lo funcionando.
A situação era assim também em muitos outros municípios do Vale do Ribeira.
Em 1955 foi construída em Juquiá a usina termo elétrica, um grande avanço e fornecia energia para grande parte da região. Em 1956, chegaram os primeiros transformadores e a primeira casa a receber luz foi a do Sr. Venâncio D. Patrício. A usina no principio era administrada pela Uselpa, com a unificação das várias estatais, passou a denominar-se Chesp, (companhia hidro elétrica de São Paulo), com a mudança estatutária passou-se a denominar-se Cesp, (Companhia energética de São Paulo) e atualmente privatizada é Elektro. A distribuição de energia foi interligada com a da Baixada santista e através dela com o resto do estado. 
A nossa saudosa usina foi desativada a aparelhagem desmontada e a área foi cedida em comodato ao município de Juquiá. Atualmente toda Baixada Santista e Vale do Ribeira é bem servida de energia elétrica e os lampiões viraram peças de museu. 
Fotos e fragmentos de texto do acervo: Toninha Patrício. 


Um resumo sobre a Usina Termoelétrica de Juquiá, depois Usina Eng. Loyola! 


Breve histórico: Wellinghton Pinto Alves, era engenheiro eletricista, mecânico e civil, trabalhava na Cemig de BH e soube que em SP estavam procurando 3 engenheiros para executar os projetos de uma usina termoelétrica, e como ele tinha os três diplomas foi ao local e fez uma entrevista, foi enviado para conhecer Juquiá. Ao visitar o local viu que a região não tinha infra-estrutura nenhuma e que teria que ficar acampado no local e longe da família. Por isso ao voltar pediu um salário bastante alto até por eles contratarem um engenheiro, que faria todo o trabalho, em vez de três. 
Em 15 dias recebeu um telegrama com os dizeres: Proposta aceita. O projeto estava pronto, contrataram empresas para a parte civil, mecânica, subtransmissão e distribuição todas elas sob inteira responsabilidade e execução total do jovem eng. Wellinghton. 
Foi o inicio da realização de um sonho de desenvolvimento de todo o vale. Com essa responsabilidade chegou em 1957 e ali acampou com 300 trabalhadores para inicio das obras. O projeto superou dificuldades com esforços de todos e a Usina Termoelétrica do Vale do Ribeira foi inaugurada em 29/01/1959 pelo então secretário de obras do estado de São Paulo, Brigadeiro Faria Lima. 
Com muito trabalho, dedicação e responsabilidade o eng. Wellinghton Pinto Alves foi responsável por energizar o Vale do Ribeira. A Usina Termoelétrica do Vale do Ribeira tinha potência instalada de 10 megawatts e iria energizar inicialmente 11 cidades e depois da inauguração passou a 15 cidades. 
Todas as edificações, construção das linhas de transmissão de 69 kv e distribuição de 13,8 kv foram construídas em pouco mais de dois anos, incluindo um desvio na estrada de Ferro Sorocabana para trazer óleo de Santos e abastecer a usina. Funcionamento da Usina Termoelétrica: o óleo era feel oil que era trazido através da Sorocabana, deixado na usina, levado para o laboratório e tratado, - Tinha um motor de 200 Cv para a partida, usavam o feel oil para gerar gás e este gás iria movimentar a turbina para gerar energia, daí para transmissão e distribuição. 
Os equipamentos eram da americana Westinghouse e técnicos americanos da empresa vieram para o Brasil para transferir tecnologia para o engenheiro e técnicos que iriam operar a usina. Ficaram por volta de oito meses em Juquiá. Posteriormente a Usina teve seu nome alterado para Engenheiro Loyola. 
Esta usina foi fechada no fim dos anos 60, por ser uma energia extremamente cara e isso aconteceu quando as grandes hidrelétricas entraram em operação e o sistema foi interligado com o vale. Foi fechada, retirado os equipamentos, modernizada e hoje ela esta remontada no Mato Grosso e faz parte das Usinas Termoelétricas que entram em operação quando as usinas hidrelétricas estão gerando menos energia. 



Acervo Fotográfico da construção: Eng. Wellinghton. Eng. Wellinghton travessia balsa Registro Material e fotos todos cedidos do acervo de documentos pessoais do Eng.Wellinghton Pinto Alves por sua filha Ana Sofia Viana Alves.

site: Leal, de João Carlos.

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