quarta-feira, 28 de maio de 2014

NELSON DE SOUZA RODRIGUES, O HOMEM DOS PÁSSAROS, COMPLETA 93 ANOS AO LADO DE SEU HERDEIRO ESPIRITUAL


No dia 13 de dezembro de 2013, este blogue fez uma postagem sobre um cidadão brasileiro, dos mais legítimos cultores da natureza, o senhor "NELSON DE SOUZA RODRIGUES, O HOMEM DOS PÁSSAROS".

Assim, ficou impresso neste blogue o que segue:
" Na década de 70, ele foi parar nas páginas do jornal "O Estado de São Paulo", através de um jornalista especialmente enviado a Pirassununga para fazer uma reportagem sobre ele.
Nelson de Souza Rodrigues, engenheiro agrônomo, possuía, então, uma criação de 400 pássaros, entre eles duas sabiás, uma poca e outra laranjeira, albinas, raríssimas e muito cobiçadas na época. 
Albinas, porque eram brancas, de olhos vermelhos, penas e bicos amarelo-claro e não suportavam o sol.
Segundo reportara o enviado, "a sabiá albina é um pássaro triste e sem vida, apesar da beleza de sua plumagem branca".
Nelson explicava que "o albinismo é um fenômeno pouco comum entre as aves e são raros os casos registrados na literatura da fauna brasileira. São pássaros meio abobados, enxergam mal e, por isso, quase indefesos".
Em troca da sabiapoca branca já haviam ofertado a Nelson um volkswagen 68, mas assim ele respondia:
- "Gosto de criar pássaros, de estudá-los e o dinheiro pouco representa para mim, pois não poderia conseguir outros exemplares assim fenomenais". 
A vasta sala do colecionador era enfeitada por gaviões e tangarás empalhados.
No quintal, faziam a festa araras, handais, periquitos e pássaros coloridos brasileiros, africanos, europeus e australianos, um tico-tico rei róseo, saíras do Rio Negro, tangarás de topete vermelho, tangarás azuis com faixa preta e topete vermelho, estes nativos da região, e gralhas e tucanos, etc.
Mas a principal atração ficava por conta de um japu-açu, pássaro preto de bico amarelo, que nunca foi ensinado, mas era capaz de abrir e fechar caixa de fósforos, desamarrar embrulhos com nó cego e amarrar um barbante na armação da gaiola de tal forma que ninguém conseguia desatar, além do que carregava no bico o recipiente de água ou ração para onde desejasse.
Um caso curioso relatado por Nelson foi a história de amor entre uma jandaia que acasalou com um príncipe negro e nunca mais se separaram.
Alguém sabe mais sobre esse colecionador?"
Terminamos a postagem empolgadíssimos com esse amor de Nelson de Souza Rodrigues pelas aves e desejando saber se ele ainda estava vivo, se continuava amando assim os passarinhos.
Que felicidade ao abrirmos agora nosso e-mail!!!!
E depararmos, depois de tantos meses, com uma resposta de sua filha Jocelyne, que assim nos escreveu:



Boa noite Luiza, nas vésperas de meu pai completar seus 93 anos, fui levada a ler em seu blog uma matéria de 13 de dezembro de 2013 com a chamada: 
NELSON DE SOUZA RODRIGUES, O HOMEM DOS PÁSSAROS.
Meu pai continua residindo no mesmo local, nutrindo o mesmo amor pelos pássaros, hoje livres conforme as leis de proteção ao meio ambiente. 
As espécies taxidermizadas na ocasião da matéria jornalística foram doadas ao Museu de Zoologia da USP. 
No próximo dia 29 de junho as 16:00h na Casa do Povoador à margem do rio Piracicaba será realizado o lançamento de seu livro com a participação de meu filho biólogo e ornitólogo Luccas Guilherme Rodrigues Longo - "Piracicaba, seu rio e seus peixes", um grande sonho seu a se concretizar. 
Ficaríamos muito felizes e honrados com sua presença. 
Muito obrigada por ter incluído meu pai em sua página.
Coloco-me a sua disposição para quaisquer outras informações.

Abraços
Jocelyne Martins Rodrigues.

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