sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

PERSONAGENS FAMOSAS DE SANTOS:


Bartolomeu Lourenço de Gusmão
Cientista e pregador, nasceu em Santos no ano de 1685. Doutorou-se em Direito Canônico em Coimbra, Portugal. 
Foi ele quem inventou o aeróstato e ficou por isso conhecido como "o padre voador". 
Fez demonstração pública de seu invento perante a corte e o povo português, em 1709, tornando-se o precursor da aviação. A ignorância e a superstição do povo obrigaram-no a se exilar na Espanha. 
Morreu em Toledo no ano de 1724.

Alexandre Gusmão
Estadista e diplomata, nasceu em Santos no ano de 1695. Doutor em Direito pela Universidade de Paris, foi diplomata pela Corte de Lisboa e secretário do rei Dom João V. 
Escreveu textos políticos, poemas e o romance "Aventuras de Diófanes". 
Morreu em Lisboa em 1753.

Visconde de São Leopoldo
José Feliciano Fernandes Pinheiro, considerado um dos homens mais ilustres do Brasil, nasceu em Santos a 9 de maio de 1774, e nesta cidade fez seus primeiros estudos com os mestres frei Gaspar da Madre de Deus, padre Xavier Pinheiro e José Luis de Melo. 
Doutorou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em Portugal.
De volta ao Brasil, iniciou sua carreira pública: juiz da Alfândega de Porto Alegre; auditor geral das Tropas do Exército; membro da Comissão de Limites do Brasil; grande figura da Independência ao lado dos Andradas; deputado às Cortes Constituintes de Lisboa; deputado à Constituinte Brasileira; ministro do imperador D. Pedro I; senador do Império; criador e fundador do Instituto Histórico e Geográfico; conselheiro de D. Pedro II; presidente da Província do Rio Grande do Sul; fundador da cidade de São Leopoldo/RS; escritor e historiador; instituidor da Imprensa no Sul do País.
São inúmeros os seus trabalhos que marcaram o I e o II Império, mas, de todos o mais importante foi a criação dos Cursos Jurídicos no Brasil. 
Morreu em Porto Alegre, a 6 de julho de 1847, segundo registrou o Barão do Rio Branco.
Uma placa com a sua efígie assinala o local onde existiu a casa do seu nascimento, na esquina da Rua XV de Novembro com a Praça dos Andradas: "Dr. José Feliciano Fernandes Pinheiro (Visconde de São Leopoldo). Nasceu em Santos a 9 de Maio de 1774. Falleceu em Porto Alegre a 6 de Janeiro de 1847. Creou os Cursos Jurídicos no Brasil a 11 de Agosto de 1827".

José Bonifácio
Desde que retornara da Europa o ilustre santista José Bonifácio se chocara e escandalizara com a sociedade de senhores e escravos que encontrara em Santos: "inumana, injusta, imoral, corrompida e corruptora", que se degradava e degradava o Brasil. Convencido da necessidade urgente de acabar com a chaga social da escravatura, no início de 1820 ele liberta os escravos da Chácara do Outeirinhos, de sua propriedade, onde pretende provar que se pode trabalhar a terra e lucrar sem escravos e senzalas. Nos dois anos seguintes toda a sua energia se voltou para a luta pela Independência, mas quando esta se concretizou, ele voltou para seus ideais abolicionistas. Logo após a Independência, em fins de 1822, ele escreve a Caldeira Brant, em Londres, solicitando-lhe a convocação de trabalhadores rurais ingleses que quisessem se estabelecer no Brasil. José Bonifácio pretendia com isso criar um exemplo prático que convencesse seus compatriotas de que o trabalho livre era muito mais produtivo e lucrativo que o escravo. Em janeiro de 1823 embarcam os primeiros 50 trabalhadores ingleses rumo ao Brasil.
A suas atitudes como cidadão, Bonifácio soma um ato político: entrega à Assembleia Constituinte da qual fazia parte, para consideração, a sua famosa "Representação sobre a Escravatura", a primeira manifestação pública a favor da abolição. O documento, de raciocínio lúcido e palavras sábias, revela toda a miséria social produzida pela escravidão até então e todo o atraso que ainda poderia produzir ao novo país que se formava, sugerindo os meios para extingui-la sem causar qualquer choque na economia. Infelizmente, a Representação de Bonifácio bate de frente com a barreira do sistema político e dos interesses em jogo e, com exceção dos Deputados paulistas, todos o repudiam violentamente. Pouco depois se dá a dissolução da Assembleia Constituinte e a deportação dos irmãos Andradas a mando do Imperador. A Representação sobre a Escravatura, apesar de ser um verdadeiro monumento de civilização, contribuiu de forma decisiva para a decadência política de José Bonifácio.
A Representação de Bonifácio, apesar de não encontrar eco no meio político, foi uma boa semente no campo fértil de sua terra natal. O santista José Feliciano Fernandes Pinheiro dá liberdade a 300 escravos do Núcleo Colonial de S. Leopoldo, no Rio Grande do Sul, pertencente ao governo. No interior de São Paulo, Nicolau Vergueiro, português naturalizado, é o primeiro a importar trabalhadores livres para a agricultura no Brasil, criando uma sociedade de imigração e colonização. Em 1827 chegam os primeiros colonos alemães e, em 1829, se forma a Colônia Santo Amaro, perto da capital. Era o abolicionismo pacífico pregado por Bonifácio e que acabaria por tornar São Paulo a primeira e mais rica Província do Brasil. 

José Martins Fontes
Conhecido pela população santista como Zezinho Fontes, o poeta parnasiano José Martins Fontes nasceu em Santos, no dia 23 de junho de 1884, da união entre o médico Silvério Martins Fontes e Isabel Martins Fontes.
Martins Fontes começou a escrever muito cedo e, aos oito anos de idade, teve seus versos publicados em um jornal manuscrito, chamado A Metralhadora.
Aos 16 anos, ele lê uma composição de sua autoria na inauguração do monumento levantado, próximo à biquinha, em São Vicente, na comemoração ao 4º centenário do Descobrimento do Brasil. Seu primeiro livro de poesia, Verão, foi publicado em 1917.
Martins Fontes estudou nos melhores colégios de Santos e Jacareí, até transferir-se para o Rio de Janeiro. Lá, doutorou-se em Medicina, em 1906, e conviveu com poetas como Olavo Bilac e Coelho Netto. Em 1910, foi auxiliar de Oswaldo Cruz na campanha de saneamento do Rio de Janeiro. Em 1914, mudou-se para Paris (França) e lá fundou, com Olavo Bilac, uma Agência Americana para serviços de propaganda dos produtos brasileiros na Europa e em outros países.
Martins Fontes morreu aos 53 anos, em Santos. Seu corpo está sepultado no Cemitério do Paquetá e seu túmulo é um dos mais visitados pela população santista.


José Roberto Torero
José Roberto Torero nasceu em Santos, em 1963. 
É formado em Letras e Jornalismo pela USP e em Cinema pela ECA. 
É autor de treze livros , como "O Chalaça", escreveu roteiros para cinema , como "Pequeno Dicionário Amoroso" de Sandra Werneck e para tevê "Retrato Falado". 
Dirigiu 5 curta-metragens, entre eles "Amor !", "A alma do negócio" e "Nunc et semper", em 2004 dirigiu seu primeiro longa: "Como Fazer um Filme de Amor". 
 
In Dr. Pintassilgo.

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