segunda-feira, 18 de novembro de 2013

JOSÉ CARLOS DA VEIGA TORRES, DE PINHAL:

No mês de novembro de 1975, a revista Família Cristã publicou um poema de José Carlos da Veiga Torres, à época residente à Rua Prudente de Moraes, 559, no município de Pinhal, em São Paulo.
Leia-o abaixo:

"PORTAS FECHADAS"

Olho meu futuro, 
É incerto e insondável.
Eu sou o mundo,
Serei o amanhã?
Parece que todas as portas
estão irremediavelmente fechadas.
O corredor me parece escuro,
Interminável e  há muitas portas.
Mas, todas... fechadas!
Não sei qual devo tentar abrir...
Sinto-me nu, pequeno e desarmado,
Desprotegido como um bebê...
Eu sou o mundo.
Eu sou o hoje...
Tudo preso em meu âmago!
Toda potencialidade...
"Toda árvore que não der bons frutos
Será cortada e lançada ao fogo";
Toda energia que não produzir trabalho
Será vã, estúpida ebulição de nada.
Eu sou o fogo que não queima,
A água que não tira a sede,
A terra que só recebe e nada produz.
Eu sou o nada...
Nem o nada eu sou...
Eu tenho, mas não sou.
Falta-me o essencial,
falta-me ELE.

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