Túmulo de Sud Mennuci, o professor que deu nome à cidade homônima.
Estarrecido, Sud descobriu que o "Brasil não sabia ler". E lutou para criar as escolas normais rurais.
por Cecílio Elias Netto
Publicado por: Tais Romanelli
Fonte: Dicionário Literário Brasileiro; biografia de Sud, de Ralph Mennucci Geisbrecht, seu neto.
por Cecílio Elias Netto
Publicado por: Tais Romanelli
Fonte: Dicionário Literário Brasileiro; biografia de Sud, de Ralph Mennucci Geisbrecht, seu neto.
É um dos mais brilhantes patrimônios humanos de Piracicaba. Seus pais, os italianos Amedeo Mennucci e Teresa Lari Mennucci, foram migrantes italianos que chegaram a Santos em 28 de junho de 1888, trazendo dois filhos: Brasilina e Alarico. Estabeleceram-se, em seguida, em Piracicaba, onde abriram uma marmoraria, pois Amedeo era mestre no ofício.
Sud Mennucci nasceu em 20 de janeiro 1892, numa casa da antiga Rua do Commercio (atual Governador), esquina da rua 13 de maio, dando fundos à casa de Prudente de Moraes.
Sud Mennucci nasceu em 20 de janeiro 1892, numa casa da antiga Rua do Commercio (atual Governador), esquina da rua 13 de maio, dando fundos à casa de Prudente de Moraes.
Há duas versões para o nome Sud: uma homenagem dos pais por terem emigrado para o Sul, ou o possível nome de um tio que teria esse nome.
Sud iniciou seus estudos aos sete anos, com o professor Aldo Padovani, sendo matriculado na Escola Particular Italiana, onde ficou até o terceiro ano.
Sud iniciou seus estudos aos sete anos, com o professor Aldo Padovani, sendo matriculado na Escola Particular Italiana, onde ficou até o terceiro ano.
Em 1902, transferiu-se para o Grupo Escolar Moraes Barros. Depois de dificuldades com a saúde, ingressou na Escola Complementar onde se formou professor primário em 30 de novembro de 1908.
O sonho de cursar a Politécnica frustrou-se com os problemas financeiros da família.
Ao completar 18 anos, Sud Mennucci foi nomeado professor da Escola Masculina do Bairro do Alvarenga, em Cravinhos. Naquela cidade, morou em pensões, hotéis, em fazendas, tempo em que iniciou sua carreira jornalística enviando artigos para jornais piracicabanos, o Jornal e A Gazeta.
Ao completar 18 anos, Sud Mennucci foi nomeado professor da Escola Masculina do Bairro do Alvarenga, em Cravinhos. Naquela cidade, morou em pensões, hotéis, em fazendas, tempo em que iniciou sua carreira jornalística enviando artigos para jornais piracicabanos, o Jornal e A Gazeta.
Lecionou em Piracaia, Dourado e, finalmente, em 1913 aceitou lecionar em Belém do Pará, na escola de Aprendizes de Marinheiros.
Em seguida, lecionou em Porto Ferreira, onde aprimorou a velha amizade com Lourenço Filho e Thales de Andrade. Casou-se com Maria da Silva Oliveira.
Em 1918, começou a colaborar com o jornal “O Estado de São Paulo”, tornando-se amigo pessoal de Júlio de Mesquita Filho, ano em que também publicou o primeiro livro “Alma Contemporânea”.
Em 1920, Sud Mennucci foi convidado a chefiar o recenseamento escolar do Estado de São Paulo, tornando-se delegado regional de Ensino de Campinas.
Em 1920, Sud Mennucci foi convidado a chefiar o recenseamento escolar do Estado de São Paulo, tornando-se delegado regional de Ensino de Campinas.
Sua mágoa e sua doída descoberta: o Brasil não sabia ler!
A partir de então foi o grande batalhador para a criação das escolas normais rurais, formando professores especializados para lecionar na zona rural brasileira.
Conseguiu que se criasse, por decreto, a primeira dessas escolas: a Escola Normal Rural de Piracicaba, em 1933. Mas apenas depois de sua morte a escola foi instalada: em 1956, depois de grandes lutas do deputado estadual Valentim Amaral.
Sua carreira não parou mais: em 1927, organizou e realizou o recenseamento escolar do antigo Distrito Federal.
Sua carreira não parou mais: em 1927, organizou e realizou o recenseamento escolar do antigo Distrito Federal.
Em 1931, foi nomeado diretor da imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
Na década de 1930, ocupou duas vezes o cargo de diretor do departamento de Educação de São Paulo.
Foi redator, crítico literário e diretor do jornal “O Estado de São Paulo”, de 1925 a 1931.
Fez parte da redação do redação do prestigioso “Correio Paulistano”, colaborador das revistas Fon-Fon, Careta, Vida Moderna, A Cigarra.
Foi membro da Academia Paulista de Letras.
Em 1940, chefiou, em São Paulo, o recenseamento geral da República.
Escreveu inúmeros livros, deixando também obras inéditas.
Morreu em São Paulo em 22 de julho de 1948, após sofrer, por diversos anos dos males de incontrolável pressão alta, deixando o filho Aécio, já que perdera, ainda criança, a primeira filha, Astarté.
Sud Mennucci, em vida, recebeu aquela que para ele seria a grande homenagem da terra onde nascera: o seu nome para o Instituto de Educação de Piracicaba, escola onde ele se formara.
(V. o livro “Sud Mennucci: memórias de Piracicaba, Porto Ferreira, São Paulo…”, de Ralph Mennucci Giesbrecht, Imprensa Oficial, 2003).
(V. o livro “Sud Mennucci: memórias de Piracicaba, Porto Ferreira, São Paulo…”, de Ralph Mennucci Giesbrecht, Imprensa Oficial, 2003).
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