sábado, 10 de junho de 2017

ARUJÁ, PARABÉNS!

Arujá: 165 anos de histórias
Arujá é uma antiga povoação situada a nordeste da Capital de São Paulo, entre as serras da Cantareira, do Mar e do Itapeti, junto à Rodovia Presidente Dutra (BR-116) e às margens dos córregos Baquirivu-Mirim, afluente do Ribeirão Baquirivu e Arujá, que deu o nome à localidade. 
Arujá surgiu com um simples traçado de uma estrada vicinal, que saía da Praça da Sé, passava pelo Brás, Penha, Guarulhos, Bonsucesso, Arujá até chegar ao Rio de Janeiro.
O caminho era usado por tropeiros que se dispersavam pela floresta afora, sentido Vale do Paraíba – Rio de Janeiro. Conhecidos como “faisqueiros”, esses homens eram os responsáveis pelo contato com os índios, além de extraírem ouro do Rio Jaguari, levando-o para Bonsucesso e de lá para Guarulhos.
Arujá, no período anterior a 1700, exibia sua flora e fauna mantidas em seu habitat natural. Não havia nenhuma intervenção urbana, enquanto que seus caminhos serviam de artérias de seu sistema de habitação natural.
A descoberta do ouro foi o primeiro passo para o seu desenvolvimento. Em seguida veio também a extração de produtos vegetais como a madeira, em escala mais acentuada, que servia de fonte de energia industrial e doméstica para a cidade de São Paulo, em sua fase de urbanização.
A vila de Arujá teve origem com a capela do Senhor Bom Jesus, seu Padroeiro, construção iniciada em 1781 por José de Carvalho Pinto e concluída por seu irmão, o capitão João de Carvalho Pinto. 
Em 1852, Arujá passou a distrito do município de Mogi das Cruzes por Lei Provincial n° 4, de 08 de junho de 1852 e em 1944, foi transferido para o município de Santa Isabel pelo Decreto-lei Estadual nº 14334 de 30 de novembro de 1944.
A extração desordenada de produtos vegetais também trouxe problemas e contribuiu com a primeira devastação vegetal na região. Conforme investigação, em vários pontos da mancha vegetal, existiam sulcos retangulares caracterizando grandes covas, conhecidas como “carvoeiras”. 
A queima de madeira em grande quantidade, coberta com capim e terra, com um respiro em uma das extremidades, acontecia durante três dias ou mais, transformando a madeira em carvão vegetal. Assim, no período do século XIX ao XX, a flora e a fauna foram devastadas quase que totalmente.
Enquanto isso, os próprios canteiros de assentamento das “carvoeiras” transformaram-se em moradias, inserindo manchas de plantações de subsistência e fazendo surgir grandes fazendas. O avanço da produção agrícola de café, entre outras, contribuiu para o aparecimento das primeiras manchas urbanas, caracterizando um núcleo de comunidade que se concentrava na antiga estrada vicinal denominada Arujá-Bonsucesso, também conhecida como estrada São Paulo-Rio.
Naquele período de povoamento, no trecho compreendido ao lado da Igreja Senhor Bom Jesus de Arujá, várias edificações surgiram às suas margens, permanecendo assim até a década de 50 do século XX, quando Arujá foi elevada à categoria de município, emancipando-se de Santa Isabel pela Lei Estadual nº 5285, de 18 de fevereiro de 1959. Sua instalação verificou-se no dia 1º de janeiro de 1960.
Assim na década de 50, surgiram os primeiros loteamentos na área central, que deram origem aos primeiros condomínios. 
Em 1974, a Prefeitura de Arujá informatiza-se. A expansão prosseguiu na década de 80. 
Outros empreendimentos envolveram a orla central da cidade tendendo para a direção norte e leste, sendo que esses loteamentos pertenciam à classe mais popular. Este avanço limitou-se no divisor de mananciais e nas superfícies íngremes, limitada esta orla por uma barreira física.
A partir dos anos 90, além do Centro Industrial, da arborização, dos clubes de lazer e esportes e de dois Golf Clubes, a cidade toma novo impulso com a implantação de novos condomínios horizontais, aumentando a qualidade de vida. Desde 19 de abril de 1985, Arujá adotou o codinome Cidade Natureza.
Origem do nome da cidade – Arujá
Ao todo, sabe-se que a cidade teve cinco origens de seu nome, sendo elas:
A primeira do Dr. João Mendes de Almeida, no seu Dicionário Geográfico da Província de São Paulo (1902), tem como certo que Arujá tem origem em “limo, lama, folhagem seca, detritos vegetais”.A segunda, do Prof. Afonso de Freitas que afirma em seu Dicionário dos Municípios do Estado de São Paulo (1985) que “Arujá é nome de um rio nascido na vila de Mogi das Cruzes”. A terceira, do Frei Francisco dos Prazeres Maranhão (1890), no seu Glossário de Palavras Indígenas, diz que Arujá significa “morada de sapos”, embora não exista nessa palavra referência a sapo. A quarta, do padre Manoel da Fonseca, da Cia. de Jesus, no ano de 1752, escreve em seu livro Vida do venerável padre Bechior de Pontes, pág. 133: “ As serras de Arujá, onde parece que se foram os raios, e coriscos, como naquele lugar estivesse a oficina de Vulcano, mas com tal segurança vivem os índios naquele sítio debaixo da proteção de Nossa Senhora da Ajuda”. 
Os padres da Cia. de Jesus chamavam Arujá de “Serras dos Raios”. Por este motivo, Arujá não teve aldeia indígena, os índios habitavam em buracos feitos no chão para se protegerem dos raios.E a quinta e última interpretação, que prevaleceu como oficial, foi a de Teodoro Sampaio, em sua obra O Tupi na Geografia Nacional (1928), “abundantes de peixinhos barrigudinhos ou guarus”, o que pode ser cardumes de guarus ou “plena de barrigudinhos (peixes)”.

HINO

Arujá, cidade natureza,
É mesmo uma beleza
A gente aqui morar.
Tem rios, tem campos,
Tem flores, tem serra,
Eu amo esta terra
E aqui vou ficar.

Seu ar tão puro,
Suas águas cristalinas.
É a cidade menina,
Em que todos vêm morar.
Suas noites lindas,
Seu céu tão aberto,
Que a Lua de perto,
Vem iluminar.

É Arujá, meu Arujá,
Que eu amo tanto
E aqui vou ficar.
 
( site da pm local )

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