sábado, 26 de agosto de 2017

SOROCABA: 363 ANOS. GENTE E HISTÓRIAS

Rafael Tobias de Aguiar

 

Rafael Tobias de Aguiar nasceu em Sorocaba de uma família de fazendeiros, e entrou na vida pública em 1821, como representante da Comarca de Itu para a escolha dos deputados brasileiros às Cortes Gerais e Constituintes de Lisboa.
Foi um dos líderes liberais na primeira metade do século XIX. Elegeu-se conselheiro do governo provincial em 1827 e deputado provincial e geral por várias legislaturas desde então até ser escolhido presidente da Província de São Paulo, cargo que veio a exercer duas vezes, nos períodos de 1831 a 1835 e de 1840 a 1841. 
Em virtude de sua administração, quando aplicou até mesmo seu salário em escolas, obras públicas e de caridade, recebeu o posto de brigadeiro honorário do império.
Em 1842, liderou a Revolução Liberal juntamente com o padre Diogo Antônio Feijó para combater Dom Pedro II. Em 17 de maio de 1842, torna-se presidente interino de Sorocaba, que foi declarada capital provisória da Província pelos revolucionários. Foi ele quem se encarregou de reunir a chamada Coluna Libertadora, com 1.500 homens, com a qual tentou invadir São Paulo para depor o presidente da Província, o Barão de Monte Alegre. 
Antes da batalha, casou-se com Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, ex-amante de Dom Pedro I. Foi derrotado pelas forças imperiais e fugiu para o Rio Grande do Sul, onde foi preso e levado para o Rio de Janeiro. 
Foi anistiado e saiu da prisão em 1844, vindo a falecer em 1857.
Atualmente é considerado o patrono da Polícia Militar de São Paulo.

Américo Brasiliense de Almeida e Melo

 
Américo Brasiliense de Almeida e Melo, nasceu em Sorocaba no dia 8 de agosto de 1833 e morreu no Rio de Janeiro, Guanabara em 25 de março de 1896. Político, Jurisconsulto e Escritor brasileiro. Abolicionista e Republicano.
Diplomado em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1855, recebeu o grau de Doutor em 1860. Exerceu a advocacia por algum tempo e desempenhou as funções de Juiz Municipal e de Órfãos, em Itapeva. Engressou no Partido Republicano, deixando de lado sua tendência conservadora.
Deputado provincial várias vezes, foi nomeado presidente da Paraíba, permanecendo no cargo de 04 de novembro de 1866 até 31 de outubro de 1867. Nesse mesmo ano assumiu uma cadeira na Assembléia Geral. A 10 de março de 1968 assumiu o governo do Rio de Janeiro, mantendo-se durante 4 meses no posto. Com Luis da Gama, Américo de Campos e outros fundou a Loja América, cuja orientação de certa forma, tinha por base princípios maçônicos. O objetivo dessa entidade estava voltado inteiramente à campanha abolicionista e à divulgação dos ideais republicanos.
A partir de 1888 passou a lecionar na Faculdade de Direito de São Paulo. Proclamada a República, teve participação na comissão encarregada de elaborar o projeto da Nova Constituição. No período de 1891-1892 governou São Paulo. Em 1891 recusou convite para ocupar o Ministério da Fazenda. Em 1894 foi nomeado ministro do Supremo Tribunal.
Sua obra versa principalmente, sobre assuntos jurídicos, políticos e históricos: “Os Programas dos Partidos e o Segundo Império”; “Elogios aos Paulistas”; “Exposição de História Pátria”; “Lições de História Pátria”; “Jornal de Terentilho Arsa”.

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