quarta-feira, 21 de setembro de 2016

GUARIBA: 121 ANOS!

Estação Guariba
As terras do município de Guariba constituíam uma Sesmaria denominada Sesmaria dos Pintos ou Sesmaria da Cachoeira, em terras de Araraquara e Jaboticabal. 
Foram formando-se em grandes propriedades agrícolas, que pela excelência das terras, tornaram utilizadas para plantio de café, riqueza econômica do país na época.
A Fazenda das Macaúbas era cortada pelo Rio Mogi-Guaçu perto do Porto Pinheiro. Um grupo de sertanistas constatou muitos bandos de macacos da espécie “Bugio Alouatta Guariba”, no qual em homenagem se deu o nome da cidade.
Após sucessivas reuniões para a fundação do povoado, ao lado da estação férrea, surgiram avanços para o povoado com a construção da Capela de São Mateus, o Padroeiro da cidade, cuja imagem foi doada por Joaquim Mateus de Corrêa. Na época a expansão da cafeicultura no leste Paulista proporcionou condições necessárias ao desenvolvimento da cidades que recebeu muitas famílias de imigrantes europeus.
Após a fundação e instalação da estação ferroviária, o Bispado de São Paulo inaugura a Capela de São Matheus de Guariba. Em 1895, Guariba possuía uma estação ferroviária, capela, pequena hospedaria, uma casa comercial, cerca de 80 casas residenciais, e cemitério.
Dois dias após a fundação da cidade, foi criado o Distrito Policial com a construção da Cadeia Pública, onde é atualmente a Praça Sylvio Vaz de Arruda. Na fundação, Guariba era ligado a Jaboticabal administrativamente, com o crescimento do povoado, Guariba conquistou a independência, em 1904, criando subprefeitura, representações sociais e econômicas, além de ruas e edificações. 
Em 6 de novembro de 1917, Guariba se tornava município, através de Lei n.° 1562.
Com o aumento de imigrantes italianos e a crise de 1929 no setor cafeeiro, gerava insatisfação dos produtores e trabalhadores rurais.
Na crise do café Guariba sofreu uma retração econômica, somente superada por volta de 1950, quando a firma Prado e Chaves instalou uma usina de açúcar. A cultura da Cana-de-açúcar espalhou por toda a região, atraindo grande migração de principalmente mineiros e nordestinos para a cidade.
Foram fundadas as usinas Usina Bonfim e São Martinho, trazendo desenvolvimento e empregos para Guariba. Sendo que em 1959, a Usina São Martinho antiga Fazenda São Martinho passa a pertencer ao município de Pradópolis, já a Usina Bonfim, pertence a Guariba efetiva até hoje.[9] [10]
Em Maio de 1984 houve greve histórica dos Boias-frias, por culpa de baixo salários e custo alto de mercadorias nos supermercados locais do município, resultando em descontentamento dos trabalhadores. Ouve vandalismo intenso no município e repressão dos migrantes trabalhadores na época maioria Baianos e Mineiros. Chegando ao fim com a intervenção da tropa de choque da Policia Paulista. A partir da greve, ouve muitas conquistas trabalhista rural estendendo as outras categorias de trabalhadores.
A greve provocou uma grande repercussão nacional e internacional, devido a não existir protestos e violência urbana no interior de São Paulo na época considerado pacato, e também por mostrar as terríveis condições de exploração a que eram submetidos os trabalhadores rurais. O protesto alavancou muito nas mudanças da lei trabalhista rural, conquista firmadas através de um acordo que ficou conhecido como “Acordo de Guariba”.[11] [12] [13]
As datas importantes para a formação política de Guariba são:
Freguesia criada com a denominação de Guariba, por Lei Estadual no 917, de 03 de Agosto de 1904,no Município de Jaboticabal.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, figura no Município de Jaboticabal ao Distrito de Guariba.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Guariba, por Lei Estadual no 1562, de 06 de Novembro de 1917.
Desmembrado de Jaboticabal. Constituído do Distrito Sede. Sua instalação verificou-se no dia 10 de Abril de 1918.
Em divisão referente ao ano de 1933, o Município de Guariba figura com o Distrito Sede.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto lei Estadual nº 9073, de 31 de Março de 1938, o Município de Guariba pertence ao termo judiciário de Jaboticabal, da comarca de Jaboticabal, e figura com o Distrito Sede.
Pelo Decreto-lei Estadual nº 9775, de 30 de Novembro de 1938, o Município de Guariba adquiriu o Distrito de Pradópolis, no município de Sertãozinho. Em 1939-1943, o Município de Guariba é composto dos Distritos de Guariba e Pradópolis, e pertence ao termo de Jaboticabal, da comarca de Jaboticabal.
Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de Novembro de 1944, que fixou o quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Município de Guariba ficou composto dos Distritos de Guariba e Pradópolis, e pertence à comarca de Jaboticabal.
Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o município figura com 2 Distritos: Guariba e Pradópolis.
Lei Estadual no 8092, de 28 de Fevereiro de 1964, desmembra do Município de Guariba o Distrito de Pradópolis.
Geografia[editar | editar código-fonte]
Localiza-se a uma latitude 21º21’36” sul e a uma longitude 48º13’42” oeste, estando a uma altitude de 618 metros. Sua população estimada em 2010 era de 35.491 habitantes.[3]
Possui uma área de 270,454 km².
Demografia[editar | editar código-fonte]
Crescimento populacional de
Guariba[3] [14]
Ano População
1970 11 448
1980 18 887
1991 28 911
2000 31 085
2010 35 491
Dados do Censo – 2010
População total: 35.491
Urbana: 34.753
Rural: 738
Homens: 17.914
Mulheres: 17.577
Densidade demográfica (hab./km²): 114,96
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 18,79
Expectativa de vida (anos): 69,73
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,33
Taxa de alfabetização: 85,75%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,756
IDH-M Renda: 0,692
IDH-M Longevidade: 0,746
IDH-M Educação: 0,829
(Fonte: IPEADATA)

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