sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

AS PRIMEIRAS CAPELAS EM SÃO JOAQUIM DA BARRA


No início do ano de 1901, por iniciativa de Berto Cernack, pensou-se em construir uma capela, no Largo central do povoado, que em 1914 receberia o nome de Praça 7 de setembro. A sua construção começou a partir de 26 de janeiro de 1901.
Em nosso museu que desapareceu em meados da década de 90, havia um manuscrito, doado por Assuero Cardoso, com os seguintes dizeres:
- ”os abaixo assinados Membros da Comissão, vendo a grande necessidade que temos da construção de uma capela neste patrimônio, reuniram-se e, depois de discutir diversos pensamentos resolveram, por meio de lista, angariar donativos para construção da referida Capela. Contando que neste povoado cada um reconheça tão grande e generoso ato, não deixe de auxiliar com o seu óbolo para tão grande melhoramento.

São Joaquim, 26 de janeiro de 1901
Caetano Gramani 
Manoel Damásio Ribeiro
João Baptista da Silveira
Antônio Pedro Fernandes
José Marcelino da Silva
Bertho Cernack, mestre de obras
Eduardo Azambuja, secretário.

No manuscrito aparece a lista com os donativos. Muitos parentes de Assuero Cardoso contribuíram na mesma, incluindo o seu pai, o Major Cardoso. que doou a maior quantia. 
Nesse ano, vindo de Nuporanga, chegaria ao povoado o médico baiano, seu primeiro médico, que iria construir a segunda capela. 
O médico chamava-se José Esmeraldo de Oliveira, ele deu à capela o nome de Capela São José. Ela localizava-se onde hoje está o Magazine 280, na rua XV de novembro. 
A capela foi inaugurada em 15 de agosto de 1904, ao lado do prédio de esquina também construído pelo dr. Esmeraldo. 
Meu pai, Jerônimo Garcia Falleiros casou nessa capela em 1922, com Jupira Cardoso de Oliveira, neta do Major Cardoso. 
Esta capela seria demolida em 1928, quando em seu lugar foi construído um bangalô, que seria a residência do farmacêutico André Cardoso, filho caçula do Major Cardoso.
André Cardoso fora vereador e posteriormente, em 1930, ocupou a Prefeitura de nossa cidade
Mais tarde o bangalô foi adaptado para que nele residisse o prático de Farmácia, Pedro Poli, com sua Farmácia instalada na frente.
A capela foi inaugurada num dia bastante festivo, em que se comemorava a festa de São Joaquim, padroeiro da cidade, em 1904.
O doutor José Esmeraldo de Oliveira mudou-se para Franca, em 1905 e vendeu a sua casa de esquina e a capela para o Major Cardoso.
Na primeira eleição acontecida no povoado em 1903. o dr. José Esmeraldo de Oliveira foi eleito juiz de paz. 


A capela construída pelo médico Dr. José Esmeraldo de Oliveira(1) – Dr. Esmeraldo – (2)- Coronel Joaquim Lacerda Franco-(3)- Major Lindoldolfo de Carvalho- (4)- Ana Augusta Lacerda-(5)-Zenaide Junqueira irmã de (6)-Celso Torquato Junqueira-(7)-José Manuel Azevedo Marques-(8)-Dona Nenê –(9) Dr. Noronha –(10)- Dr. Antônio Torquato Junqueira.


A capela do largo da Matriz, de 1910, por ocasião do enterro da esposa do político Manoel Trindade. Na escada ao lado do sino aparece o velho Maito, sacristão na época. 


A primeira capela, na atual Praça 7 de setembro, que na época dessa foto em 1908, era conhecida como Largo da Matriz. Nessa ocasião foi erguido o cruzeiro, em frente à capela, entre duas palmeiras. Esse cruzeiro e as duas palmeiras só seriam arrancados em 3 de maio de 1927. O cruzeiro foi levado em procissão para o cemitério, onde está até hoje.


Padre Messias de Mello Tavares, padre de Nuporanga que atendeu os fiéis de São Joaquim até 1911. Ao seu lado, dona Ruth Guarany de Almeida, primeira professora da vila.
Fonte: Crônicas e fotos de São Joaquim da Barra, site administrado pelo professor Lúcio Falleiros, abaixo.



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