sábado, 14 de novembro de 2015

LORENA, TERRA DA CANTORA SOLITÁRIA DORINHA FREITAS


 
Maria Auxiliadora Freitas Galvão, ou simplesmente a cantora Dorinha Freitas, nasceu em Lorena no ano de 1937.
Em 1956, em uma visita ao Rio de Janeiro inscreveu-se quase por brincadeira no programa de calouros da Rádio Tupi dirigido pelo locutor Aérton Perlingeiro e acabou tirando o primeiro lugar. 
A vitória lhe valeu um contrato de quatro meses com a Rádio Tupi. 
Em seguida, assinou contrato com a gravadora RGE e lançou seu primeiro disco no qual fez sucesso com o samba "Fracasso", de Fernando César e Nazareno de Brito. 
No mesmo disco estava o bolero "Esperame em el cielo", de F. L. Vidol. 
Em seguida, gravou o bolero "Ciúmes", de Renato de Oliveira e Fernando César, e o samba "As paredes tem ouvido", de Nazareno de Brito e Newton Ramalho. 
Ainda em 1958, gravou o slow "Hey there", de R. Adler e J. Ross, e o samba "É luxo só", de Ary Barroso e Luiz Peixoto. 
No final do mesmo ano, gravou os sambas "Samba, chamego e zum-zum", de Nazareno de Brito e Luiz Claudio de Castro, e "Lamento", de Djalma Ferreira e Luiz Antônio, que seria seu maior sucesso. 
Atuou durante algum tempo no "Dancing Avenida". 
Em 1959, assinou contrato de exclusividade com o programa César de Alencar o que lhe rendeu diversas viagens pelo interior do Brasil. 
No mesmo ano, gravou o samba-canção "Neste mesmo lugar", de Armando Caavalcanti e Klecius Caldas, o samba "Você é a saudade", de Armando Nunes e Geraldo Serafim, e "Sofro", de Nelson Alves e Verinha Falcão, e o bolero "A noite e a prece", de Evaldo Gouveia e Almeida Rego. 
Ainda em 1959, participou do LP "Constelação de ouro RGE em LP" lançado pela gravadora RGE com interpretações de astros da gravadora como Agostinho dos Santos, Roberto Luna, Leny Eversong, Germano Mathias e Elza Laranjeira, entre outros, interpretando seu grande sucesso "Lamento", de Djalma Ferreira e Luis Antônio. 
Em 1960, realizou com êxito uma temporada na boate "Chicote", em São Paulo. 
Em 1961, gravou o bolero "Porque tinha de ser", de Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes, o samba "Que fazer?", de Jaime Florence e Jorge Santos, e os sambas-canção "Rival", de Raul Sampaio e Benil Santos, com o qual obteve bastante êxito, e "Só acredito em você", de Heitor dos Prazeres. Ainda nesse ano, lançou o LP "A voz de Dorinha Freitas" no qual interpretou as músicas "Porque tinha de ser", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, "Que fazer", de Jaime Florence "Meira" e Jota Santos, "Trevas (Noite sem luz)", de Almeida Rego, "Lamento", de Djalma Ferreira e Luis Antônio, "Ocultei", de Ary Barroso, "Vento vadio", de Hianto de Almeida e Evaldo Ruy, "Devolvi", de Adelino Moreira, o clássico "Ave Maria no morro", de Herivelto Martins, "Sofro", de Vera Falcão e Nelson Alves, "A vida me ensinou", de Fernando César, "Nunca mais", de Vera Falcão e Voltaire França, e "Descendo o morro", de Billy Blanco e Tom Jobim. Ainda em 1961, participou do LP "Boleros e guarânias" lançado pela RGE com a participação de nomes como Maysa, Raul Sampaio, Dupla Ouro e Prata, Roberto Luna, Trio Cristal e Agostinho dos Santos, entre outros. Nesse disco foi incluída sua interpretação para "Porque tinha de ser", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. 
Em 1962, lançou os sambas-choro "Decisão", de Antônio Cirino e Carlos Marques, e "Só", de Leonel Azevedo e Adelmo Lima. Ainda nesse ano, ingressou na gravadora Continental e gravou o bolero "Corações vazios", de Oto Borges, e o samba "Gente da noite", clássico do compositor gaúcho Túlio Piva. Nessas duas últimas músicas foi acompanhada pela orquestra dirigida pelo maestro Radamés Gnattali. 
Em 1963, gravou o samba-canção "Orgulho", de Almeida Rego e Iran de Oliveira, e o tango "Sonho desfeito", de Leonel Azevedo e Adelmo Lima. 
Em 1965, já na gravadora Copacabana, gravou em conjunto com o cantor David de Castro o LP "Dois corações - Dorinha Freitas e David de Castro" no qual interpretou em dueto com David de Castro as músicas "Bonequinha linda (Te quiero dijiste)", de Maria Grever e C. Pasquale, com versão de Haroldo Barbosa, "Sempre minha (Till the end of time)", de L. W. Gilbert e H. Akst, e versão de Nazareno de Brito, "Dois corações", de Herivelto Martins e Waldemar Gomes, "Doce mistério da vida (Ah sweet mistery of life)", de R. J. Young e V. Herbert, em versão de Alberto Ribeiro, "Ouvindo-te", de Vicente Celestino, "Sétimo céu (Seventh heaven)", de L. Pollack e S. D. Mitchell, com versão de Amilcar Cerri, "Sempre no meu coração (Always in my heart)", de Ernesto Lecuona, e versão de Mário Mendes, e "Verão no Brasil (Brazilian summer)", de M. Vaughn e N. Bourget, em versão de Caetano Zamma, além das interpretações solo de "Vai com Deus", de Luis Bandeira e Silvio César, e "Até você", de Armando Nunes. Ainda em 1965, sua interpretação do bolero "Vai com Deus", de Luis Bandeira e Sílvio César foi incluída no LP "Maiores em boleros - VOL. 3", enquanto o dueto feito com David de Castro na música "Ouvindo-te" foi incluído no LP "14 maiorais Nº 7". 
Em 2000, sua interpretação para "Porque tinha de ser", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, foi incluída na série "Raros compassos" de três CDs lançada pelo selo Revivendo com gravações raras de Tom Jobim. 
Uma das melhores vozes da fase final da chamada Era do Rádio, gravou mais de dez discos pelas gravadoras RGE, Continental e Copacabana, sendo sua obra ainda não devidamente estudada e resgatada.
A 17.a cadeira da Academia Lorenense de Letras e Artes recebeu o nome da cantora que ainda está viva.



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