terça-feira, 22 de setembro de 2015

GUARIBA: 120 ANOS

 















No dia de ontem, Guariba festejou sua emancipação política.
O município foi fundado em 21 de setembro de 1895 e por isso é conhecido como “cidade primavera”.
Seu contexto histórico começa quando o Brasil passava pela ascensão do café e das estradas de ferro, dominando assim, o mercado mundial da cafeicultura. A história de Guariba começa exatamente quando concedida a concessão de prolongamento da estrada de ferro entre Araraquara e Jaboticabal com a criação das estações ferroviárias de Rincão, Timbira, Motuca, Joá, Hammond e Guariba, esta instalada em 1892.
O nome Estação Guariba foi dado devido aos inúmeros macacos da espécie Guariba que havia na região. 
Dois anos após a instalação da estação ferroviária, em 17 de setembro de 1894, o Bispado de São Paulo autoriza a Capela de São Matheus de Guariba que foi inaugurada cinco meses depois. 
Em seu ano de fundação (1895), Guariba possuía uma estação ferroviária, a capela, a hospedaria, uma casa comercial, cerca de 80 casas residenciais e um cemitério. Desde então, comemorações cívicas, passagem de circos, sessões de cinematógrafo eram eventos frequentes por ali.
Em 12 de abril de 1897 foi criado o Distrito Policial de Guariba, e, imediatamente, começa a construção da Cadeia Pública.
Em fase de fundação, Guariba era ligado a Jaboticabal administrativamente, e com a crescente do então povoado, Guariba conquistava a independência, a partir de 1904, criando subprefeitura, representações sociais e econômicas, além de ruas e edificações. A partir disso e outros fatos da época, em 6 de novembro de 1917 Guariba se tornava município, através de Lei n.° 1562.
Após a Segunda Guerra Mundial, começa a Era da cana-de-açúcar, por volta de 1948, sendo o forte em toda a região, tornando uma cidade mais progressiva depois de sofrer estagnação pela era do café. 
As usinas chegam a Guariba.
Em maio de 1961, é inaugurado o Guaribinha Clube, com a apresentação da Orquestra Continental de Jaú. Posteriormente, o município de Guariba ficaria conhecido nacionalmente, como palco de importante luta trabalhista, visando o melhor atendimento ao trabalhador rural. Na madrugada de 15 de maio de 1984, acontecia A Greve dos Bóias Frias de Guariba, uma luta onde teve uma vítima fatal: Amaral Vaz de Melone, um recém-aposentado que estava observando o acontecimento, é morto por uma bala perdida. Dois dias depois, após sete horas de reunião, realizada no Sindicato Rural de Jaboticabal, o acordo foi assinado de forma apressada por alguns produtores, o primeiro a assinar foi Roberto Rodrigues, que na época era Diretor da Sociedade Rural Brasileira. As conquistas deste fato foram: transporte gratuito, segurança no transporte, fornecimento de ferramentas, pagamento por dias que não trabalhassem devido algum imprevisto (como por exemplo, a chuva), décimo terceiro salário e carteira assinada, fiscalização do pagamento, consequente aumento de salário.

Informações contidas com base nos dados do livro: Guariba 100 anos 1895 – 1995, coordenação de Ana Luiza Martins.
Site da Câmara de Vereadores local.
 

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