sexta-feira, 15 de maio de 2015

BISNETO DESCOBRE O VÉU SOBRE A HISTÓRIA DO FUNDADOR DE MONTE ALTO

 “Porfírio por Pimentel”
 
O bisneto do fundador da cidade de Monte Alto, que foi Porfírio Luiz de Alcântara Pimentel, não se conforma com a versão “extra-oficial” da fundação de Monte Alto, ensinada inclusive em escolas ao menos desde o Centenário da cidade e que pode ser encontrada em sites como o da Câmara Municipal. 
Tanto que em seu livro, lançado oficialmente em 2010, no Anfiteatro Municipal, dedica um número considerável de páginas a desmistificar a versão “novelesca” do marco inicial da então Bom Jesus de Pirapora do Monte Alto das Três Divisas. 
O termo indígena do nome original da cidade, diga-se, serviu de inspiração para batizar o grupo empresarial que lançou seu primeiro de muitos projetos editoriais.
O projeto editorial, de autoria de Antonio Luiz Pimentel, se baseia unicamente em pesquisas de documentos oficiais e surgiu após iniciativa da Loja Maçônica 
Loja Maçônica “Porfírio Luiz de Alcântara Pimentel”, n° 501.
Contestações sobre o personagem no texto da fundação:

Porfírio Pimentel, farmacêutico, capitão cirurgião-mor do Imperador por Decreto de 1864, era homem trabalhador, profundamente religioso e dado a exploração de terras. 
- O livro coloca que tal decreto nunca existiu e que Porfírio sequer tinha idade para ser formado em medicina neste período. 
Em setembro de 1.879, forte revés deixou-o desorientado; incêndio destruiu sua farmácia e loja, perdendo tudo, inclusive “as ferramentas de cirurgião utilizadas na Guerra do Paraguai”. 
- O autor apresenta atestado do Arquivo Nacional informando que o nome de Porfírio não é citado em nenhum documento relativo à Guerra do Paraguai. Nenhum registro sobre incêndio de sua farmácia foi encontrado. 
(...) Certa noite teve um sonho e despertou sobressalto, convicto de que, por inspiração divina, devia executá-lo. Acordou, chamou a mulher à quem contou o sonho, manifestando o desejo de procurar essa região. Ouviu opiniões favoráveis e desencorajadoras. Deliberou partir com pequena comitiva à qual juntou seu filho Antônio. 
- Antonio Luiz de Alcântara Pimentel, o Tonico, é avô do autor. Participou de fato do marco inicial de fundação da cidade e era conhecido como o “Fogueteiro de Monte Alto”. Tem um capítulo exclusivo no livro. 
(...) Porfírio Luiz de Alcântara Pimentel,veio de Monte Aprazível no ano de 1.918, para a residência de seu genro Antônio Joaquim Ferreira, o qual residia na Comarca de Jaboticabal. O fundador já velho, cansado e abatido declarou a sua filha dona Genoveva Pimentel Ferreira os motivos de sua vinda: Sentia próximo o seu fim e queria ser enterrado em Monte Alto. Em 2 de setembro de 1.919, carregado por mãos amigas, dava entrada no cemitério de Monte Alto, o corpo do fundador da cidade do sonho. 
- O livro aponta que o fundador foi para a casa da filha com a saúde debilitada, após se envolver em dois crimes. 
Morreu no dia 1° de novembro. O autor destaca que sua vontade era ser enterrado sob o altar mor da então igreja do Senhor Bom Jesus. No entanto, teve o pedido negado e foi enterrado em vala comum do cemitério local, sem honrarias ou mesmo conhecimento das autoridades da época.
site da pm local.

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