ONTEM, DUARTINA CHEGOU AOS 91 ANOS DE VIDA

A ORIGEM

O povoamento da região é muito anterior à fundação de Duartina, principalmente voltado para a agricultura, em decorrência da fertilidade dos solos. O primitivo núcleo do Patrimônio de Santa Luzia era pertencente ao município de Piratininga.

FUNDAÇÃO DO POVOADO

Muito antes de chegar à estrada de ferro, a fertilidade de nossas terras havia atraído considerável número de desbravadores que se estabeleceram onde hoje, se situa a sede do município de Duartina.

A fundação do núcleo humano é atribuída a Theodósio Lopes Pedroso, que em 13 de dezembro de 1920, instituiu o POVOADO DE SANTA LUZIA, fazendo, em seguida, doação do mesmo ao município de Piratininga. 

CRIAÇÃO DO DISTRITO

Em de 16 de dezembro de 1922, através do Decreto Lei Estadual nº 1893, o povoado foi elevado à categoria de Distrito de Paz, com a denominação de Santa Luzia do Serrote, abrangendo o Distrito Policial de Gralha.

CRIAÇÃO E EMANCIPAÇÃO DO MUNICÍPIO

Em 11 de dezembro de 1926, através do Decreto Lei Estadual nº 2151, o Distrito foi elevado à categoria de Município, com a denominação de DUARTINA, homenagem ao então Bispo de Botucatu, DOM CARLOS DUARTE DA COSTA. Desmembrado do município de Piratininga, sua instalação verificou se em 19 de maio de 1927. Em 30 de dezembro de 1955, através do Decreto Lei nº 2456, passou à categoria de COMARCA, e em 26 de janeiro de 1956, ocorreu a sua instalação. O aniversário de Duartina é comemorado em 11 de dezembro, e o da Padroeira do município, Santa Luzia,em 13 de dezembro. O primeiro prefeito da cidade foi o Dr. José Afonso de Carvalho Filho, que administrou a cidade de 1927 a 1928. Além do primeiro prefeito, também são figuras ilustres do município: Expedicionário Antônio Aparecido - voluntário duartinense da 2ª. Guerra Mundial, morto em combate. Monsenhor Jorge Antônio Martinelli - Pároco da Igreja de Santa Luzia, por mais de 40 anos- Benedito Gebara - Notório prefeito de Duartina.

O PROLONGAMENTO DA FERROVIA

O chamado tronco Oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até o rio Paraná, foi constituído em 1941, a partir da retificação das linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú (originalmente construído pela Cia. Rio-clarense, e depois por pouco tempo de propriedade da Rio Claro Railway, que foi comprada pela Paulista em 1892), de Agudos e de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã, foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976, já com a linha soba administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado, suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998, operados pela FERROBAN, seguiram trafegando pela linha precariamente até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos.

A ESTAÇÃO DE DUARTINA 

O nome original da localidade era Santa Luzia, e o nome de Duartina, foi dado para seguir uma ordem alfabética utilizada então pela Estrada de Ferro Paulista, e também como homenagem ao Bispo Duarte. Foi inaugurada em 1925, ainda no ramal de Agudos. A partir de 1941, passou a fazer parte do tronco oeste. Seguiu em atividade até 01de maio de 1976, com a substituição do trecho Bauru-Garça pela variante atual, mais curta e que corre mais ao norte. Nos anos de 1990, foi demolida pela prefeitura, depois de ter servido como estação rodoviária, e, no seu lugar, construído uma rotatória, porque interrompia a passagem da rua para a nova Estação Rodoviária. Atualmente, o armazém passou por algumas reformas, e abriga uma empresa da cidade.

