No dia 30 de agosto de 1885, ocorreu uma greve na cidade de Itu/SP.
Tratava-se dos donos de carros de praça que, devido a publicação de um edital que tabelava os preços dos carros de aluguel, resolveram paralisar suas atividades.
A tabela de preços foi outorgada pelo então delegado de polícia da cidade, Dr. Joaquim Feliciano de Almeida e, além disso, impunha uma série de normas obrigatórias aos condutores dos antigos taxis (para utilizarmos aqui, uma terminologia contemporânea).
Entre as normas, uma que ordenava os cocheiros a andarem decentemente vestidos, calçados e com chapéus, além da pontualidade.
Guiarem com cuidado e não maltratarem os animais, sob pena de multa de 5$000 (cinco mil réis) a 10$000 (dez mil réis), conforme a infração.
A greve durou seis dias e foi pacífica.
Só teve fim quando o delegado aumentou em 500 réis os preços do tabelamento.
Também flexibilizou as normas referentes ao vestuário, permitindo que o calçado poderia ser substituído por chinelos e o chapéu por uma carapuça.
Nessa época, havia em Itu cinco carros de aluguel e três trolles, pertencentes a Nhô Dorico, Nhô Gica Dias, Mimi Balduíno e Juquinha de Assis.
Fonte: NARDY FILHO, Francisco. "A Cidade de Itu". Itu: Ottoni Editora, 2ª edição, vol. 04, 2000.
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