A ponte de Ligiana
Pouco além da estação havia uma ponte. Trabalho notável da nossa engenharia. No valor de 800 contos. Atravessando certo trecho do Paranapanema. Havia, disse eu. Já não há. Foi posta abaixo, a dinamite, algum tempo depois. A fim de que o inimigo dela não se utilizasse. Foi uma pena. Teremos nós, os paulistas, de mandar construir outra. Com o nosso rico dinheiro. Gastando quase mil contos de réis.
A destruição da ponte de Ligiana, ordenada, ao que dizem, pelo tenente Adauto, é um caso que não está ainda devidamente esclarecido. Não disponho infelizmente de dados seguros que me autorizem a formular uma acusação. No entretanto, se é verídico o quanto escutei a respeito, teria se precipitado aquele militar, pois as forças adversas, sob o comando supremo do general Valdomiro Castilho de Lima, ainda permaneciam em Faxina. A algumas centenas de quilômetros distantes. E não havia, portanto, a menor necessidade de fazer a ponte voar pelos ares.
Em Buri, que o inimigo ardentemente desejava tomar, tínhamos tropas regulares. Que se batiam com denodo defendendo essa posição. Essencialmente estratégica pela sua configuração topográfica. Buri, então, ainda nos pertencia. Victorino Carmillo era inteiramente nosso. Aracassú, também. Para a retaguarda, tínhamos Ligiana. Depois Engenheiro Hermillo. E depois Itapetininga. Onde estava instalado o Q.G. do coronel Brasílio Taborda, comandante do setor Sul.
Nessas circunstâncias, por que motivos ocultos foi destruída a ponte de Ligiana?...
Para que o leitor se capacite de que esse fato encerra profundo mistério, basta acentuar que Ligiana, até os últimos dias da revolução, nos pertencia. As forças inimigas somente a ocuparam depois de havermos recebido ordem de retirada para Engenheiro Hermillo. Abandonando, portanto, a referida posição. Onde, mais tarde, a 2ª Cia. do 7º, entrincheirada, manteve-se heroicamente, sob contínuos e cerrados tiroteios. Durante quase um mês.
Em face dessa situação, a pergunta continua de pé: - por que razão foi destruída a ponte de Ligiana? Que nos responda quem puder...
Pouco além da estação havia uma ponte. Trabalho notável da nossa engenharia. No valor de 800 contos. Atravessando certo trecho do Paranapanema. Havia, disse eu. Já não há. Foi posta abaixo, a dinamite, algum tempo depois. A fim de que o inimigo dela não se utilizasse. Foi uma pena. Teremos nós, os paulistas, de mandar construir outra. Com o nosso rico dinheiro. Gastando quase mil contos de réis.
A destruição da ponte de Ligiana, ordenada, ao que dizem, pelo tenente Adauto, é um caso que não está ainda devidamente esclarecido. Não disponho infelizmente de dados seguros que me autorizem a formular uma acusação. No entretanto, se é verídico o quanto escutei a respeito, teria se precipitado aquele militar, pois as forças adversas, sob o comando supremo do general Valdomiro Castilho de Lima, ainda permaneciam em Faxina. A algumas centenas de quilômetros distantes. E não havia, portanto, a menor necessidade de fazer a ponte voar pelos ares.
Em Buri, que o inimigo ardentemente desejava tomar, tínhamos tropas regulares. Que se batiam com denodo defendendo essa posição. Essencialmente estratégica pela sua configuração topográfica. Buri, então, ainda nos pertencia. Victorino Carmillo era inteiramente nosso. Aracassú, também. Para a retaguarda, tínhamos Ligiana. Depois Engenheiro Hermillo. E depois Itapetininga. Onde estava instalado o Q.G. do coronel Brasílio Taborda, comandante do setor Sul.
Nessas circunstâncias, por que motivos ocultos foi destruída a ponte de Ligiana?...
Para que o leitor se capacite de que esse fato encerra profundo mistério, basta acentuar que Ligiana, até os últimos dias da revolução, nos pertencia. As forças inimigas somente a ocuparam depois de havermos recebido ordem de retirada para Engenheiro Hermillo. Abandonando, portanto, a referida posição. Onde, mais tarde, a 2ª Cia. do 7º, entrincheirada, manteve-se heroicamente, sob contínuos e cerrados tiroteios. Durante quase um mês.
Em face dessa situação, a pergunta continua de pé: - por que razão foi destruída a ponte de Ligiana? Que nos responda quem puder...
Fonte: a mesma da postagem anterior
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