segunda-feira, 12 de agosto de 2013

EPIDEMIA EM CAMPO LIMPO: ANO DE 1.896.

EPIDEMIA
Acha-se felizmente extincta a epidemia que, durante quasi um mez assolou o nosso povoado.
Innumeras foram as victimas e, esse numero, ainda mais temeroso foi porque ellas em geral eram chefes de familia.
As energicas providencias dadas pelo Dr. Dutra, Agente Executivo de Leopoldina, á instancias do Major Bento Ferreira e outros, devemos o não ter sido mais numeroso o obituario.
Agradecidos devemos todos render preito de gratidão aos esforços empregados pelos distinctos cidadãos: Irmãos Bento Xavier, Dr. Francisco Baptista de Paula e Pharmaceuticos James, Novaes e Ramos: aquelles pela solicitude com que accudiram aos chamados dos necessitados, sem distincção de gerarchias já com consolações e conselhos, já com auxilios pecuniarios: á estes pela promptidão com que receitavam ou preparavam os medicamentos necessarios.
Boa vontade não faltou também ao Presidente de nosso Conselho; suas ordens porem é que não produziram grande effeito devido sem duvida ao executor escolhido. Felizmente, para nós o mesmo Presidente, posteriormente, lembrou-se de confiar seus poderes ao Major Bento Ferreira.
De todos os campeões do Bem, um só foi infeliz: o pharmaceutico Francisco Angelo de Novaes que, victima do dever, sacrificou sua vida e o futuro de sua familia á salvação do proximo; uma lagrima de gratidão a sua memoria.
A todos, os agradecimentos do povo.

- in " O Popular", órgão comercial e noticioso de Campo Limpo, ano 1, número 5, edição de 10 de maio de 1.896.
Propriedade de uma associação, estava sob a gerência de Jorge Albuquerque Júnior.
Acervo Apesp.
Abaixo, publicidade do mesmo:



Nenhum comentário:

Postar um comentário