quinta-feira, 25 de julho de 2019

MAJOR JOSÉ LEVY SOBRINHO, GRANDE LIMEIRENSE


Um Limeirense dedicado à sua terra, comerciante, industrial, pioneiro da citricultura e sericultura, chefe político, homem público de destaque, de nobres atos e real participação na vida da cidade de Limeira, 
José Levy Sobrinho nasceu em Limeira no dia 17 de dezembro de 1884, na residência dos Levy, no quarteirão em frente á atual Escola Estadual Brasil, filho mais velho de Simão e Ana Levy.
Fez seus estudos em Petrópolis e em Poços de Caldas, seguindo para a Alemanha onde completou curso de comércio. Regressando para Limeira, assumiu a gerência da Casa Bancária Levy & irmão.
Começou na política aos 21 anos como vereador.
Foi presidente da Câmara, Vice-prefeito de 1910 e 1913. 
Nessa gestão trouxe até Limeira a água do Cascalho, que abasteceu a cidade durante 40 anos.


Foi presidente do Diretório Municipal do partido Republicano Paulista, Juiz de Paz e suplente de Delegado.
Casou-se em 1912 com Ana Carolina de Barros (filha do Capitão Manoel de Toledo Barros e bisneta do Barão de Campinas) e tiveram os filhos Manoel Simão e Levy José de Barros Levy.
Durante 40 anos residiu e dirigiu a sua propriedade, a Fazenda Itapema. 
Pioneiro da citricultura paulista, em 1908 mandou vir de fora dois exemplares da laranja Bahia Cabula e foi com as borbulhas dessas plantas que ele constituiu um pomar 17.000 árvores na sua famosa chácara Bahiana. 
Foram desse pomar as primeiras laranjas exportadas para a Europa em 1926, por iniciativa de seu irmão João Carlos Baptista Levy associado a João Dierberger Júnior.
Contribuindo para o fomento da sericicultura, plantou campos de amoreira na Fazenda Itapema, onde teve uma grande criação de bicho-da-seda.
Foi sócio de uma das primeiras fábricas de enxadas, em Jundiaí; explorou uma jazida de mica, em Paraibuna; era sócio da fábrica de Fósforos Radiim, da fábrica e pregos e da serraria de J. Levy & Irmãos; montou em Limeira uma fiação de seda; e teve a Fioseda, indústria de torção de fios, em Cordeirópolis.
Na revolução de 1932 foi chefe do M.M.D.C. e organizador do Batalhão Limeirense. 
A convite de Pedro de Toledo foi nomeado presidente da comissão de Produção Agrícola do Estado.
Novamente Prefeito Municipal, de maio de 1938 a abril de 1939, deixou o cargo para assumir como Secretário da Agricultura, indústria e Comércio no governo do 
Interventor Adhemar de Barros até maio de 1941. 
Nessas funções, além de estabelecer bases mais seguras de proteção à laranja e de mandar equipar a Casa da Laranja de Limeira com uma instalação piloto para produção de suco concentrado, incentivou o plantio de milho híbrido e apoiou o programa de abertura de paços artesianos como meio de abastecimento público de água. Também forneceu meias para que o I. P.T montasse uma usina de chumbo em Apiaí.
Nas suas múltiplas atividades, o major Levy foi presidente do tiro de Guerra, Provedor da Santa Casa, Provedor da Confraria da Boa Morte, Governador Distrital do Rotary Club, vice-presidente do Partido Republicano Paulista, mentor e benemérito de várias entidades, entre elas o Aero Clube de Limeira, a A.A. Internacional e a Rádio Educadora. 
Desde muito jovem líder indiscutível, desfrutando de um grande círculo de amigos e seguidores, era chamado de "Major", ficando assim conhecido como o Major Levy título que lhe foi dado por "sua gente".
Faleceu na Fazenda Itapema a 22 de janeiro de 1957.

dr. Pintassilgo.

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