Aconteceu ao escurecer do dia 14 de setembro de 1923 e foi noticiado pelo extinto jornal "A Razão" de São Miguel Arcanjo em sua edição do dia 27 de setembro.
O furacão deixou os mais desastrosos vestígios de sua passagem.
Todas as casas sofreram graves danos, sendo algumas delas quase destruídas.
O telhado do armazém da estrada de ferro voou pelos ares.
As linhas de luz e força foram destruídas, bem como do telefone e do telégrafo que foram derrubados pelo vento até os postes.
Nas fazendas, o desastre foi ainda maior: numerosas casas voaram aos pedaços, desapareceram móveis e utensílios.
Três importantes fazendas foram completamente destruídas, casas de residências, grandes colônias, tulhas, terreiros, maquinários, lavouras, etc.
Grandes árvores foram arrancadas.
Toras de madeira pesadas, cercas, carroças, animais e pessoas foram arrastados a grandes distâncias pelo vento implacável.
Sob os escombros de casas encontraram-se cadáveres, centenas de pessoas foram feridas e atendidas nos hospitais de Chavantes e de Santa Cruz do Rio Pardo.
Os prédios das escolas de Chavantes e Irapé foram transformados em postos de atendimento das vítimas que a toda hora chegavam ali após serem localizadas pelas matas e debaixo dos escombros.
Muitos animais, desde os maiores até os menores, pereceram sob a colossal carga de enormes pedras que caíram, pedras essas que eram diferentes das comumente conhecidas, pois pareciam lascas de gelo medindo mais de um palmo de comprimento.
Foi indescritível o pânico da população.
Nunca se soube de nenhum outro ciclone que tivesse tais proporções nem em Chavantes e nem em qualquer lugar na região.
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