terça-feira, 2 de junho de 2015

ALAMBARI, A CIDADE NATUREZA

Alambari completou 23 anos de vida independente no último dia 19 de maio.
A história do município começa em 1820. 
Naquela época, o major Domingos Afonso, residente em Itapetininga, seguia viagem para Guaratinguetá acompanhado de sua esposa e de seu filho menor de nome Afonso. 
Ao atravessar um lajedo, o pequeno Afonso caiu do animal em que viajava, fraturando o crânio e ficando desacordado por muitas horas. 
Domingos Afonso, e sua esposa comprometeram-se em construir uma capela sob a invocação do Senhor Bom Jesus de Alambari, se o seu filho recobrasse os sentidos e se restabelecesse da queda que levara. 
O pequeno Afonso recobrou os sentidos, ficando, logo depois, completamente restabelecido, permitindo assim que a caravana prosseguisse. 
Mais tarde os pais de Afonso internaram-no em um colégio no município de Itu, recomendando-o ao Padre Elias do Monte Carmelo. 
Concluindo os estudos preparatórios, por volta de 1830, Afonso seguiu para São Paulo, onde matriculou-se no Seminário. 
Após ser ordenado sacerdote, voltou o jovem Afonso para Itapetininga. Enquanto isso, Domingos Afonso e sua mulher, seus pais, não esqueceram a promessa feita, e davam andamento à construção da capela no lugar onde Afonso caíra.
Desejando que seu filho desempenhasse as funções eclesiásticas na capela em construção, Domingos Afonso e sua mulher construíram uma casa nas proximidades da mesma, onde passaram a residir. 
A capela de Alambari só foi construída em 1842, e o branqueamento da parte externa iniciou-se a 7 de Janeiro de 1843 pelo mestre Tomé Tadeu Aires, contratado por João de Moura, primeira autoridade policial da já então povoação. Entretanto, por uma fatalidade, o Padre Afonso não chegou a residir em Alambari, pois foi atacado de uma pertinaz moléstia e veio a falecer. 
O primeiro vigário que chegou a Alambari foi o Padre Isidoro de Campos, natural de Porto Feliz, que ali residiu durante alguns anos.
Com o aumento rápido da população do referido povoado devido à chegada de famílias vindas de outros pontos da província, as pessoas influentes do lugar, trabalhando pela sua prosperidade, requereram e obtiveram da Assembleia Provincial que a povoação de Alambari fosse elevada à categoria de Freguesia, pela Lei n°. 7 de 12 de Abril de 1861 que a elevou também a categoria de Paróquia.
O mato de Alambari, outrora existente nas proximidades da Vila, denominou-se durante muitos anos, Mato das Pederneiras, devi
do à grande quantidade de pedra de fogo que era retirada das rochas ali existentes, o que deu motivo a que as pessoas pobres para ali afluíssem, entregando-se à sua extração.
A qualidade das pedras existentes na área da então Freguesia impulsionou o comércio e a indústria alambariense, pois havia grande demanda pelo produto. Essa industria, denominada, DAS PEDERNEIRAS, existiu, ao que parece, por longo tempo. Há registro da extração das pedras no começo do século XIX. Essa indústria, outrora florescente, foi decaindo, aos poucos, devido ao aparecimento do fósforo.
Alambari também foi por dezenas de anos um dos mais importantes centros produtores do município de Itapetininga. A lavoura, propriamente dita, consistia, na cultura, em grande escala, de algodão, café, cana de açúcar, cereais, legumes, mandioca, fumo, etc.
Alambari fica situado no Sul do Estado, cerca de 156 quilômetros da Capital Paulista, sendo as principais vias de acesso a Rodovia Raposo Tavares – SP-270, Rodovia Humberto Pellegrini – SP-268 e Rodovia Antônio Romano Schincariol – SP-127. Sua população estimada é de 5.000 habitantes, sendo 66% residentes na área urbana e 34% na área rural. A área territorial pertencente à Alambari é de 159 km².
O padroeiro do município é o Senhor Bom Jesus, cuja comemoração é realizada no dia 6 de agosto.
Segundo dados do IBGE, Alambari possui a maior produção de leite de búfala do estado, com 1,07 milhões de litros de leite produzidos em 2006, e a 3ª maior do Brasil, atrás apenas de Autazes (AM) e Almeirim (PA).
site da PM local.


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