sábado, 11 de abril de 2020

JOSÉ DANTRINO - O “PROFETA GENTILEZA”


O senhor José Dantrino, nasceu em Cafelândia em 1917, exatamente, no dia 11 de abril, coincidentemente, data em que se comemora o aniversário da cidade. 
Pela sua pregação, inicialmente, na cidade de Niterói e Rio de Janeiro, ficou conhecido no Brasil pela alcunha de “Profeta Gentileza”. 
Em determinado momento de sua vida, chocado com a morte de centenas de crianças no incêndio de um circo na cidade de Niterói, entrou em crise existencial que viria mudar completamente sua vida. 
Afirmava ter recebido mensagem astral para que abandonasse seus afazeres materiais e cumprisse a missão espiritual que lhe estava reservada na Terra. 
Comunicou a seus familiares sua missão, soltou os passarinhos das gaiolas, foi ao fundo do quintal, cobriu seu corpo de lama e, simbolicamente, dizia aos seus mais próximos estar esculpindo um novo homem. 
No dia seguinte, envergando uma bata branca e um estandarte nas mãos com mensagens de fé e amor, nascia o cafelandense “Profeta Gentileza”. 
Largou tudo na vida, iniciou uma peregrinação pelas ruas do Rio de Janeiro, e depois por todo o Brasil, que perdurou por 35 anos, divulgando mensagens de boa convivência, com a infalível âncora da amizade e gentileza. 
Tendo em vista seu visual de barbas compridas e brancas, vestimenta exótica e estandarte na mão, não tardou em ser alvo de chacotas dos transeuntes, aos quais pacientemente respondia: a alguns dizia: - “Amor palavra que liberta”, à outros “Gentileza gera gentileza” e aos que o chamavam de maluco ou louco, respondia: - “Maluco para te amar, louco para te salvar”. 
O profeta deixou escrito, em cinquenta e cinco pilastras do viaduto do Caju (RJ), mensagens inspirativas, na esperança de sensibilizar os passantes à prática da gentileza como alternativa de convivência para ordenamento de um mundo melhor. 
Graças à mobilização do Filósofo e Professor Leonardo Guelman (Universidade Federal Fluminense), os murais inscritos no viaduto do Caju, autêntico livro urbano, foram restaurados, tombados e, hoje, considerados Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro.

MEMORIAL DO MUNICÍPIO

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