ROTEIROS TURÍSTICOS

ECO PARQUE CIRO SIMÃO – É um amplo complexo turístico com vista privilegiada da paisagem, moldada pelo grande espelho d’água e pelo Bosque dos Ipês, que convidam para um passeio relaxante, em meio a mais de 2.500 pés de Ipês de todas as cores. Possui ampla área de lazer com pista de caminhada, pesca permitida, playground, quadras poliesportivas, quiosques de alimentação, espaço para realização de eventos e palco para shows, pista de aeromodelismo e motocross.

PRAÇA MONSENHOR ANTONIO MARTINELLI – recebeu esse nome em homenagem ao senhor Monsenhor Antônio Martinelli, que dedicou a vida sacerdotal à comunidade duartinense, foram 43 anos de trabalho. Ele veio para Duartina em 12de julho de 1941 e faleceu em 28 de maio de 1985, sendo que em dezembro do mesmo ano a Praça da Igreja recebeu seu nome. Seus restos mortais encontram se no cemitério da cidade.

PRAÇA EMBAIXADOR PEDRO DE TOLEDO - recebeu esse nome em homenagem ao Embaixador Pedro de Toledo, que foi advogado, diplomata (embaixador no Brasil na Itália e Argentina) político brasileiro, participou como comandante civil da Revolução Constitucionalista em 1932, quando foi nomeado o quarto Interventor Federal a ocupar o Governo do Estado de São Paulo, mas em 1934 foi deposto e exilado, quando a praça recebeu seu nome.

IGREJA MATRIZ DE SANTA LUZIA – foi fundada em 26 de abril de 1925, pela Diocese de Botucatu, onde hoje existe a Igreja, existia, antes do incêndio, uma capela de madeira. A Padroeira da cidade é Santa Luzia – Protetora dos olhos. Os bancos utilizados na Igreja vieram de Portugal assim como à imagem de Santa Luzia, feita de madeira, que foi trazida antes da construção da Igreja de Duartina. 

CASA DO ARTESÃO – Inaugurada em janeiro, e composta por uma Associação de Artesãos, a casa do artesão é voltada para o desenvolvimento do artesanato local, geração de renda, e procura criar uma identidade do município através de suas obras.

MUSEU HISTÓRICO MUNICIPAL

O museu Histórico Municipal foi criado pela Lei 1549, de 23 de agosto de 1999, e foi fundado no dia 12 de dezembro do mesmo ano. O museu de Duartina é temático, e conta a história do município, desde a época em que a cidade ainda era Patrimônio. No Museu podemos encontrar varias salas temáticas, com elementos e curiosidades da época. Hoje o acervo do Museu é composto de 1608 peças, entre fotos e objetos. Todas as peças pertencentes ao museu foram doadas pela comunidade. Mas antes de serem expostos e fazerem parte do acervo passam por uma avaliação, documentação e catalogação. Como o Museu Histórico Municipal é um patrimônio cultural da cidade, e de todos os cidadãos duartinenses, e foi constituído através de doações de materiais históricos doados pelos munícipes, o Museu encontra-se sempre aberto a doações. Os homens construíram templos para seus deuses, fortalezas para seus soldados, palácios para seus reis, desenharam parques para suas estátuas, dedicaram praças as suas vitórias, construíram casas para suas famílias, zoológicos para seus animais raros e museus para seu patrimônio cultural. Museu é a casa dos objetos dos homens, fabricados ontem, hoje, aqui ou alhures. Nele Tempo e Espaço são abolidos. Na idade do efêmero e do consumismo, o Museu conserva para amanhã. Aí residem sua singularidade, seu papel e seu objetivo. Mas essas insubstituíveis coleções de objetos originais, bi ou tridimensionais são tão inúteis ao visitante quanto um livro nas mãos de um analfabeto, se não forem expostas de modo a serem compreendidas ou amada. Venha fazer-nos uma visita, e veja como é grande a aventura de viajar e conhecer um pouco mais da história do nosso município, pois sabemos que um povo sem história é um povo sem alma, e um povo sem alma é um povo sem cultura.

transcrito do site Memorial de Duartina