quinta-feira, 6 de julho de 2017

HISTÓRICOS DE ALGUMAS CIDADES:


Assis: 112 anos
O primeiro desbravador da região compreendida entre os rios Paraná, Paranapanema, Peixe e Pardo, foi o mineiro José Teodoro de Souza, que ali chegou em 1855, tomou posse dessas terras e fundou Campos Novos do Paranapanema e Conceição de Monte Alegre hoje Distrito de Paraguaçu Paulista.
Na mesma época, natural de Baependi-MG, o Capitão Francisco de Assis Nogueira adquiriu terras de seu amigo José Teodoro de Souza, fazendo em 01 de julho de 1905, doação de 80 alqueires para constituição de um patrimônio.
A doação foi recebida pela paróquia de Campos Novos do Paranapanema (hoje Campos Novos Paulista) sob invocação da Sagrado Coração de Jesus, São Francisco de Assis e Obra Pia do Pão de Santo Antônio.
O povoado que se originou tomou o nome do doador, Assis, e se desenvolveu em torno da modesta capela de pau-a-pique coberta de sapé, erguida no local onde hoje se situa a Catedral.
Após o extermínio, expulsão ou domesticação dos Xavante e Caiuá, os novos ocupantes tiveram como atividade econômica predominantemente a plantação de roças de milho, de fumo e a criação de porcos.
Vindos de Campos Novos pelos campos dos espigões, passando pelas nascentes do córrego Santa Rosa, transpondo o córrego Bebedouro e a seguir os rios Pari e Viado, os carreiros e tropeiros faziam pouso na barra do rio Taquaral, onde veio a se formar a cidade de Platina. Utilizando o espigão existente entre os córregos Faxina, Prato e Lageado, do lado esquerdo e o Óleo do lado direito, indo até a barra do córrego do Barreiro no Pirapitinga e cruzando as águas denominadas Funda, Caçador, Pavão e Matão, os viajantes encontravam no divisor de águas, localizado entre a Barra Funda e o Jacu, seu próximo ponto de parada. Este estava situado próximo ao ponto onde hoje se localiza o prédio do Museu Histórico de Assis.
A existência da pousada na proximidade do córrego do Jacu e dos caminhos que para ela convergiam, certamente, influenciou na localização da Cidade de Assis. O capitão Francisco de Assis Nogueira, antigo residente de Avaré, desde 1890, utilizava como morada, na fazenda Taquaral, aquela casa. Em 1º de julho de 1905 o capitão Francisco de Assis Nogueira fez a doação registrada na paróquia de São José de Campos Novos do Paranapanema, na décima gleba da divisão da fazenda Taquaral, comprada de José Teodoro de Souza, "...setenta alqueires de terrenos em matas virgens, para serem demarcados em qualquer lugar na sorte de terras de sua propriedade a margem direita do Rio Paranapanema e no fundo do Rio Pari...para que se pretendia erigir sob a invocação do Sagrado Coração de Jesus, tendo também como orago Seráphico São Francisco de Assis...por voto..."
Outro fato fundamental para o crescimento do patrimônio e sua separação de Campos Novos foi a extensão da Estrada de Ferro Sorocabana. A partir de Botucatu a estada de ferro começou a se desviar do traçado que acompanhava o espigão do rio Tietê. Cruzou o rio Pardo e seguiu pelo divisor deste e do rio Paranapanema até Outinhos. Não passou por Campos Novos, Platina e Conceição de Monte Alegre. Foi a partir de Assis que, margeando o Paranapanema, retomou o sentido do espigão atingindo Quatá.
A expectativa da chegada dos trilhos ferroviários, as oportunidades que esse sistema de transporte e comunicação geravam e a vinda dos primeiros trabalhadores envolvidos em tal empreita fizeram do ano de 1913 um marco no crescimento de Assis. Até então a vila apresentava características funcionais voltadas quase exclusivamente para a vida rural. As atividades comerciais como padaria, armazém, serraria, máquina de beneficiar algodão e de arroz, olaria, açougues suínos e bovinos, atendiam primordialmente a população do campo. foi em 1913 que se estabeleceu a primeira farmácia e chegou a assis seu primeiro médico: Dr. José Vieira da cunha e silva. Neste ano foi instalada a primeira sala de aula, partivular, tendo como professor o Capitão Francisco Rodrigues Garcia, que atendia as crianças das vinte residências urbanas, então existentes.
A estrada de ferro Sorocabana chegou a Assis em 1914, mas a preparação da elevação de Assis e município se deu através das condições exigidas na lei estadual nº1038, de 19 de dezembro de 1906, na presidência de Jorge Tibiriçá.
Assim a Lei Estadual nº1581, de 20 de dezembro de 1917 criou o município de Assis desmembrando-o de Platina. Sua primeira demarcação envolvia mais duas fazendas: a Taquaral e a Fortuna. Sua instalação, porém só se deu em março de 1918.
Na área educacional fez-se presente o Externato Sagrado Coração de Jesus, com as professoras Alice Feitosa e Antonieta Ambrogi, a Escola de comércio São Luiz, subvencionada pela Prefeitura Municipal, o Ginásio de Assis que depois mudou para Marília. A igreja investiu no setor de educação formal criando o Colégio santa Maria que começou a funcionar em 1940. Havia o seminário Diocesano que iniciou suas atividades em 1936.
Quando foi para o prédio próprio o prédio original se transformou no primeiro orfanato de Assis, Casa da Menina. A igreja implantou o primeiro ginásio masculino, que também possuía internato que passou a ser dirigido pelo Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, na Vila Ouro Verde, hoje abrigando o Instituto Educacional de Assis e a Universidade Paulista, UNIP. Na década se consolidou, mas que deu origem aos esforços da comunidade para trazer um Instituto Isolado de Ensino Superior que na sua criação em 1958, pelo Governador Carvalho Pinto, funcionou no Colégio Santa Maria. Hoje é a Faculdade de Ciências e Letras, Campus de Assis, da Universidade Estadual Paulista.
Em Assis, em função do que rezava o documento de doação das terras para a igreja, os lotes vendidos deveriam dar dois e meio por cento à igreja católica. O principal equipamento às questões da Saúde instalado no período foi a Santa Casa de Misericórdia. Instituída em sessão de 7 de dezembro de 1919, e instalada a 8 de dezembro de 1920, veio a constituir-se como Irmandade, por decreto do bispo Dom Antônio José dos Santos, em 14 de junho de 1930.
A Mitra Diocesana doou 10 alqueires de terra à Irmandade para aumentar seu patrimônio. A Santa Casa recebeu constantes melhoramentos e reformas. Atuaram na parte clínica, nas duas primeiras décadas de seu funcionamento, os médicos: Symfronio alves dos Santos, Antonio Balltazar de Abreu Sodré, Lycurgo de Castro Santos, José Castro Valente, Roberval Roche Moreira, José Vieira da Cunha e Silva, Vicente Mercadante e Maurício de Castro Santos Filho. Na gestão do prefeito José augusto Ribeiro, 1948-1951, foi implantado o Hospital Regional da Sorocabana, prestando relevantes serviços aos ferroviários da Estrada de Ferro Sorocabana.
O intenso movimento forense de Campos Novos Paulista em função das demandas de terras nas regiões próximas de Assis contribui para a transferência da Comarca para esta cidade. Essa designação se deu pela Lei Estadual nº 1630-A de 26 de dezembro de 1918 e foi instalada em 15 de março de 1919 e seu primeiro juiz foi Joaquim Smith de Vasconcelos. Em função desta lei também começa a funcionar a primeira delegacia de Polícia.
Em função da Igreja Católica ser proprietária das terras urbanas, influenciava nos traçados das vias urbanas como também na disseminação de sua doutrina. Assim em 30 de novembro de 1928 é criada a Diocese de Assis, com a promulgação da bula Papal de Pio IX.
Concretamente, até os anos oitenta, pouco se normatizou de forma efetiva sobre o parcelamento, o uso e a ocupação do solo urbano. A manutenção da malha em xadrez, sem consideração das condições geotécnicas do sítio, mostrou rapidamente seus efeitos negativos, com o aparecimento das primeiras erosões urbanas.
O Aniversário de Assis é em 1º de Julho.

Águas da Prata: 
A descoberta da fonte de água mineral, na margem do Ribeirão da Prata, em 1876 por Rufino Luiz de Castro Gavião, que aí fazia caçadas, proveniente de São João da Boa Vista, é atribuída ao acaso.
O caçador percorria as terras do Alegre, quando percebeu a preferência dos animais silvestres pela água da nascente, resolvendo prova-la, surpreendeu-se com suas qualidades. O fato foi relatado e comprovado por outras pessoas.
Com a inauguração do ramal da Estrada de Ferro Mogiana, ligando Cascavel (hoje Aguaí ) a Poços de Caldas, em 1886, despertou o interesse dos cafeicultores da região para a estação de embarque da ferrovia no vale banhado pelo Ribeirão das Prata e o Córrego da Platina, que passaram a construir suas residências junto à estação, nascendo então um povoado.
Em 1916 fez-se o primeiro hotel e, por iniciativa particular de seus moradores, foi efetuada a análise química da água das fontes, constatando-se suas propriedades alcalinas, semelhantes às das fontes de Vichy na França, ficando a Prata conhecida com o cognome de a Vichy Brasileira.
A vocação para Estância Hidromineral consolidou-se quando químicos do Departamento Geográfico e Geológico do Estado, pesquisando a região, fizeram prospecção das fontes, comprovando a viabilidade da exploração econômica de sua mineração.
Criou-se em 1913, uma empresa para o fim em questão, fazendo com que surgissem hotéis e toda infra-estrutura necessária.
Em 1925, foi criado o Distrito de Paz de Águas da Prata, no Município de São João da Boa Vista. 
O município da Estância Hidromineral de Águas da Prata foi instalado em dezembro de 1935, alterando-se o Topônimo para Águas da Prata.

Ibitinga: 
Em 1842 aconteceu em Minas Gerais a Revolução Liberal, rebelião que foi controlada pelas forças Imperiais e que forçou muitas famílias a procurarem novas terras. Esta é uma das teorias para explicar a migração para o interior paulista, embora alguns historiadores acreditam que a decadência da mineração do ouro tenha sido o motivo.
Foi no final deste ano que as famílias mineiras de Landim e de Pedro Alves de Oliveira (Velho Amaro), chegaram à região de Campos de Araraquara, de onde os Amaro partiram para o norte e fundaram a cidade de Boa Vista das Pedras, mais tarde conhecida como Itápolis.
Os Landim rumaram para o sul e se estabeleceram na cachoeira de Wamicanga, povoado que foi quase dizimado pela febre palustre e por ataques indígenas. Partiram, então, em direção ao nordeste até chegarem na confluência dos córregos Saltinho e São Joaquim, terra que foi dividida entre o clã, para que fosse mais bem cultivada.
A Miguel Landim coube a região entre o Córrego São Joaquim e o Córrego Água Quente, onde foi formado o povoado da Capela da Água Quente, no ano provável de 1860.
Em 1870, Miguel Landim e sua esposa Ana Custódio de Jesus doaram à Mitra Diocesana o patrimônio onde se formou a Vila de Ibitinga.
Em 1885, Ibitinga foi elevada à categoria de distrito de paz e em 1890, Ibitinga teve a sua emancipação político-administrativa.
Em 1987, o município tornou-se Área de Proteção Ambiental.
Em 1992, de acordo com a Lei nº 8.199, o município foi elevado à estância turística.

Tanabi: 
Em 1860, às margens do Rio Jataí, o índio Joaquim Chico, remanescente dos Caiapós, construiu uma choupana onde instalou uma venda após abrir uma picada, que ligava o local às proximidades de São José do Rio Preto, local de onde trazia cachaça, fumo, rapadura e outros produtos da terra, que comercializava. Foi considerado o primeiro habitante do local, embora houvesse outros residentes nas cercanias.
Em 4 de julho de 1882, foi erguido um cruzeiro, marco da fundação do arraial de Jataí, nome primitivo conservado até 1907. 
Tomaram parte no ato não só o fundador - Joaquim Chico como, ainda, Hilário de Souza Rozendo, Agostinho Pereira, Manoel Francisco da Silva, Joaquim Euzébio e Bento Perez de Souza, este último carpinteiro que esculpiu o madeiro histórico. Foram personagens importantes na fundação da localidade, João Barbosa do Amaral, Leonildo Bataglia e Polinice Celari, o alferes, como era conhecido. 
Padres missionários vindos de São Francisco de Sales, em MG, celebraram missa e os moradores da vizinhança festejaram o acontecimento.
Em 21 de maio de 1887, Francisco de Souza Lopes e sua mulher, Maria Francisca da Conceição, Joaquim José de Souza e sua mulher Gertrudes de Souza Martins e Maria Rosária da Conceição doaram o patrimônio da cidade composto de 75 alqueires e sob a de invocação de Nossa Senhora da Conceição, onde já havia uma capela, doação essa mais tarde confirmada por José Teodoro Ferreira Lemos e sua mulher.
Em 1895, foram iniciados os estudos para abertura da estrada do Taboado que foi concluída em 1900 e o povoado passou a existir em função dessa estrada. Por ela tropas e boiadas, peões e boiadeiros formaram o ponto inicial do vilarejo; em 1902 já era distrito policial com cadeia própria.

Fernando Prestes:  
Fernando Prestes foi fundado em 1899, no território de Monte Alto, sendo seus fundadores Francisco Sales de Almeida Leite, cultivador da primeira lavoura de café, e José Agustoni, proprietário das terras e doador do patrimônio para edificação da Igreja de Santa Luzia e do grupo escolar.
Ao povoado, que começa a ser formado na fazenda Mendes, foi dado o nome de Fernando Prestes, em homenagem ao Senador da República, Coronel Fernando Prestes de Albuquerque.
Seu desenvolvimento levou-o à elevação a Distrito de Paz, em 1914, pertencente ao Município de Monte Alto e, em 1935, emancipou-se político - administrativamente, sendo instalado como Município no mesmo ano.

Fonte: IBGE

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