terça-feira, 16 de maio de 2017

QUEM COMPROU ESTE CASTELINHO EM JABOTICABAL?

IZILDA REIS - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO EM 23/02/2014.
Um castelo de 460 m² construído nos anos 70, de 23 cômodos e fama de mal assombrado, está à venda em Jaboticabal (342 km de São Paulo), na região de Ribeirão Preto.
Erguido pelo padre Antônio Ramalho, o Antoninho, 82, o Castelo Tabor é inspirado em residências europeias fortificadas da Idade Média e tem calabouço e masmorra –com ausência de luz natural e grades–, entre outros detalhes.
A porta principal em madeira, com maçaneta de aço, dá acesso ao salão. 
A pouca luz não impede que sejam vistos detalhes como quadros com imagens de santos e papas, móveis entalhados em madeira, sino e correntes.
Edson Silva/Folhapress 










Os cômodos são pequenos. 
Com exceção do salão, de 40 m², os demais têm em média 12 m²: biblioteca, capela, salas de visita e de jantar.
Uma escada estreita leva ao piso superior, onde uma grade maciça isola o andar.
No último piso ficam as muralhas de blocos retangulares alternados, com visão de 360º da cidade e do quintal, numa área de 1.700 m² ao lado de um dos principais acessos a Jaboticabal.
"Vale três vezes mais [que os R$ 460 mil pedidos]. 
O alicerce é feito em pedra e argila para durar séculos. Mas a família tem pressa [em vender]", disse o corretor imobiliário Gustavo Caroni.
As duas herdeiras, sobrinhas do padre, querem usar o dinheiro para comprar uma casa para cada uma.
Antoninho foi pároco na cidade e hoje mora com uma irmã em Taiaçú, vizinha a Jaboticabal. Com Alzheimer, ele está debilitado e já não fala.
Sueli Ramalho, 50, uma das herdeiras, disse que, apesar dos detalhes, o castelo está incompleto.
"Falta adega, salão de jogos e lago. É muito caro manter. Meu tio usou tudo que ganhou na vida para construir e, mesmo assim, não conseguiu acabar."
Segundo ela, moradores criaram lendas urbanas envolvendo o castelo.
"À noite é muito escuro e tem quem jure que é assombrado, que já viram coisas voando sobre o castelo. Não há fantasmas."

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