segunda-feira, 28 de setembro de 2015

GENTE DE ITAPETININGA: ROSSINI TAVARES DE LIMA


Historiador e folclorista, nasceu em Itapetininga aos 25 de abril de 1915. 
Iniciou seus estudos de piano e de teoria musical com seu pai, Mozart Tavares de Lima. 
Diplomou-se pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. 
Fundou e dirigiu a revista Folclore, participando também da criação do Centro de Pesquisas Folclóricas Mário de Andrade. Ocupou o cargo de professor de História da Música e de Folclore Nacional no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. 
Foi colaborador dos seguintes jornais: Jornal da Manhã, Correio Paulistano, Folha da Manhã, Roteiro, Planalto, A Noite, Hoje e das revistas Ilustração, Hoje e Leitura. 
Foi fundador da Academia Paulista de Música, redator de arte do jornal A Gazeta, comentarista musical da Rádio Gazeta. 
Foi Fiscal de Ensino Musical do Serviço de Fiscalização Artística da Secretaria de Governo, membro da Comissão de Ensino da Fundação Armando Alvares Penteado e membro do Conselho Nacional de Folclore. 
Escreveu Manifestações folclóricas em São Paulo (para o livro de Ernâni Silva Bruno: São Paulo - Terra e povo, editado em Porto Alegre em 1967), Notas sobre pesquisas do folclore musical (São Paulo, 1945), Folclore nacional (São Paulo, 1946), Ai, eu entrei na roda (50 rodas infantis) (São Paulo, 1947), Poesias e adivinhas (São Paulo, 1947), ABC de folclore (São Paulo, 1952), Da conceituação do lundu (São Paulo, 1953), Melodia e ritmo no folclore de São Paulo (São Paulo, 1954), Folguedos populares de São Paulo (São Paulo, 1954), O Folclore na obra de escritores paulistas (São Paulo, 1962), O Folclore do litoral norte de São Paulo (Rio de Janeiro, 1968) e Folclore das festas cíclicas (São Paulo, 1971).
Faleceu em São Paulo no dia 05 de agosto de 1987.

A ESPOSA DE ROSSINI 
 


Falecida no dia 14 de maio de 2011, na cidade de São Paulo, chamava-se MARIA DO ROSÁRIO DE SOUZA TAVARES DE LIMA.
Professora e folclorista, foi defensora da cultura brasileira e do folclore.
Neta de uma das figuras ímpares da cidade de Joanópolis, seu fundador ANSELMO CAPARICA, MARIA DO ROSÁRIO deixou uma herança cultural de pesquisas e publicações digna de ser sempre consultada.
Após aposentar-se como funcionária do tribunal de justiça do Estado de São Paulo, Maria do Rosário resolveu dedicar-se à pesquisa folclórica. 
Cursou a Escola de Folclore por três anos e mais um ano de especialização em Superstições e Crendices. 
Na sua especialização (1980) foi para Joanópolis, terra de sua mãe (Maria Caparica) e de seu avô (Anselmo Caparica), passou a anotar e catalogar estórias de moradores de Joanópolis e Piracaia. 
Terminada a pesquisa de campo, submeteu-se à defesa de tese no Museu do Folclore (1983), sendo a banca examinadora composta por membros da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Aproveitou o momento e fez o lançamento oficial de seu livro, LOBISOMEM – ASSOMBRAÇÃO E REALIDADE, sendo o primeiro a tratar exclusivamente sobre o lobisomens. 
O mesmo mereceu menção junto a Folha de São Paulo, TV Globo (Fantástico), Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), O Estado de São Paulo, Rede Record, etc. Publicou também superstições sobre sapos, cobras, festas de Santa Cruz, espantalhos e aguardava a publicação sobre Salamandras.
Entre seu extenso curriculum destacou-se como Presidente e Vice-presidente da Associação Brasileira de Folclore (ABF); Diretora Executiva do Museu de Folclore Rossini Tavares de Lima (São Paulo), Membro da Comissão Paulista de Folclore; Membro da Comision Internacional Permanente de Folklore (Buenos Aires-Argentina); representante para intercâmbio Cultural de Cuba no Brasil (Instituto com sede em Havana); Delegada Geral para a América do Sul da The International Organization of Folk Art (IOF/Unesco – Viena), presidente de Honra da Associação dos Criadores de Lobisomens em Joanópolis.
Em 2010, Maria do Rosário esteve em Joanópolis visitando a Casa do Artesão no lançamento do bebê lobisomem, a quem fez questão de amadrinhar, recebendo no local vários amigos e admiradores; mais tarde, palestrou aos alunos do curso de Folclore do Ponto de Cultura Ora Viva São Gonçalo na Escola João Ernesto Figueiredo (seu tio-avô), por duas horas e meia discorrendo com dinamismo sobre mitologia, folclore, cultura, mitos e lendas brasileiras entre outros assuntos, sendo ao final aplaudida em pé pelos participantes. 
No mês de agosto de 2010 foi destaque no Museu da Língua Portuguesa em São Paulo no Fórum de Coisas do Arco da Velha organizado pela Comissão Paulista de Folclore e Núcleo de Folclore Pé da Serra.
Dizia a folclorista que “O folclore é cultura viva, o que é morto é o folclore histórico porque já existiu e não existe mais, mas aquilo que não existe mais geralmente está reinterpretado em expressões atualizadas. Não existe mais como exatamente há cem anos, mas existe o mesmo fator, com a mesma estrutura básica manifestada com pequenas diferenças”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário