Casinha feita de barro
Eu sei quem te fez assim
No alto, bem protegida,
De tudo o que é ruim
Eu sei quem te fez assim
No alto, bem protegida,
De tudo o que é ruim
Te vejo abandonada
Num galho seco, sem vida.
Por dentro vazia e triste
Por fora jaz demolida
Casinha feito palhoça
No alto do espigão
Eu mesmo a fiz sozinho
Ao gosto do coração.
No ermo do abandono,
Sem gente, sem ave, sem nada.
Eu vejo nas duas casinhas
Imagens da sorte arruinada.
Everaldo Reis Teixeira
saladevioleiros.blogspot.com
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