quarta-feira, 27 de maio de 2020

A ESCOLA PEIXOTO GOMIDE, EM ITAPETININGA


 
PEIXOTO GOMIDE:
ORGULHO DE UMA CIDADE



A partir da proclamação da República, a política educacional do novo Governo era dirigida à criação de escolas, onde pudesse ser aplicada sua filosofia positivista, que era o baluarte do novo regime político. Na última década do século XIX, foi aprovada a Lei Básica de Instrução Pública, que recebeu o nº 88 e foi publicada em 8 de setembro de 1892. Por essa lei deveriam ser criadas quatro escolas normais primárias no Estado de São Paulo. Foi a partir da promulgação da Lei nº 169, no ano seguinte, que houve o aditamento de diversas disposições em relação à referida lei de 1892.
O senador Peixoto Gomide (1849-1906), amigo do deputado estadual Coronel Fernando Prestes de Albuquerque (1855-1937), vinha sempre à cidade de Itapetininga para caçar perdizes e para visitar o seu irmão. O empenho do senador e do coronel, figuras ilustres da política da época, foi decisivo na escolha da cidade para a construção da primeira Escola Normal do interior paulista. Em 1894, o senador conseguiu que Itapetininga fosse uma das cidades escolhidas para sediar uma das Escolas Normais do Estado, através da publicação do Decreto nº 245 no dia 20 de julho.
Apesar dos festejos dos munícipes pela criação da escola, várias dificuldades surgiram, entre elas a falta de um prédio apropriado para o funcionamento da recém-criada Escola Normal. Em Itapetininga foi instalada momentaneamente apenas uma Escola Modelo, sendo nomeado para dirigi-la o português major Antônio Augusto da Fonseca (1855–1916), fundador do Externato Providência.
Uma comissão de importantes representantes da política local decidiu que, em caráter provisório, a escola funcionaria no antigo prédio da Rua do Commercio, em 1895. No final desse ano, em 17 de dezembro, a Câmara Municipal entregou o terreno ao Estado para a construção da escola. Sua pedra fundamental foi lançada somente no mês de maio do ano seguinte.
Em 1897, com a publicação do Decreto nº 428, foi autorizada a criação de uma Escola Modelo Complementar, anexada à Escola Modelo de Itapetininga. A Escola Complementar diplomou professores designados de complementaristas.
Às dez horas da manhã, no dia 23 de novembro de 1897, no salão nobre do Clube Venâncio Ayres, ocorreu a avaliação dos alunos do 1º ano da Es­cola Modelo. A bancada examinadora era composta pelo major Fonseca, o professor Dr. Henri­que de Sá e o professor José Carlos Dias. Consta em Ata, redigida por Sebastião Villaça, que a prova ocorreu com a presença de “excelentíssimas famílias” e “muitos cavalheiros”. O programa do exame, elogiado pela comissão, foi elaborado pela professora Maria Rodrigues de Azevedo Lobo.
O primeiro exame de admissão foi coordenado pelo professor Teófilo Martins de Mello. Porém, a instalação da Escola Modelo Complementar no mês de março ocorreu sem festividades, devido à morte de duas pessoas da sociedade local, o Dr. Oliveira Coutinho e o senhor Antônio Paulino da S. Garcia. O imóvel onde começou a funcionar a Escola Modelo pertencia na época à Dona Ramázia Prestes. No último ano do século XIX, foi formada a primeira turma de dezoito professores complementaristas.


Leia mais... "Livro 120 anos em 120 páginas" - 1ª Edição 2015 - Sala de Leitura da E.E. PEIXOTO GOMIDE"
site próprio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário