terça-feira, 19 de dezembro de 2017

HISTÓRIA DE GUAIÇARA, CIDADE BERÇO DAS PLANTAS






















13 de Dezembro é comemorado o aniversario de Guaiçara. Hoje, a cidade abriga cerca de 9500 moradores e é muito conhecida na região pelo seu verde e pela sua tradicional Festa de São João Batista. Entretanto, para que Guaiçara chegasse a ser um município foi necessário muito esforço de seus antigos moradores, cujas histórias nunca devem ser esquecidas.

Por volta do ano de 1919, Guaiçara dava seus primeiros passos dentro do Brasil, movida pela Estrada de Ferro Noroeste. Foi nesse ano que Elias Gonçalves Salvador comprou um sitio, situado a margem direita dos trilhos da ferrovias (sentido Bauru - Araçatuba). 
Em suas terras, começaram a chegar trabalhadores para cortar lenha para estrada de ferro e para extrair madeira para construção de casas. 
No inicio de 1920, Elias Gonçalves Salvador resolveu lotear seu sitito e o local foi tomando aspecto de povoado. Assim, foi fundado um núcleo com características urbanas, conhecido como Patrimônio Salvador.

Já era final de 1920, quando chegou em Guaiçara Antonio Francisco do Santos Jr. 
O descendente de portugueses comprou 100 alqueires de terras localizados ao lado esquerdo da ferrovia. Depois, adquiriu mais terras ao lado direito e resolveu lotear parte de suas propriedades. Devido as facilidades de compra oferecidas, rapidamente os lotes foram vendidos.
O novo loteamento também foi ganhando características urbanas e foi chamado de Guaiçara, devido a grande quantidade de árvores com esse nome existente no local. 
A primeira construção do novo loteamento foi feita por Guerino. Construiu também uma casa comercial hoje o bar Roberto Pavoni. Ao seu lado, instalou-se a primeira Farmacia, em 1922. Nessa época, ocorreu ainda a introdução da colônia japonesa no povoado. 
O crescente desenvolvimento do povoado propiciou que, no dia 13 de dezembro de 1922, fosse criado um distrito de paz de Guaiçara, incorporado ao município de Lins. 
Foi o resultado de um movimento encabeçado por Antonio Francisco e mais um grupo de cidadãos. 
A região vivia uma época de intensa movimentação. Muitas famílias em busca de melhores condições de vida, estabeleciam-se em Guaiçara. 

O futuro parecia guardar um grande progresso para o município. 

A abundância de matas era uma marca do distrito. Aproveitando-se disso, Almeida Porto e Cia construiu uma grande serraria na região. 

Algum tempo depois, a seleção de Artefatos de madeira "Brasselva" tomou o lugar da antiga firma. Eram empregadas, aproximadamente, 60 pessoas. 

O cultivo de café e arroz também trouxe grandes benefícios para Guaiçara. Foi gracas ao grande número de pessoas que vieram trabalhar nessas lavouras que o distrito pode crescer e seu comércio se desenvolver.
O tempo foi passando e Guaiçara foi ganhando a admiração de seus moradores. 
Por volta do ano de 1952, Fausto Longo Batista Pereira, Vergilio Zannoto, Antonio Silveira, Roque Real, Gondo Takei e Oswaldo Cruz chefiaram um grupo de Guaiçarenses que lutou pela emancipação do distrito. 
Foram batalhas judiciarias muito difíceis. As autoridades de Lins acionavam os políticos tentando impedir o desmembramento do distrito. 
Guaiçara precisava demonstrar um valor maior em sua arrecadação. 
Uma das soluções foi incentivar a população a comprar terrenos no cemitério. 
Adão Afonso Costa foi um dos maiores colaboradores nessa fase, emprestando o dinheiro para que os moradores pudessem adquirir os lotes. 

A comissão partia para São Paulo constantemente, a fim de ganhar mais simpatizantes entres os deputados. 

Finalmente, no dia 13 de dezembro de 1953, foi aprovado pela Assembléia Legislativa o projeto que determinava a realização de plebiscito de consulta a população. 

Os leitores deveriam se manifestar favoráveis ou contrários a emancipação. 

O resultado não poderia ser diferente: sim. 

Na Assembléia, a votação resultou em um empate, mas o Presidente de Assembléia deu o voto de minerva a favor da emancipação. 

O céu de Guaiçara ficou ainda mais claro devido aos fogos soltados por seus moradores. 

O sonho virava realidade Guaiçara se tornava um município. A partir de sua autonomia política, a própria população de Guaiçara pode tomar conta de seu destino. 

Fausto Longo Batista Pereira foi o primeiro Prefeito de Guaiçara. Seu mandato foi iniciado no ano de 1955. 

Em 1959, foi a vez de Martiniano Cruz ocupar o cargo. 

Depois vieram outros prefeitos: Martiniano Azevedo Bittencourt, Heraldo Luiz Duarte, Massao Kawahara, Geraldo Silva, Geraldo Bittencourt Leão e José Monteiro 


Fonte: Jornal Palavra Livre - 12 de Dezembro de 2000

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