segunda-feira, 30 de novembro de 2015

PARABÉNS, CIDADES!

 
IRAPUÃ
 
Em 1875, as famílias de Hipólito José Godoy e Luiz Marques estabeleceram-se na região, iniciando o cultivo de diversos cereais e, visando a formação de um povoado, doaram à Paróquia uma gleba de 40 alqueires para instalação do patrimônio de Nossa Senhora do Carmo, cuja imagem foi oferecida à capela. Outras famílias fixaram-se na povoação conhecida por Cervinho, por estar localizada próximo ao córrego de igual nome.
No início do século XX, a afluência de novos povoadores foi intensificada, principalmente por volta de 1926, quando o café passou a ser cultivado em larga escala, propiciando a formação de novas fazendas, por José Bilica, Fabiano Moreira, Nhonho Alves, Joaquim Venâncio e Agostinho Venâncio, entre outros.
A alta produtividade da cafeicultura, atividade em que se destacou Amadeu Bouzza, promoveu o desenvolvimento do povoado, onde foi criado, em 1930, o Distrito de Paz denominado Irapuã. 
O topônimo deveu-se à grande quantidade dessas abelhas na região.
Novas culturas foram introduzidas, entre elas o algodão, milho e arroz, que somadas à pecuária aumentou a arrecadação da localidade e , assim em 1949, Irapuã foi elevado a Município. 
 
 
LUTÉCIA
 
Antônio Moreira da Silva, o Mineiro, efetuou a primeira derrubada de matas e doou à Diocese de Botucatu quatro léguas de terras para a formação do Patrimônio de Nossa Senhora da Boa Esperança.
Com a chegada das famílias de Henrique Boteteri, Manoel João, Manoel Ignácio da Silva, Luís dos Santos Lima, Manoel José Rodrigues, Francisco Augusto Rodrigues, entre outras, formou-se a povoação ao redor da capela que foi construída em 1926, no local onde o Padre Longhi celebrou a primeira missa.
A povoação de Frutal, como passou a se denominar, desenvolveu-se com a instalação das primeiras casas comerciais, ainda em 1926.
Três anos depois, Frutal foi elevado à categoria de Distrito de Paz, com o nome de Lutécia. A nova denominação foi escolhida por Nelson Ottoni de Rezende, por ter sido este o nome (do latim lutécia), que os romanos deram ao núcleo primitivo da tribo céltica dos parísios, numa ilha do rio Sena ( hoje Ile de la Cité), em Paris.

 
MANDURI 
 
No início do século XX, com o avanço da Estrada de Ferro Sorocabana rumo às barrancas do Rio Paraná, muitos sertanistas instalaram-se ao longo dos trilhos, abrindo fazendas. Concentradas algumas famílias, o Engenheiro da Ferrovia, Antônio Gouveia de Proença, fundou, em 1905, uma povoação denominando-a Manduri.
A origem do nome, deveu-se à existência, em grande quantidade, de uma pequena abelha denominada manduri, ou mandurim (do tupi, manda-r-i), da família dos meliponídeos.
Os primeiros moradores, José Elias Bonifácio, Francisco Lourenço, Pedro Orcesi, Miguel Avoglio, José Abunjara e outros, instalaram-se junto à Estação que foi construída.
As altas safras de café da região fez de Manduri um centro de convergência dos grandes produtores que comercializavam na localidade.

 
MIRACATU

O imigrante francês Pedro Laragnoit adquiriu as terras marginais do Rio São Lourenço, onde construiu uma barragem - o tanque- para movimentar o engenho de arroz ali montado. Iniciou as primeiras plantações e, mais tarde, a criação de gado. A fazenda passou a ser conhecida com o nome de Prainha, devido a uma pequena praia nele existente, onde os canoeiros paravam para descanso.
Com o progresso da Fazenda Prainha, outros fazendeiros chegaram à região, levando a família Laragnoit, auxiliada por José Antônio da Silva, João Mendes de Almeida e o Cônego Scipião Goulart Ferreira Junqueira, a fundar uma povoação, que teve início com a construção da capela de Nossa Senhora das Dores.
A rizicultura era a base econômica da região quando, em 1914, foi inaugurada a Estrada de Ferro Sorocabana - ramal Santos- Juquiá. Até então, todo comércio era realizado por via fluvial, através de Iguape. Nessa época começaram a chegar grandes levas de imigrantes japoneses, que deram continuidade à rizicultura e iniciaram a bananicultura, colocando Miracatu entre os principais centros exportadores de banana.
A denominação Miracatu, que na linguagem indígena significa gente boa, foi adotada em 1944, por ter desaparecido a prainha que originou o antigo nome, e também por existir, no norte do País, outra cidade com a mesma denominação. 
 
 
ORIENTE
A Companhia Paulista de Estradas de Ferro, partindo de Bauru, rumava ao oeste do Estado procurando atingir o Rio Paraná, através das bacias do Feio e Aguapeí, matas ainda não desbravadas. A fertilidade das terras e o fácil escoamento da produção agrícola local promoveram o povoamento da região formando pequenos núcleos. Por volta de 1929, Carlos Vendramini, procedente de Pirajuí, estabeleceu-se nas terras, onde derrubou a mata existente e preparou o terreno para formação de um povoado, núcleo inicial de Oriente.
Outros habitantes foram chegando, abrindo pequenos sítios e fazendas dedicados à cultura do algodão e amendoim, logo substituídos pelo café.
Para a denominação de suas estações, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro adotou uma ordem alfabética, à medida que fossem sendo instaladas, devendo o povoado de Carlos Vendramini iniciar-se pela letra O, motivo da designação do nome Oriente. 
 
