quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A CIDADE E O HOMEM QUE LHE DEU SEU NOME





HISTÓRIA DE SUD MENNUCCI 

A HISTÓRIA SUDMENNUCCENSE COMEÇA EM 1943, QUANDO CÍCERO CASTILHO CUNHA INSTALA SEU ESCRITÓRIO DE VENDAS DE TERRAS NO SITIO CAMPESTRE LOCALIZADO PRÓXIMO A ATUAL RODOVIA FELICIANO SALLES CUNHA. 
CÍCERO ERA CORRETOR DE OTAVIO DE OLIVEIRA PINTO, PROPRIETÁRIO DOS APROXIMADOS 3.000 (TRÊS MIL) ALQUEIRES DE TERRAS DA FAZENDA ARAÇATUBA (ONDE HOJE É A CIDADE). 

Foi neste momento que Cícero passou a trazer para aquelas terras os seus primeiros compradores, as primeiras famílias que vieram na caravana de Cícero, cerca de dez pessoas da cidade de Promissão e de outros lugares da região. Faziam parte desta caravana o agrônomo Dr. Braga, o agrimensor Benedito de Abreu entre outros. Todos traziam com eles um espírito aventureiro que ilustrava um sonho de desbravar aquele sertão bruto e torná-lo um lugar bem mais próspero e promissor. 
O grupo de compradores acamparam no Sitio Campestre e ao amanhecer adentraram pelas terras em busca de água e após vários poços cavados instalaram-se no local onde hoje se encontra a Praça da Matriz.
Com a localização da água começaram as construções das primeiras casas de pau-a-pique. Em seguida começaram a chegar mais famílias para habitar o novo patrimônio batizado por eles de “Pioneiros”. Entretanto o nome oficial do vilarejo foi “Bacuri”, pois o nome escolhido por seus moradores não fora registrado.
Os primeiros moradores do vilarejo tinha muita dificuldade de se locomover para outros municípios. Pereira Barreto era a cidade mais próxima na época, porém demorava aproximadamente duas horas para chegar até lá, devido às condições precárias das estradas, além de possuir uma jardineira único veículo de transporte da época.
Com o passar do tempo Bacuri começou a crescer e este crescimento trouxe os primeiros estabelecimentos comercias para o vilarejo. Instalou-se então um comércio de gêneros alimentícios por Domingos Concórdia. Em seguida foram instaladas no povoado uma pensão, uma farmácia e uma padaria.
Os únicos meios de lazer dos moradores consistiam nas peladas de futebol, disputadas num campo improvisado, á frente da igreja, jogo de baralho, principalmente buraco e truco, e boliche embaixo das paineiras.
Em dezembro de 1948, o povoado de Bacuri tornou-se distrito do município de Pereira Barreto, sendo batizado como “Pioneiros”, por meio da lei N° 233 e sob influência política de Cícero Castilho Cunha, então presidente do extinto PSD (Partido Social Progressista) e ex-prefeito de Pereira Barreto. O povoado foi distrito da cidade vizinha por 11 anos até enfim ser emancipada em 1959.
No ano de 1959 foi realizado um abaixo assinado com eleitores que viviam no distrito e fazendas próximas, para o projeto de emancipação. No dia 18 de fevereiro de 1959, Cícero Castilho Cunha com apoio do Deputado, Estadual Lino de Matos, autor do projeto de emancipação e do Deputado Antonio da Cunha Bueno apresentaram o Projeto de lei para a Assembleia Legislativa, que obteve aprovação total dos deputados e também do Governador da época Adhemar Pereira de Barros. Com a aprovação o projeto foi sancionado e publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, a lei n° 5.285 decretando a emancipação do distrito.
O nome “Pioneiros”, não poderia ser usado, pois já havia um distrito registrado com o mesmo nome, pertencente ao município de Guará – SP. Na época não era permitido no mesmo estado duas cidades com o mesmo nome.
Poucos moradores sabiam quem era Sud Mennucci e de onde ele veio. O nome escolhidos pelos parlamentares no processo de emancipação de Pioneiros, foi em homenagem ao então falecido educador, geógrafo, sociólogo, jornalista e escritor, que foi um defensor ferrenho dos direitos dos professores e da melhoria da qualidade de ensino no país na época.
Após a emancipação do município ocorreu à primeira eleição da nova cidade. Na época concorreram ao cargo de Prefeito o então fundador Cícero Castilho Cunha e o Farmacêutico Antonio Gatti. Cícero com muito prestigio com os moradores da época venceu a eleição e se tornou o primeiro Prefeito de Sud Mennucci. Pertencente ao extinto PSP, o atual Prefeito tinha como vice Mauricio de Lima. O primeiro presidente da Câmara de Vereadores foi Salvador Catalão.
Em sua administração Cícero encontrou pela frente um desafio enorme de dar os primeiros passos para o crescimento de uma nova cidade, que estava em nenhuma estrutura, estradas totalmente intransitáveis, sem energia e muitos outros problemas.

QUEM FOI SUD MENNUCCI

Foto Sud MennucciSud Mennucci, nasceu na cidade de Piracicaba em 20 de janeiro de 1892. Foi educador, geógrafo, sociólogo, jornalista e escritor. O nome da cidade é uma homenagem ao professor que foi um defensor ferrenho dos direitos dos professores e da melhoria da qualidade de ensino no país. Ele não tinha nenhum vínculo com a cidade e o antigo distrito de Pereira Barreto, que até a emancipação era conhecido como Pioneiros, recebeu o nome de Sud Mennucci por indicação de um político do Estado de São Paulo.
Em 1910 iniciou sua carreira no magistério, lecionando numa escola rural, e entre 1913 e 1914 reorganizou as Escolas de Aprendizes de Marinheiros de Belém do Pará, atuou como professor público em Porto Ferreira e fundou o Ginásio Paulistano, na capital.
No ano de 1920, comandou o recenseamento escolar em São Paulo, a partir do qual foi possível localizar os núcleos de analfabetismo do Estado e dividir o território paulista em quinze delegacias regionais de ensino. Em seguida, assumiu a Chefia da Delegacia Regional de Ensino de Campinas.
Entre 1925 e 1931, Sud Mennucci iniciou sua carreira como redator e crítico literário do jornal O Estado de S.Paulo. No mesmo ano, ele assumiu a Diretoria-Geral de Ensino de São Paulo.
Entre suas atividades na administração do sistema paulista e como jornalista e escritor, Sud destacou-se no comando do Centro do Professorado Paulista, criado em 1930, e que atualmente é uma das principais associações docentes de São Paulo.
Além de ter participado da Fundação do Centro, Mennucci presidiu a entidade entre 1933 e 1948. Entre os vários livros publicados, um dos maiores destaques, foi o livro A Crise Brasileira de Educação, alcançando o prêmio da Academia Brasileira de Educação.
Transcrito do site da Prefeitura local.

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