domingo, 13 de outubro de 2013

RECHÃ

O nome Rechã significa local de planalto. Mas, essa nomenclatura apenas ocorreu em 1907, após a ferroviária Sorocabana instalar um ramal no distrito. 
Anteriormente, conhecido como bairro do Herval, o local se desenvolveu com o fazendeiro Oscar Leonel ao lotear terrenos aos moradores que trabalhavam na carvoaria que pertencia ao Grupo Votorantim, conta o lavrador José Galdino Camargo.
Aos 75 anos de idade, nascido no Rechã, Camargo lembra de quando era criança e o local ainda era uma vila. 
- “Eram apenas 15 casas, havia um galpão de beneficiar algodão e o famoso bar da Carmela que foi assassinada”. O lavrador conta os motivos do crime: “Ela tinha o costume de chamar todos de “ladron” e um gaúcho ofendido com as palavras certa noite a matou”, relembra.
Galdino conta que, entre 1945 e 1950, as carvoarias foram responsáveis pela expansão populacional do local porque empregavam pessoas de localidades vizinhas. 
- “A partir de então, criaram pequenas vilas como: Vaca Morta, Juriti e Cesário. Nelas haviam praças de forno, local destinado à queimada de madeira para produção de carvão”, relembra.
- “Outra personalidade histórica daqui é o fazendeiro Carmen Barreti”, conta Zé Galdino. 
Ainda conforme o lavrador, o homem que era muito rico doou o terreno e o material para a comunidade construir a capela de Santo Antônio. 
- “Além disso ele trouxe da Itália dois santos de navio especialmente para a igreja e isso era muito caro para a época”, conta.
A partir dos anos 80 o Grupo Votorantim dividiu sua produção e, além de plantar eucalipto passou a plantar laranja, dando origem a antiga Citrovita, conta o vereador João Batista do Pimenta. 

Texto de Maurício Hermann, para o 
Correio de Itapetininga, edição 448.
As matérias abaixo são do site "Estações Ferroviárias do Brasil":



Estação de Rechan em 13/05/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht 

Estação de Rechan em 13/05/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht 

O armazém da estação, em 08/2002. Foto Adriano Martins

Passagem de nível junto à estação em Rechan, em 08/2002. Foto Adriano Martins.

 
A estação de Rechan, pichada e abandonada, em 08/2002. Foto de Adriano Martins.

 
Estação, à esquerda, e o armazém, à direita, em 2004. Foto Décio Marques.


O pátio (Estação e armazém) visto da entrada da vila em 9/2/2013. Foto Ralph M. Giesbrecht.


A estação em 9/2/2013. Foto Ralph M. Giesbrecht. 

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