“Perto de Ibirá, pequena cidade da Araraquarense, no centro de uma grande bacia e ao lado da rodovia que conduz a Catanduva, emergem as águas das fontes hidromedicinais ali existentes.
Outrora essa bacia fora ocupada por densa floresta de jabuticabeiras que substituiu a floresta primitiva.
Durante muito tempo estas fontes permaneceram inteiramente desconhecidas dos próprios habitantes de Ibirá.
Entrementes, em época remota, pouco acima das emergências, na cabeceira do Pouso Alegre, viveu uma tribo de índios, que provavelmente se estabelecera ali levada pela abundancia de caças que eram atraídas por essas abundantes e enriquecidas águas..
No tempo da mata virgem era grande a afluência de toda a casta de animais silvestres que, no instinto próprio pela conservação da vida, procuravam certamente aquelas águas de preferência a outras para abeberarem, ou iam em busca do sal carbonatado que branquejava nas imediações das nascentes, como resíduo da evaporação dos filetes da água tão mineralizada, que afloravam por capilaridade, fenômeno este que se podia observar nas adjacências . . . “ (*)
(*) Extraído de “Separata dos arquivos de Higiene e Saúde Pública, do Estado de São Paulo – ano XI – Junho de 1946, nº 28 – Pag. 303-9
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