Até os anos de 1905, reinava nesta região apenas as matas virgens, tendo como seus senhores os indígenas e como caminho apenas as águas do Rio Tietê, via fluvial.
Com a abertura da Estrada de Ferro que ligava Baurú a Corumbá, chegariam os primeiros elos de ligação.
Por volta de 1908, começava a abertura da Estrada de Lussanvira, no trecho entre Araçatuba e Itapura.
Após romper os obstáculos e os conflitos com os índios que habitavam nesta região, finalmente em 1910, o primeiro vagão atinge as margens do rio Tietê, na altura do Salto das Cruzes.
Com a passagem da Estrada de Ferro, construíram-se as estações, destacando especialmente a construída à margem esquerda do Rio Tietê, na confluência com o Ribeirão do Aracanguá, recebendo portanto a denominação de Estação Aracanguá.
Aracanguá é um nome indígena que era dado a uma variedade de papagaio existente em grande número nesta região à época. E é exatamente nesta época que chegaram os pioneiros desta região, que foram as famílias de Manoel Joaquim Calássio, João Eugênio, Porfírio Venâncio Pires e Severino e Pedrinho de Souza Ferreira, mais conhecido por Ferreirinha.
Por volta de 1915, na capital paulista, o Governo do Estado entrega grande glebas de terras a um grupo de pessoas, a fim de que elas vendessem, demarcassem e escriturassem as novas propriedades, ficando com esta região, o Desembargador Thomaz Sebastião de Mendonça e sua mulher Amélia Felícia de Mendonça.
Nesta época, é fundada a Vila Dulce, enquanto que paralelamente Abraão Chibene fundava a Vila Macaúba, hoje denominada de Vicentinópolis.
Com o início da venda das terras, outras pessoas tentaram apossar da gleba de terra do Sr. Thomaz Sebastião de Mendonça, vindo com isso a travarem ferrenha demanda na justiça. Dona Amélia Felícia de Mendonça, que era devota de Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo, faz uma promessa aos seus santos protetores, que, se seu esposo saísse vitorioso, doaria uma área de 10(dez) alqueires para a construção de um povoado em suas homenagens.
Nesta época, toda essa região pertencia a Monte Aprazível, enquanto que Araçatuba pertencia ao Município de Penápolis.
Em 17 de fevereiro de 1919, com a vitória de seu marido, ela faz a prometida doação, desmembrando a área da fazenda Macaúbas e pede que ali fosse formado um povoado e construída uma capela em homenagem a Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo. Doação esta que foi feita ao Bispado de São Carlos.
Por ser Santo Antônio o homenageado e a Estação Aracanguá, a principal via de acesso do futuro povoado, inclusive através da qual chegaram as imagens dos santos, é que ele foi denominado de Santo Antônio do Aracanguá, tendo esse nome registrado na escritura de doação.
O promissor povoado de Santo Antônio do Aracanguá teve sua primeira capela construída em 1920, e em sua volta foi construída uma praça pública, denominada de Nossa Senhora do Carmo, também em homenagem.
Lei Estadual nº 8092, de 28-02-1964, o Distrito de Major Prado passou a denominar-se Santo Antônio do Aracanguá.
Em divisão territorial datada de 01-01-1979, o Distrito figura no Distrito de Araçatuba.
Elevado à categoria de Município com a denominação de Santo Antônio do Aracanguá, por Lei Estadual nº 7644, de 30 de dezembro de 1991, desmembrado de Araçatuba, com sede no antigo Distrito de Santo Antônio do Aracanguá. Constituído do Distrito Sede.
Sua instalação verificou-se no dia 01 de janeiro de 1993.
Em divisão territorial datada de 01-VII-1997, o Município é constituído do Distrito Sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999.
Fonte: IBGE
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