segunda-feira, 23 de outubro de 2017

SOROCABA E SEUS PONTOS HISTÓRICOS

Mosteiro de São Bento



A Capela em louvor à Nossa Senhora da Ponte, iniciada em 1654 pelo Bandeirante Baltazar Fernandes e ao redor da qual formou-se o povoado. Faz parte do conjunto denominado Mosteiro de São Bento, cuja a construção em taipa, de paredes irregulares, já atravessou várias gerações e se traduz em marco importante da história. 
A capela com altar trabalhado em ouro, guarda os despojos do fundador da cidade.

Catedral


Construída há 200 anos, a Igreja Catedral de Sorocaba tem notável arquitetura.
Sua nave principal possui a imagem da padroeira da cidade, em estilo barroco de 1771. No interior pinturas de Ernesto Tomazzini (1930) e de Bruno Giusti (1949).
O gigantesco sino, instalado em sua torre, foi fundido em Sorocaba (1940), pelos irmãos Samassa, que utilizaram 50 quilos de ouro visando a qualidade sonora. 
Por vários anos ficou mudo, uma vez que seu toque abalava a estrutura da torre, a qual mereceu reforços.

Museu Histórico Sorocabano


Instalado na casa que pertenceu a Domitila de Castro, a "Marquesa de Santos", é um raro exemplar arquitetônico, reportando as tendências de 1780. 
Reúne escritos e objetos raros da história e da pré-história de Sorocaba. 
Desde de junho de 1986, a casa, bem como parte do seu acervo, vem merecendo minuciosa restauração pela equipe de manutenção da Secretaria de Educação e Cultura do Município, sob a orientação do CONDEPHISO - Conselho de Defesa do Patrimônio de Sorocaba.

Estação de ferro de Sorocaba



A estação de Sorocaba era o ponto final da linha original da Sorocabana, que não por acaso tem esse nome: a idéia original dos donos era ligar Sorocaba a São Paulo pelo caminho mais curto.
Em 1876, a linha já se estendia até Villeta (George Oetterer), e foi seguidamente sendo prolongada até atingir, em 1922, o rio Paraná, em Presidente Epitácio. Inicialmente sede das oficinas da linha, estas foram, em 1903, transferidas para a estação de Mairinque. Em 1929, o prédio original foi reformado e transformou-se no atual, tornando-se um dos maiores edifícios de toda a linha. Ainda funcionou como uma estação tradicional, vendendo bilhetes, embarcando e desembarcando passageiros até a entrada de operação da Ferroban, no final de 1998.
Da estação de Sorocaba sai a E. F. Votorantim, pertencente originalmente à Votorantim e hoje operada pela Ferroban. Embora o trem de passageiros da linha-tronco tenha sido desativado em 16/01/1999, Sorocaba continuou embarcando os passageiros da linha Sorocaba-Apiaí, que seguia pelo antigo ramal de Itararé, até 01/03/2001, quando esse trem também foi suprimido. O pátio e a estação estiveram abandonados e ameaçados até de demolição. 
No final de 2005, a Prefeitura de Sorocaba conseguiu negociar com a RFFSA a compra e a posse provisória da estação para ser restaurada, mas o abandono prossegue.


Marco da Revolução Liberal


Em 1842, a Câmara Municipal, a Guarda Nacional e o povo se revoltaram contra as decisões do Governo de D. Pedro II e elegeram Raphael Tobias de Aguiar como Presidente da Província. 
Tobias marchou para São Paulo com mil soldados, mas Caxias entrou na ponte do rio Sorocaba, sem derramamento de sangue. Dizem as placas:

1 - "Neste Largo, na manhã do dia 17 de maio de 1842, sob a chefia de Rafael Tobias de Aguiar, o povo sorocabano proclamou a Revolução Liberal em defesa dos ideais de liberdade na pátria brasileira".
2 - "Paulistas! Os fidelíssimos sorocabanos vendo o estado de coação a que se acha reduzido o nosso Augusto Imperador D. Pedro II, por esta oligarquia sedenta de mando, de riqueza, acabam de levantar a voz, elegendo-se Presidente Interino da Província, para debelar essa hidra de trinta cabeças, que por mais de uma vez tem levado o país à borda do abismo..." (da proclamação de Tobias de Aguiar à Província).

Obelisco do Fórum


Este monumento foi erguido em homenagem aos pracinhas que participaram da 2ª Guerra Mundial.
Situa-se na Praça Frei Barauna, no centro da cidade, conhecida também como Praça do Fórum Velho, pois logo atrás do Obelisco, está o belíssimo edifício da Casa da Cultura, onde por longos anos funcionou o Fórum de Sorocaba.
Diz a placa: "Associação dos Ex-Combatentes do Brasil - Secção de Sorocaba. À Pátria tudo se dá e nada se pede. Heróis que Sorocaba enviou aos campos de batalha da Itália, durante a 2ª Guerra Mundial: 1944 - 1945".


Monumento a Baltazar Fernandes


Inaugurado em 15 de agosto de 1954, por doação da colônia espanhola. 
Moldado em gesso e fundido em bronze pelo escultor Ernesto Biancalana.
Baseado no estudo de Ettore Marangoni "Elevação de Sorocaba à categoria de Vila em 1661" em exposição no Museu Histórico Sorocabano.
Baltazar Fernandes era filho do fidalgo português Manoel Fernandes Ramos ou Morão e de Suzana Dias, filha do português Lopo Dias.
Baltazar Fernandes nasceu aproximadamente em 1580, numa fazenda onde hoje é o Parque Ibirapuera, em São Paulo. 
Em 1654, já octogenário, foi para Sorocaba, onde fixou residência. 
Faleceu aproximadamente em 1667 e seu corpo foi sepultado junto ao altar principal da sua capela, hoje Igreja de Sant' Ana, do Mosteiro de São Bento.

Monumento ao Tropeiro

O tropeiro (condutor das tropas de muares que eram negociadas nas feiras junto à ponte do rio Sorocaba) construiu com sua atividade um dos principais ciclos da História de Sorocaba, que dele guarda inúmeras tradições.


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