segunda-feira, 22 de maio de 2017

OURINHOS, QUE SE CHAMAVA JACAREZINHO.



Denominação Anterior: Jacarezinho.

Fundadores: Heráclito Sandano, Francisco Lourenço, Manuel Soutelo, Abuássali Abujamra, Benedito Ferreira, Asgeli Chistoni, José Felipe Amaral, Isordino Cunha, Benício José do Espírito Santo, Odilon Chaves, Jacinto Ferreira de Sá, Francisco Príncipe, João Neder, Domingos Garcia, Bento Pereira, Joaquim Gil de Carvalho.
Data da Fundação: Ano de 1906.
Em fins do século XIX as monoculturas de café e algodão atingiram os sertões junto ao Rio Paranapanema. Nessa época teve início a imigração Italiana que rapidamente povoou a região. Isso levou Jacinto Ferreira de Sá a adquirir de Escolástica Michert da Fonseca, grande propriedade de terras, tendo loteado a parte central e doado terras para construção de um grupo escolar, sede de administração e um templo metodista.
Em 1906 teve início o povoamento com pequeno número de casas. Os primeiros moradores da cidade foram os srs: Heráclito Sândano, Francisco Lourenço, Manoel Soutello, Abuassali Abujamra, Benedito Ferreira, Ângelo Christoni, José Felipe do Amaral, Isordino Cunha, José Fernandes Grillo e Odilon Chaves.
Dois anos depois, o progresso foi acentuado quando a Estrada de Ferro Sorocabana inaugurou uma parada, depois transformada em estação. Nessa época, a parada servia de baldeação aos passageiros com destino ao patrimônio vizinho de Ourinhos (atual Jacarezinho-PR). Dessa forma ao embarcarem em outros centros para o povoado Paulista, diziam que iam para “Ourinhos”, muito embora fosse parada intermediária. Por haver apresentado maior progresso que o patrimônio Paranaense, o nome Ourinhos foi dado ao povoado Paulista. 

Origem do nome

Um velho mapa de 1908 mostra a cidade de Ourinho (no singular), no Paraná, no lugar da atual Jacarezinho. Não é obra anônima ou de amador. Editado pela seção cartográfica do Estabelecimento Graphico Weiszflog Irmãos, de São Paulo, foi incluído como o Mappa da Viação Férrea de São Paulo mostrando a zona tributária da Sorocabana Railway Company no relatório da ferrovia. O mapa ainda não registra a existência de Ourinhos. Existe apenas o pontilhado vermelho indicando o trecho da estrada de ferro em construção entre Ipauçu e Salto Grande. O começo do nosso começo.
Apesar do trabalho detalhado dos irmãos Weszflog, há um falso mistério e algumas polêmicas entre historiadores municipais em torno desses nomes. 
Na realidade, a Ourinho paranaense foi também Nova Alcântara por escolha do seu fundador, o mineiro Antonio Alcântara da Fonseca, que se fixou naquelas terras em 1888. Jacarezinho era um distrito policial do município de Tomazina. Todas elas, pequenas e perdidas povoações. 
Jacarezinho é, originalmente, o nome de um rio e Ourinho, o de um riacho que vai dar o ribeirão Fartura, afluente do Paranapanema. Movia então a roda d'água da serraria de João Frutuoso de Melo Coelho, por volta de 1896. 
Em 1926 foi represado para servir de piscina pública. Hoje está canalizado na parte central da cidade.
Entre tantas denominações, o patrimônio de Nova Alcântara, ou Ourinho correu o risco de se chamar Costina, em homenagem ao fazendeiro e político Antonio José da Costa Junior, que recusou a discutível honraria. Sua fazenda, aliás, chamava-se Ourinhos e, atravessando o Paranapanema, chegava até o lugar conhecido como Água do Jacu, atual bairro rural ourinhense. Nunca se estudou o fato, mas há a possibilidade de a fazenda ter ajudado a determinar o nome da cidade de Ourinhos.
Finalmente, a lei estadual 352, de 2 de abril de 1900, estabeleceu que Nova Alcântara (ou Ourinho) e o distrito policial de Jacarezinho fossem levados a termo (criação do judiciário) de Jacarezinho, nomeado juiz e adjunto de promotor. A Lei 525, de 9 de março de 1904, criou a comarca de Jacarezinho. Deixava de existir a Ourinho paranaense, ainda que os mapas seguissem por algum tempo a antiga denominação. 
Os trilhos da Sorocabana oficializaram por sua vez a Ourinhos paulista, que herdou o nome por tradição oral. Estava no caminho daquela outra, a do Paraná, e da fazenda de Costa Junior. 
É a hipótese mais viável.

Extraído do livro: "Ourinhos, memórias de uma cidade paulista" - Jefferson Del Rios

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