sábado, 4 de novembro de 2017

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA: 146 ANOS!

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São Sebastião da Grama, em 1871, era sertão coberto por espessa mata virgem. Nesse mesmo ano, em demanda dos sertões paulistas, aqui chegaram duas famílias, dizendo-se provenientes da Província de Minas Gerais, eram as famílias de Manoel Camilo e de José Camilo. Vendo estes que o solo daquele recanto era fértil, com excelente clima e nascentes de água cristalina, resolveram ali ficar. Construíram um rancho à margem esquerda de um ribeirão, e ali moraram pelo espaço de um ano, indo residir em outro construído pouco mais abaixo, na mesma margem. Ao ribeiro de pouco caudal deram o nome de Córrego das Anhumas, devido a grande quantidade destes pássaros que de sua água ali vinham beber. Oriundo da velha cidade mineira de Conceição do Rio Verde, ali chegou, em 1874, o Sr. João Ribeiro da Luz, que mais tarde se instalou com toda sua família à margem do já conhecido Córrego das Anhumas.
Em 1875, tropeiros e desbravadores que por aqui passavam, dentre eles José Elias de Paiva, ali se demoraram. Daí o trânsito normal dos tropeiros, que serviram do rancho abandonado pelos irmãos Camilo para seu poso. Devido à água e a excelente qualidade das pastagens formada somente por gramíneas, denominaram o local de Pouso de Grama.
No ano de 1877, por provisão do Bispo de São Paulo, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, foi edificada uma capela tendo São Sebastião como padroeiro, passando então o local a chamar-se SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA.
Data desta época o documento que demarca o Patrimônio de São Sebastião da Grama: “Denominação do Imóvel” – antiga Fazenda Grama, hoje patrimônio de São Sebastião da Grama. Nome, domicílio e profissão do adquirente – A Fábrica do Patrimônio São Sebastião da Grama do Distrito do Espírito Santo do Rio do Peixe. Transmitente – Manoel Pereira da Silva. Valor do Contrato: 7.062.433 (sete contos e sessenta e dois mil quatrocentos e trinta e três réis). As terras dentro das demarcações seguintes; principia no Córrego da Grama e barra do Córrego da Olaria e seguindo por este acima e pelas banquetas até a barra do lagrimal no fundo da Olaria e voltando a direita por este lagrimal acima, até a cabeceira deste córrego da morada do Maciel, e deste alto seguindo, rumo direito a cabeceira deste Córrego e por ele abaixo até uma cova que se fez na fronteira de um pau de umbiruçu e desta seguindo pelas divisas demarcadas associa a Anna Carolina até o Córrego da Grama no canto do Jabuticabal em duas covas que se faz, e voltando pelo Córrego da Grama acima até a barra do córrego do olaria, onde teve princípio a denominação.
Em 12 de novembro de 1896, pela lei nº 452, a povoação de São Sebastião da Grama tornou-se distrito de paz do município de Caconde, com nome de Grama.
Em 20 de agosto de 1898, o distrito de Grama foi transferido para São José do Rio Pardo.
Com a presença do engenheiro civil da capital do Estado, o Sr. Domingos Dellepiane e de oficiais e mestres de obras, vindos de Uberaba, da comissão organizadora: Padre Paschoal M. Nuércia, Capitão Gabriel de Andrade, Major Cirino Nogueira, Antonio Rodrigues, Domingos Augusto Damasceno, José Motta, Maximiano Ribeiro e populares, deu-se aos 10 de novembro de 1904, a benção e assentamento da pedra fundamental da Igreja de São Sebastião da Grama, cujas obras se prolongaram até maio de 1908.
Em 19 de dezembro de 1906, já com as suas primeiras plantações de café a sede do distrito recebeu foros de Vila, pela Lei Estadual nº 1038.
A vila de Grama teve sua primeira visita pastoral, em 09 de setembro de 1910, pelo Bispo da Diocese de Ribeirão Preto, D. Alberto Gonçalves. Veio de Vargem Grande, durante a viagem 03 horas. Foi recebido pelo Vigário Fázio e, nessa época, 970 pessoas receberam sacramentos de confirmação.
A Lei Estadual nº 2072, de 04 de novembro de 1925, criou-se o município de Grama, tendo como sede à vila desse nome, a qual foi elevada à categoria de cidade e território desmembrado de São José do Rio Pardo. No dia 20 de janeiro de 1926 efetuou-se sua instalação com a posse da primeira Câmara Municipal.
Em 24 de março de 1948, o município retornou ao nome de SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA.
Grama desde seu início sempre atraiu imigrantes empreendedores e com o auxílio de seu solo e ótimo clima tornou-se padrão na produção de cafés finos, principalmente na qualidade de vida, tendo os primeiros hospitais e clubes da região, além da primeira piscina, construída em 1948. Apesar de pequena continuou atraindo pessoas pela sua hospitalidade e qualidade de vida, não perdendo sua autenticidade, fatores que fazem com que Grama tenha hoje 10% de seus imóveis urbanos para férias e veraneio.
Grama foi inserida no cenário turístico nacional com os campeonatos interestadual e brasileiro de mountain bike e a copa sudeste de off road.
Pertencendo a bacia hidrográfica regional do Rio Pardo, tem como principais córregos: Rio Fartura, Rio São Domingos e Córrego Anhumas, sendo que este último é o responsável pelo abastecimento da cidade.
Como recursos naturais o município conta com plantações de eucaliptos, pinho e também matas nativas.
Privilegiada pela generosidade da natureza, SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA, com seu cenário de beleza, transforma-se num verdadeiro paraíso, onde se respira ar puro e desfruta-se da hospitalidade de seu povo. Com sua magnífica paisagem, charme e muita beleza é o lugar ideal para desfrutar momentos inesquecíveis junto à natureza.
Com 100% de água tratada, com a conservação de suas riquezas naturais e com uma administração moderna, voltada para a qualidade de vida de sua população, São Sebastião da Grama é uma cidade que cultua o progresso.

Fonte: site da PM local.

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