 
PAULO DE FARIA  
 
Em 1911, o casal Peregrino Benelli, doou a primeira gleba de terras à Diocese, naquela época localizada na cidade de Barretos. Seguiram-se outras doações, entre elas a de Graciano José de Lima à Prefeitura municipal de Olímpia.
No patrimônio então totalizado em 38 alqueires, surgiu o Arraial dos Patos, cuja denominação deveu­-se aos engenheiros encarregados da demarcação dos primeiros caminhos que ligavam a povoação às poucas propriedades rurais então existentes. Como o primeiro acampamento destes engenheiros localizou­-se às margens de um ribeirão onde banhavam numerosos patos, esse local serviu de referência para demarcação e toponímia, não só do ribeirão, como também do Arraial.
No Arraial dos Patos, foi criado em 1913 um Distrito Policial, subordinado a Barretos e, quatro anos depois, transferido para Olímpia.
A agricultura foi uma forte base sócio-econômica da povoação, destacando-se entre outros produtos, o arroz e o algodão.
Pelo Decreto de criação do município, este teve sua denominação alterada para Paulo de Faria, homenagem do então interventor do Estado de São Paulo, Adhemar Pereira de Barros, ao seu secretário, Paulo de Faria, falecido na época, em acidente aéreo.
 
QUINTANA  
 
Em 1916, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro elaborou um projeto para prolongamento de seus trilhos, (implantados cinco anos depois), a partir de Piratininga, em direção ao rio Paraná. Nessa época, em virtude das facilidades proporcionadas pela Ferrovia, muitas famílias adquiriram terras ao longo da faixa entre os rios do Peixe e Feio, tendo um grupo de povoadores aí adquirido em 1918, uma gleba, onde fixaram-se por volta de 1923, estabelecendo lavouras cafeeiras e a criação de gado vacum e suíno.
Destacaram-se entre os primeiros povoadores, João Villadangos, Francisco Moreira Sobrinho, Sebastião Leme Soares, José Duarte Moreira, Fortunato da Cruz Campante, Daniel Ragazzi, entre outros que fundaram uma pequena povoação de rápido crescimento, principalmente após a migração nordestina que adquiriu pequenas áreas das que foram loteadas.
A capela erguida em louvor a São João foi inaugurada em 1936, e em 04 de janeiro de 1940 foi instalada a estação da Companhia Paulista, que seguindo sua tradição de nomear as localidades em ordem alfabética (Alba, Bauru, etc.), a denominou Quintana, devido ter-se iniciado em uma pequena propriedade, que os antigos denominavam de quintal ou pequena quinta (fazenda), evoluindo depois para o topônimo quintana.
Como loteamento que deu origem a Vila Santa Amélia, criado pela Sociedade Agrícola Resende Ltda, grande número de casas foram construídas a fim de alojar os trabalhadores rurais que iam se empregar na fazenda de café da companhia.


 
REGISTRO 
 
A fundação de Registro data dos tempos coloniais, durante a exploração do ouro no Alto da Ribeira, quando eram detidas num porto fluvial, as canos com destino a Iguape, para cobrança do dízimo devido à coroa Portuguesa. Daí o nome de Porto do registro.
A exploração indiscriminada e a descoberta de outras jazidas - Minas Gerais e Goiás - levaram os aventureiros a debandarem da região, passando Registro por uma faz de estagnação. Voltou a se desenvolver a partir de 1917, quando, através da companhia ultramarina Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha -KKKK, chegaram à região cerca de duas mil famílias japonesas, concentrando-se grande parte em Registro.
A lavoura de arroz, embora já praticada anteriormente, expandiu-se com os japoneses, também responsáveis pela introdução do plantio do chá, que se tornou a riqueza da região.
O Vale do Ribeira, localizado entre dois grandes centros São Paulo e Curitiba, não possuía ligação terrestre com os mesmos. O comércio era realizado por via fluvial através de Iguape, o que encarecia os produtos da região. 
A partir da construção da Rodovia Regis Bitencourt - BR 116, surgiu um novo ciclo de desenvolvimento da área, destacando-se Registro como um dos mais promissores centros.
 
SALES
 
Penetrando pelo antigo caminho aberto por ocasião da Guerra do Paraguai, pelas forças Imperiais, em 1918 a família Boava se instalou na margem direita do córrego do Cervinho, afluente do rio Tietê, numa região ainda dominada pela mata virgem.
Logo a seguir vieram os colonizadores e suas famílias, como os Moreira Luiz, Mendes Fernandes, Zezé Paulino, Cezário José Castilho, José Alves de Lima, Vigilato Alves de Moura, Evaristo Machado de Oliveira, Pedro Domingues da Silva, Maria Leopoldina e outros que, após a derrubada da mata, implantaram suas fazendas.
Em 1919, proveniente de Barretos, Ramilo Sales adquiriu a fazenda Bebedouro, de propriedade de Pedro Domingues da Silva e, em 1922, também adquiriu de Maria Leopoldina uma área, de 16 alqueires, localizada entre o córrego do Cervinho e o rio Cubatão, em Barra Mansa, onde traçou arruamento, levantou um cruzeiro e uma capela em louvor a São Benedito, em torno da qual se formou o povoado de  Capoeirinha.
Criado o Distrito de Paz em 1921, no Município de Novo Horizonte, teve o nome alterado para Vila Sales, em homenagem a seu fundador.
Em 1944, foi reduzido para Sales. 
Fonte: IBGE
 

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